2020 foi um ano terrível para o mundo, mas até que não foi assim tão mau para os videojogos. Aliás, o facto de termos de ficar fechados em casa foi forma dos videojogos terem ganho o seu espaço fora dos locais habituais, onde sempre foram julgados e relegados para último plano.
Foi também graças a eles que pudemos descomprimir, passar tempo com a família, amigos e viver muitos e bons momentos em segurança.
Apesar de não ter jogado tudo aquilo que queria e que poderia ser do meu agrado, não foi difícil encontrar 10 jogos para preencher esta lista. Por isso, vamos a eles!
(As listas dos melhores jogos do ano são criadas pelas experiências e opiniões pessoais de cada editor, sendo a escolha dos seus favoritos.)
10 – The Last of Us Part 2 (PS4)
Tanto que se falou deste jogo ao longo do ano. Se um jogo pudesse ser apenas o melhor do ano por questões técnicas, então era claramente uma presença no meu TOP 3, no entanto, ao contrário de muitos, a minha experiência foi mais sofrida e longa do que devia ter sido. A história está (na minha opinião) boa, mas muito mal contada, perdendo grande parte do impacto que podia ter tido e as últimas 3 horas de jogo estão lá claramente a mais. Quando um jogo não faz o seu papel de nos divertir (por muito negro que seja), é complicado ficar agarrado a ele. The Last of Us Part 2 faz mal às suas personagens constantemente e não dá sequer hipótese de respirar às novas, como é o caso de Abby (das minhas personagens favoritas), que não começa a sua história com uma desvantagem insuperável. Não o conseguia deixar fora do meu TOP 10, mas também não o deixo ir além do 10º lugar.
Análise – The Last of Us: Part 2
09 – Animal Crossing: New Horizons (Nintendo Switch)
Um bocado como The Last of Us Part 2, também Animal Crossing: New Horizons teve um grande impacto na indústria, mas não tanto nas minhas horas de tempo livre. Embora ache o jogo fantástico e muito mais divertido/recompensador, é também o estilo de jogo a que não me agarro assim tanto. Ainda o joguei bastante para análise e até com a comunidade do PN em Livestream, mas não consigo ficar preso a um jogo que foi feito para “passar o tempo”. Não existe propriamente um objectivo ou endgame, pois a ideia é ir fazendo e ver a ilha crescer. Eu sou mais de levar histórias do princípio ao fim, por isso, quando o deixei de jogar, raramente voltei a ele.
Análise – Animal Crossing: New Horizons
08 – Nioh 2 (PS4)
Ora aqui está um jogo que me deu uma constante satisfação e que foi uma boa experiência tanto a jogar sozinho como em Livestream com a nossa AmRita da saga Burodosorus. Nioh 2 ainda é melhor e mais divertido que o primeiro jogo, com um progresso e jogabilidade muito bem feitos. É um clone de Dark Souls que tinha um espírito muito próprio e a sequela conseguiu afirmar ainda mais as qualidades desta saga.
07 – Tony Hawk Pro Skater 1+2 (PC, PS4, Xbox One)
Nostalgia é um conceito muito forte, especialmente quando quase tudo é bem feito. Tony Hawk 1, 2 e 3 são alguns dos meus jogos favoritos de sempre que joguei vezes e vezes sem conta. O seu estilo arcade totalmente maluco é o que faz dos primeiros jogos clássicos intemporáis. No caso de Tony Hawk Pro Skater 1+2, a Neversoft juntou as melhorias criadas nos jogos mais recentes e deu retoques visuais aos cenários antigos. O resultado é um dos meus jogos favoritos do ano. O único problema foi não terem criado carreiras individuais para cada Skater. Se assim fosse, ainda agora o estaria a jogar.
Análise – Tony Hawk Pro Skater 1+2
06 – Persona 5 Royal (PS4)
Se Persona 5 Royal fosse o primeiro Persona 5, então estaria quase de certeza no primeiro lugar do meu TOP. Sendo uma versão director’s cut do original, faz dele um jogo ainda melhor, com um pequeno problema, muito do que oferece já o vi. Se não tivesse jogado já Persona 5, ia ficar totalmente rendido. No entanto, é o mesmo jogo com mais conteúdo, por isso misturou-se com as memórias que já tinha da primeira vez que o joguei. Persona 5 é brilhante e Persona 5 Royal continua a ser brilhante mas com mais conteúdo, por isso se não o jogaram, façam-no já!
05 – Demon’s Souls (PS5)
Todos sabem que sou fã de RPG e tenho também uma grande afinidade por jogos ao estilo Souls. Demon’s Souls na PS3 foi uma história de amor incompreendido, sempre senti que havia algo nele que o fazia especial, mas tinha muitas coisas que me afastavam (na altura o conceito de jogo difícil porque sim não era uma coisa da moda). Por isso mesmo, jogar Demon’s Souls na PS5 todos estes anos depois com melhores gráficos, jogabilidade e experiência, confirmaram que tinha razão. Demon’s Souls é também um brilhante jogo de lançamento e uma das experiências que mais gostei de jogar este ano.
04 – Astro’s Playroom (PS5)
Como é que isto acontece? Astro’s Playroom está à frente de tantos jogos? Como ouso? Bem, já jogaram Astro’s Playroom na PS5 até ao fim? Se não leram a minha análise então não sabem o que perdem. Astro’s Playroom é um jogo gratuito com pelo menos duas a três horas de jogo que me manteve um sorriso na cara do príncipio ao fim da aventura. Além de todo o conteúdo Playstation que engloba e que vamos coleccionando, é um bom jogo de plataformas e uma demonstração impressionante do que é verdadeiramente a PS5 e o em especial, o Dualsense. É uma experiência tão divertida e impressionante que passou a ser o jogo que mostro a toda a gente que quer experimentar a PS5. O resultado é sempre o mesmo: “Isto é incrível”.
03 – Final Fantasy VII Remake (PS4)
Se fosse a pensar em Final Fantasy VII Remake como uma recriação do original, então este jogo nem estava nesta lista. Pensando nele como uma nova versão de Final Fantasy VII, então a conversa é outra. Final Fantasy VII Remake é confuso como tudo (tem Tetsuya Nomura, por isso não é de estranhar), mas é uma aventura bem melhor do que estaria à espera. Vendo o jogo como um novo conceito e uma história nova, acaba por revelar qualidades e momentos bastante bons e um combate que até encaixa bastante bem. Com o tempo acabou por me conquistar e estou bastante curioso para ver o que o futuro irá escrever sobre esta história.
Análise – Final Fantasy VII Remake
02 – The Legend of Heroes Trails of Cold Steel IV (PS4)
Cá estamos nós no topo da lista o duelo ente o segundo e o primeiro é que me fizeram suar mais. Se fosse apenas por afinidade e “fanboyismo”, era mais que óbvio que ia colocar The Legend of Heroes Trails of Cold Steel IV em primeiro lugar. Afinal, estamos a falar do culminar de uma das melhores séries de JRPG que existe e um jogo que merece ainda mais reconhecimento. Por outro lado, é o facto de ser parte de uma saga que faz com que não consiga dar-lhe o primeiro lugar. Tirando a história soberba e personagens que dão 15-0 à maioria dos jogos, existe aqui muito conteúdo reutilizado, problemas relacionados com a idade do jogo e conceitos algo ultrapassados. Por isso já sabem, The Legend of Heroes Trails of Cold Steel IV está tanto no primeiro lugar como o primeiro, no entanto tenho de admitir que o primeiro lugar tem mais “arcaboiço” de jogo do ano.
Análise – The Legend of Heroes Trails of Cold Steel IV
01 – Ghost of Tsushima (PS4)
Parabéns então Sucker Punch, quem diria que os senhores Sly e inFamous iam fazer um jogo de Samurais, ainda por cima, com toda esta qualidade. Ghost of Tsushima tem uma boa história, combate, progressão, exploração e um mundo que parece sempre saído de um quadro ou pintura. Para alguém que ignora constantemente os modos de fotografia, passei ainda uns bons minutos a descobrir paisagens que não podia deixar passar sem uma bela foto. No global, Ghost of Tsushima muito bem construída que devorei em poucas sessões de jogo e adorei praticamente todos os momentos. Quando tudo parecia esta feito, a Sucker Punch lançou ainda um modo online de graça, o que o tornou ainda mais sólido como o meu jogo do ano. Se ainda não o jogaram, joguem, é uma experiência fantástica.
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Podem ver as restantes listas de jogos do ano do PróximoNível aqui:
Jogos do ano 2020 – As escolhas do PróximoNível
- Nintendo Switch 2 anunciada para 2025 - Janeiro 16, 2025
- Dragon Ball Z the Legend ainda é dos melhores jogos da série - Janeiro 10, 2025
- Está na altura do regresso de SOCOM - Janeiro 8, 2025