Imaginem que estamos no ano de 2011 e a Nintendo 3DS está a ser um verdadeiro flop de vendas. Há 10 anos a Nintendo teve de fazer uma jogada de risco e face à fraca venda da consola portátil baixou o preço em quase 30% do valor, indo de valores que rondavam os 250 euros para os 170.
Isto foi o início complicado da Nintendo 3DS e quem chegou aos videojogos anos mais tarde, nunca iria imaginar que esta consola que teve quase 10 anos em actividade tivesse começado tão mal, mas deixado tantas saudades.
Pois é, estava eu recentemente a arrumar mais umas coisas na nova casa quando foi a vez de chegar às portáteis e perceber onde as ia colocar. Ao começar a meter nos seus locais, percebi exactamente que tenho não uma, não duas, mas 5 Nintendo 3DS! Tenho uma versão base em azul, uma Nintendo 3DS XL, uma New Nintendo 3DS XL, uma Nintendo 3DS especial do Ocarina of Time e uma New Nintendo 3DS especial de Majora´s Mask.
Entre as 5, só usei três (as de Zelda são de colecção), mas todas elas estão recheadas de nostalgia. Uma vez mais pensando no início da consola, é giro ver quantas versões acabaram por ser lançadas e quantos jogos eu joguei em todas elas. Aliás! Basta entrar no menu de cada uma e ver a quantidade enorme de jogos que cada jogador foi acumulando.
Mas porque é que estou a falar de saudades da Nintendo 3DS quando a Nintendo Switch faz este trabalho ainda melhor? Porque a Nintendo 3DS é a sua própria geração e fazia coisas que adorava com uma aparente inocência associada ao facto de ser exactamente uma consola de jogos portátil à moda antiga.
Entre as três, embora a New Nintendo 3DS seja a melhor, tenho um grande carinho pela Nintendo 3DS XL. É uma consola portátil grande, mas com um aspecto plástico mais sofisticado. O acabamento é Premium mas continua a parecer exactamente uma consola portátil tal como a Nintendo DS e o Game Boy antes dela.
Além do mais, a Nintendo 3DS (tal como a Nintendo DS), eram as rainhas da portabilidade por ter uma coisa que adoro. Dois ecrãs que fecham um sobre o outro. Se querem levar a Nintendo Switch para algum lado, precisam de uma bolsa para não riscar o ecrã, com a Nintendo 3DS não há disso, basta fechar a consola que ela entra em suspensão e não há cá riscos no ecrã. A consola vinha com o seu próprio Stylus e uma série de funcionalidades internas que a evidenciavam.
Não nos podemos esquecer do Street Pass. Se na altura já se tornava um bocado aborrecido ter de gerir o Street Pass a cada vez que se ia para uma zona mais movimentada, não há dúvida que havia um fascínio por tentar concluir todos os puzzles, fazer o modo aventura para ganhar extras e todos os outros jogos que estavam disponíveis.
A Nintendo 3DS tem mais do que a Nintendo Switch o factor “facilidade de transportar, prático de iniciar”, basta abrir a tampa e já estamos a continuar tal onde tínhamos ficado, sem ter um tijolo no bolso e com uma bateria que dava para imenso tempo.
Já para não falar dos jogos que a Nintendo 3DS recebeu. Sim, o início foi lento, mas basta olhar para todos os jogos de Shin Megami Tensei que lá saíram. Todos os Pokémon, todos os Zelda, todos os Fire Emblem…a lista continua. Até coisas mais desconhecidas como Stella Glow ou Pocket Card Jokey que estão dentro da minha Nintendo 3DS são grandes jogos.
É verdade. Eu posso agarrar na minha Nintendo 3DS, meter a carregar e matar saudades a qualquer momento, mas será muito complicado voltar atrás nesta altura. De qualquer forma, isso não impede de olhar para trás com olhos carregados de nostalgia que não querem saber do facto do 3D ser uma coisa gira só por breves minutos, ou que o Circle Pad da New 3DS não era verdadeiramente prático.
A Nintendo 3DS é tão recente, mas parece já que é uma velha amiga com qual passámos muitos e bons anos. Uma consola que poderá infelizmente ser também a última da sua espécie.
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