Análise – Stella Glow

O ano ainda vai em Março e por esta altura, já estamos rodeados de bons RPG, seja em plataformas caseiras ou em portáteis. Curiosamente, é nas portáteis que a enxurrada não para e agora, a lista aumenta com Stella Glow.

Vindo da Atlus e distribuido pela NIS America, este é um JRPG de estratégia por turnos a fazer lembrar jogos como Final Fantasy Tactics, no entanto, existe aqui muito daquilo que a Atlus já nos habituou nos últimos tempos.

Stella Glow conta a história de um mundo aparentemente pacífico. Alto e Lisette moram numa aldeia rural, sendo que este rapaz foi acolhido sem memória do seu passado. Claro que a paz acaba quando uma bruxa má chega à aldeia e transforma todas as pessoas em cristal através do seu canto.

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Daqui para a frente, vão descobrir que Lisette também é uma bruxa e que em conjunto com outras tantas, vão poder parar Hilda antes que esta transforme o mundo numa enorme loja da Vista Alegre. Podem contar com a presença de várias personagens distintas, que vão chegar e abandonar a vossa equipa, ao longo de várias horas de história e outras centenas de combates por turnos.

Stella Glow está repartido em mapas com zonas de selecção, nos quais podem aceder a lojas, visitar o quartel general e até realizar actividades nos tempos livres. Os tempos livres são decididos entre as missões, e podem escolher um número limitado de coisas que podem fazer até terem uma nova missão.

É nos tempos livres que entra outra mecânica já típica da Atlus, a interacção com NPC. Aqui, podem escolher falar com colegas ou outros NPC para os conhecer melhor. Estas conversas são bastante divertidas no geral e ajudam a familiarizar com as personagens. Além de serem divertidos, ainda desbloqueiam ataques ou habilidades para as personagens, o que é um incentivo para o fazer.

stella-glow-analise-review-pn_00007Depois existe o mapa mundo com pontos que representam zonas. Pelo caminho, podem escolher lutar contra inimigos opcionais, ir logo para as missões, ou visitar áreas que ficam disponíveis mais tarde. A início pode parecer algo limitado e lento, mas com algumas horas de jogo, este começa a abrir e a permitir que tenham mais inimigos para derrotar.

Os combates são uma mistura entre a jogabilidade de Final Fantasy Tactics e animações do Fire Emblem, por isso os fãs de ambos os jogos vão ficar bastante satisfeitos. Os turnos são rápidos (e até podem desligar as animações de ataque) e as personagens ganham experiência imediatamente, recuperando HP e MP quando sobem de nível.

Tal como em outros jogos do género, existem várias classes e cada classe usa as suas armas e habilidades, por isso é muito fácil planear estratégias, especialmente quando usam tanques que conseguem proteger os aliados que estão ao seu redor, até Witches, as quais são as detentoras de Magia e devem atacar sempre à distância (se possível).

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Os combates pecam apenas pela parca variedade na quantidade de inimigos, e quando muitos estão no ecrã, é irritante ouvir as suas vozes constantemente, tanto quando se movimentam e logo depois quando atacam.

Em termos visuais, tanto a arte como modelos de personagens estão bastante bons, se bem que as animações sejam pouco fluídas quando as personagens estão no campo de combate. As cores são bastante fortes e chamam bem a atenção do jogador. Os ataques em situação dos combates são bonitos, com uma utilização “chibi” das personagens. As vozes estão realmente impresionantes, sendo um dos melhores trabalhos que já vi dentro do género JRPG. A banda sonora também não se fica atrás e recebe uma nota bastante positiva.

No geral, em termos de jogabilidade, Stella Glow pode não ser o jogo ideal para todos, mas se gostam de JRPG e de jogos de estratégia/RPG como Fire Emblem e até Final Fantasy Tactics, então devem adicionar Stella Glow à vossa lista, pois acaba por ser uma das maiores surpresas deste ano.

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Positivo:

  • Visual
  • Combate estratégico e aliciante
  • Interacção entre personagens
  • Vozes bem conseguidas
  • Boa banda sonora

Negativo:

  • Animações no terreno de combate
  • Vozes e sons repetitivos dos inimigos

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Daniel Silvestre
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