Análise – Battle for Zendikar

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Magic: The Gathering é um jogo que existe há mais de 20 anos e conta com várias expansões cada uma passada nos mais diferentes mundos. Mas uma das mais nostálgicas e acarinhadas pelos jogadores é sem dúvida Zendikar.

O mundo onde pela primeira vez fazer top decking ao 20º turno de um terreno poderia ter bem mais impacto do que o normal. O mundo de exploração e aventuras onde o que parece seguro pode não o ser. O mundo que nos apresentou as mais enigmáticas criaturas do multiverso: os Eldrazis. Será que Battle for Zendikar vai corresponder às expectativas?

 

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Battle for Zendikar é mais do que tudo uma expansão de estreias. Estreamos não só uma nova maneira de contar a narrativa com momentos cruciais e com uma linhagem de personagens contínua, como também estreamos o novo paradigma que vai reger os blocos de agora em diante onde os Core Sets acabaram e passa a haver os dois blocos anuais cada um composto por duas expansões.

Esta nova mudança apanhou a criação de Battle for Zendikar a meio e isto nota-se claramente na construção do bloco. Há muitas cartas que não possuem sinergias suficientes para ser viáveis (ou até mesmo para se perceber o que estão lá a fazer) ou então cortaram espaço a alguma coisa que estava planeada e que teve de ser riscada para dar espaço a algo que transitou da expansão agora eclipsada.

 

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Battle for Zendikar traz-nos o regresso de uma das mecânicas mais adoradas e incónicas de Zendikar em geral: Landfall. O acto de colocar um terreno em campo passou a ser mais do que apenas mais uma unidade de mana disponível e agora é algo muito mais temível.

Mas muita coisa mudou deste a última vez que estivemos em Zendikar. Os Eldrazi evoluíram e são agora parte do cenário “natural” de Zendikar e os nativos da terra unem-se agora para enfrentar esta ameaça alienígena. Isto pode ver-se pela quantidade imensa de Allies na expansão e que agora existem todas as cores. Apesar de funcionarem bastante bem num formato limitado, a verdade é que ainda não existe nada que os vai fazer viáveis num formato construído.

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Uma das novas e mais divertidas mecânicas é sem dúvida a de Converge. Esta habilidade tem efeitos exponenciais consoante o número de cores de mana diferentes que vocês usarem para fazer cast à carta. Como podem ver na imagem acima um dos meus decks de pre-release contava com 4 cores e ainda coloquei uma planície extra para ter os 5 terrenos disponíveis pois tinha cartas com Converge bastante poderosas. Por acaso dos dois pre-releases a que fui este foi o que teve piores resultados mas o que me deu mais divertimento a jogar por isso podem ver bem patente o “poder” desta mecânica.

Mas a verdade é o que seria de Zendikar sem terrenos especiais? Nesta expansão podemos aproveitar duas coisas no que toca aos terrenos: Battle lands e as míticas Expditions. As novas Battle lands possuem uma característica muito especial que é o facto de possuírem o sub-tipo dos terrenos básicos o que faz com que sejam procuráveis com efeitos que partilhem o mesmo sub-tipo como é o caso das Fetchlands. Estas cartas podem ser consideradas a alternativas mais baratas às Shocklands de Ravnica ou então como mais motor para um deck que use Scapshift.

Já as expeditions são a grande procura da expansão e podem ler mais sobre elas aqui.

 

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Battle for Zendikar é um regresso a um local muito querido pelos jogadores, mas a verdade é que o facto é que o timing de mudanças cruciais na maneira da Wizards of the Coast tratar o jogo provocou algumas mazelas notáveis. No fundo, o grande problema de Battle for Zendikar é que estão a ir três pessoas no banco de trás de um carro onde só cabem duas. Infelizmente a Wizards ainda não tem um Júlio Isidro para lhes solucionar este problema.

 

Positivo:

  • Landfall está de volta
  • Zendikar está muito diferente
  • Novas mecânicas dos Eldrazi são mais coerentes com a sua ameaça
  • Battle Lands
  • Zendikar Expeditions
  • Gideon, Ally of Zendikar e Ulamog, the Ceassless Hunger podem influenciar alguns formatos antigos

Negativo:

  • Poder da maioria das cartas é baixo
  • Mecânicas que precisam de mais cartas para funcionar
  • Mudanças do paradigma das expansões cortou as bases esperadas

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Roberto Silva
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