Para muitos jogadores dos anos 90 e anos posteriores, o nome Heroes of Might and Magic significa muito, e até hoje estamos para receber um jogo que nos faça esquecer este clássico da New World Computing e da mente de Jon Van Caneghem. Vários fãs anseiam por algo que seja directamente inspirado na série Canegham mas a verdade é que a não ser que se traga algo muito melhor ou mais arrojado, acabamos por ser uma simples cópia. Hero’s Hour é outro jogo que também explora este universo e está a dar os seus primeiros passos, pelo que podem ler a minha opinião sobre esse jogo aqui.
Eis então que nos chega Songs of Conquest, um jogo com grandes semelhanças com HoMM mas que na realidade usa o jogo como o esqueleto do projecto mas aproveita para melhorar e expandir em grande parte das coisas que adoramos da clássica série. Criado pelo estúdio LavaPotion, este é um primeiro grande projecto deste estúdio Sueco.
Se gostam de comandar generais munidos de um arsenal de soldados e apanhar recursos pelo caminho, então estão a jogar o jogo certo. Pelo meio temos muito que fazer, desde combater, gerir as nossas bases que nos dão mais soldados e proteção, apanhar fontes de recursos como minas até coleccionar os vários tesouros e artefactos que tornam os nossos generais mais fortes. Tudo é feito numa jogabilidade por turnos e que nos deixará a pensar cuidadosamente antes de cada jogada assim que os turnos começarão a acumular.
O combate é outro elemento vital neste jogo, e que requer um conhecimento das personagens que estamos a usar como os arqueiros, soldados de lança ou até cavaleiros. Dentro de um espaço restrito iremos comandar as personagens e tirar partido das suas capacidades, sendo engraçado controlar tudo como se tratasse de um jogo de xadrez.
O sistema de magia funciona de maneira interessante, pelo que as próprias unidades irão encher a nossa fonte de mana após cada turno de combate. A Essence que elas trazem determinará o tipo de magia que podemos invocar, portanto a escolha de unidades para a nossa equipa não só irá determinar o tipo de força que oferece, mas também o tipo de magia que nos dará acesso em combate. É um sistema bastante interessante e tem um papel bastante impactante nos combates.
Há que dar mérito ao estúdio Lavapotion pela maneira cirúrgica como absorveram os melhores elementos destes jogos clássicos e melhoraram o que havia para ser melhorado. Algo que me irritava em HoMM era o facto da jogabilidade ser impactada por certos elementos como pop-ups, pequenas transições e demasiadas perguntas, sendo algo que deixava os restantes jogadores humanos muito impacientes, e a realidade é que neste jogo tudo flui de uma maneira muito mais rápida.
Existem coisas que gostei de ver em Songs of Conquest como a possibilidade de termos cidades de tamanhos específicos e que requerem uma gestão específica, ou então o facto de um sistema de magia bastante específico. A história com as duas fações distintas dão um vislumbre de tudo o que se passa no jogo e perspectivas específicas de todos os eventos deste mundo.
A apresentação está simplesmente fantástica, puxando por uma estética retro que lembra jogos como Octopath Traveler e os seus derivados, trazendo também uma perspectiva 3D pelo meio. É um jogo que apesar de pixelizado traz uma boa quantidade de efeitos visuais e detalhes interessantes, um regalo de se olhar.
De momento Songs of Conquest mostra-se como um projecto que não só pega na tocha do clássico da New World Computing, como traz algumas melhorias e novidades. O jogo ainda está para ser lançado na totalidade mais conseguiu a minha total atenção.
O jogo está disponível no formato Early Access para PC via Steam, GOG e Epic Games Store.
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