Análise – TURИ Washington’s Spies

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Depois de uma primeira temporada bastante boa, Turn decidiu adotar um subtítulo, Washington’s Spies. E porquê? Para se aproximar do material original, Washington’s Spies: The Story of America’s First Spy Ring. Felizmente esta mudança de nome parece ter sido o começo de algo positivo.

Nesta temporada os jogos de espionagem ficam mais aguçados e isso nota-se logo desde o começo. Abraham Woodhull (Jamie Bell) que dá pelo nome de código Mr.Culpeper mostra que desenvolveu os seus esquemas nos primeiros instantes da série. Para começar concebeu um fato cheio de segredos, desde uma pequena abertura na manga para colocar papel e assim tomar notas, até um local para esconder um punhal. A início parece estranho ver uma evolução tão repentina na personagem, mas é por uma boa causa, afinal aqui todos saem a ganhar com esta mudança, ou quase, os inimigos não devem achar muita piada…

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Vemos também que a família está bem e vivem agora na casa do pai de Abraham, Richard Woodhull (Kevin McNally) o juiz da pequena cidade de Setauket em Long Island.

Neste momento resta-me aconselhar-vos a lerem a análise à primeira temporada caso não estejam familiarizados com a série pois o que se segue estragará por completo as surpresas da 1ª temporada. Continuem por vossa conta e risco se ainda não viram a primeira temporada.

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Depois do incêndio na antiga quinta de Woodhull sobram as ruínas da casa e a cave que é usada como local de refúgio para os encontros entre Abraham e Anna Strong (Heather Lind), parceira na espionagem.

A primeira temporada de Turn teve também a sua dose de antagonistas, mais propriamente o agora Capitão Simcoe (Samuel Roukin) e Robert Rogers (Angus Macfadyen), ambos regressam nesta segunda temporada e mais irritantes do que nunca. Confesso que em todos os episódios que Simcoe dá a cara eu só espero pela sua morte, é uma personagem que está muito bem realizada por essa mesma razão. Já Robert Rogers perdeu um pouco do fogo, mas não se deixem enganar continua um verdadeiro cão de caça.

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A narrativa parte de todos estes pontos e começa bem para logo a seguir dar um trambolhão tremendo. Existem aqui cerca de 5 episódios que só farão sentido perto do fim da segunda temporada, e tendo 10 episódios vão ter que suportar 5 episódios bastante estranhos. Apesar de nunca deixar de ser interessante vale bem a pena o esforço tendo em conta o desfecho. Estes episódios tal como na temporada anterior servem para aprofundar as personagens secundárias que enriquecem a história, e os últimos episódios são absolutamente fantásticos por isso mesmo.

Esta temporada de Turn Washington’s Spies vê também o desenvolvimento mais detalhado das linhas inimigas em Philadelphia e mais tarde em New York. Este detalhe vem sobre tudo na forma da personagem Major John Andre (JJ Feild) que já tinha feito a sua participação na primeira série como personagem recorrente, poderá dizer-se que é neste momento uma das personagens centrais da narrativa.

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John Andre é utilizado como desculpa para mostrar o quotidiano das cidades controladas pelas forças de Sua Majestade. E é uma tentativa bem-sucedida em torcer por alguém que poderia ser o herói tivesse a História seguido outro rumo. Infelizmente o outrora imponente e sábio John Andre sofre de algo que teima em deixar algumas personagens estupidificadas, o amor.

Do lado oposto voltamos a ter o General George Washington (Ian Khan) que nesta temporada revela-se um homem bastante inteligente e ao mesmo tempo um homem quebrado e envolto em distúrbios mentais. Na companhia deste encontra-se a dupla de cabecilhas do anel de espiões que acabam por ter um maior papel nesta temporada de Turn Washinton’s Spies.

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A dupla é responsável por alguns momentos que transcendem as expectativas, devo dizer que Caleb Brewster (Daniel Henshall) protagoniza o momento mais insólito da série devido ao sucesso ridículo de um dos seus planos. Já o seu colega Ben Talmadge (Seth Numrich) é uma das personagens mais inteligentes e ao mesmo tempo mais injustiçadas.

Tendo em conta tudo aquilo que se passa nesta série, diria que os valores da pós-produção estão mais refinados, e que o ambiente é retratado de uma forma bastante apelativa. Ainda assim a narrativa não é livre de crítica pois alguns estratagemas deram-me vontade de rir dado o desenrolar das situações, quando me deveriam ter feito suster a respiração.

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Por outro lado as guerras que aparecem em cena fazem-me pensar se realmente as batalhas se desenrolavam daquela maneira, mas de uma forma ou de outra não deixam de ser bastante interessantes.

No geral diria que é uma série que evoluiu positivamente e acabou no ponto certo para uma 3ª temporada que espero ansiosamente. Se gostam de séries de espionagem esta é certamente uma das melhores opções.

Positivo

  • Intriga
  • Aspecto visual
  • Interação das personagens

Negativo

  • Nem todos vão ficar agradados com alguns dos episódios
  • Alguns planos continuam a resultar porque sim

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Alexandre Barbosa
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