Proteus não é de todo um daqueles grandes jogos de um estúdio conceituado e que promete entrar no mercado dos vídeo jogos a matar. Estamos perante um jogo modesto e “ligeiramente” menos dispendioso que os triple A games que se costumam encontrar à venda nas lojas, mas em que é que isso se traduz na realidade?
Na verdade, Proteus é um jogo muito simples em todos os aspetos e apesar de parecer uma desvantagem, depois de algum tempo de jogo a opinião em relação ao jogo tem enorme probabilidade de mudar.
As opções não são muitas, existindo apenas um modo de jogo que consiste explorar um mundo aberto. Com uma vista na primeira pessoa encontramo-nos numa ilha com uma fauna e flora muito peculiares, não por ser esquisita mas porque ambas têm intrínsecas em si sons específicos. Cada árvore, animal ou planta tem um som particular que faz com que a viagem pela ilha se torne uma autêntica sinfonia. Além da vegetação e dos animais também é possível encontrar locais místicos como memoriais ou mesmo uma “estrutura” parecida com o Stonehenge.
Não se trata de um jogo com um objetivo próprio, no fundo trata-se de uma ilha para explorar e da vontade de voltar à ilha para descobrir ou experienciar novas coisas. É um jogo que não deve agarrar qualquer tipo de jogador, contudo promete uma bela experiência àqueles que se demonstrarem mais abertos a esto tipo de experiências.
Os gráficos podem parecer pouco importante em Proteus, no entanto diria que têm um papel de relevo. O visual é muito cru e simples, aqui é fácil de perceber que este não é o aspeto mais trabalhado, porém este facto atribui-lhe uma melhor posição para criar uma certa magia em torno do som. A maioria dos animais são pouco percetíveis, tornando difícil perceber o que são eles exatamente, mas ao mesmo tempo acaba por ser um mal que vem por bem pois cada um entende o jogo à sua maneira e isso acaba por ser um pouco do que Proteus representa, uma “viagem” pela ilha com uma experiência própria que varia de pessoa para pessoa.
Se por um lado os gráficos não estão muito trabalhados, por outro o som está muito bem conseguido. Os sons parecem combinar muito bem e após algum tempo de jogo a própria melodia e os sons da ilha ajudam-nos a perceber o que nos rodeia, por exemplo quando se começa a ouvir o som característico de um animal antes de o avistar. Se tivesse que traduzir a experiência sonora obtida ao jogar Proteus diria que é como se fosse um vídeo jogo em forma de “twister musical”, à medida que vais pisando novos locais vais ativando novos sons e novas melodias.
Proteus trata-se de um jogo sem grande capacidade para agarrar o jogador a longo prazo e não promete agradar muitos tipos de jogador, no entanto consegue representar uma boa experiência especialmente pela forma como nos envolve no seu mundo. Não é nenhum GOTY mas sendo um jogo de baixo custo consegue mostrar que não se deve julgar um “jogo” pela capa.
Positivo:
- Efeitos sonoros
- Capacidade de surpreender
Negativo:
- Apelativo a um público muito reduzido
- Pouca longevidade
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