Análise – New Frontier Days: Founding Pioneers

O que é que aconteceria se os clássicos jogos de simulação de cidades e os jogos repletos de micro-transacções de gestão de cidades tivessem um filho? Provavelmente New Frontier Days: Founding Pioneers seja a resposta. O aspecto cartoon dos jogos mais recentes misturado com mecânicas que só tendem a ficar mais complexas com o tempo vindas dos clássicos de outrora estão aqui presentes; será esta uma boa fórmula?

New Frontier Days: Founding Pioneers foi então um título de lançamento para a Nintendo Switch que num primeiros vislumbre me aguçou o apetite. Sou um fã deste género de jogos e isto parecia o início de uma grande aventura. É então nesta altura que o jogo decide apresentar-me o sistema de controlo e senti-me como se tivesse assinado um contracto de abraços a um cacto. O jogo foi claramente desenhado para controlos de toque por isso podem riscar da vossa lista jogar New Frontier Days: Founding Pioneers na vossa TV; não é que não possam, é só que não vale a pena. Tudo demora imenso tempo e se a início têm uma pequena aldeia, esperem só até terem uma cidade. Felizmente podem utilizar os controlos por toque no modo portátil e é dessa forma que este jogo deve ser jogado. Com apenas esta troca o jogo melhora imenso, rapidamente fui sugado para o jogo e quando dei por mim já tinham passado um par de horas.

O jogo tem um modo de tutorial que funciona também como o modo história, neste modo vamos tendo objectivos concretos e recompensas para que consigamos guiar a nossa pequena aldeia em direcção a um futuro risonho. Com um pouco de tentativa erro e alguma perseverança, New Frontier Days: Founding Pioneers transforma-se numa experiência bastante viciante. A início temos uma mão cheia de pioneiros e temos que os colocar a fazer tarefas básicas como pescar, caçar, cortar madeira e até partir pedras em busca de minerais. Depois vamos lentamente construíndo edifícios e ganhando novas possibilidades. No entanto há uma mecânica que pode ser a ruína dos mais descuidados, estou a falar do festival anual. Neste festival o jogo cobra-nos recursos e dinheiro por tudo o que fazemos, uma maneira simpática de imitar o nosso sistema de impostos, fiquem demasiado tempo em dívida e o jogo termina.

Ao longo do jogo vão também ganhando cartas que actuam como bónus durante um determinado período, por exemplo inflacionar o valor dos troncos ou uma melhor ceifa. Estas cartas acabam por ser importantes e muitas vezes são elas que decidem o rumo que devem dar ao jogo. Se por exemplo forem ganhando cartas que favoreçam os troncos, é melhor apostar numa serralharia extra para ganharem mais dinheiro.

Para além do modo história existe também o survival mode e o free mode. Estes dois modos são idealizados claramente para quem já conhece as regras e quer um desafio extra. Nestes modos vão avançando por várias eras ao vosso ritmo desbloqueando tudo a pouco e pouco. Estes modos normalmente duram largas horas e requerem bastante investimento de tempo, pelo que será normal orgulharem-se bastante de um resultado positivo.

No seu todo New Frontier Days: Founding Pioneers é um jogo que entretém mas o seu esquema de controlos restringe as maneiras realmente funcionais de jogar para o modo portátil da Nintendo Switch. É um jogo que agradará certamente tanto a fãs dos jogos de gestão de recursos e construção de cidades que vemos em plataformas Web e também aos amantes de jogos de outrora como Caeser ou Pharaoh, é certo que é uma mistura que tenda mais para os jogos actuais mas os laivos de complexidade de outrora dão uma dimensão mais apetecível a New Frontier Days: Founding Pioneers.

Positivo

  • Simples de entender
  • Complexidade ajuda a prolongar o interesse
  • apresentação simplista q.b.

Negativo

  • Todos os esquemas de controlo que não sejam o táctil
  • Início consegue ser extremamente lento durante demasiado tempo
  • O sistema de jogo é viciante mas não foi pensado na grande escala que atinge o jogo numa fase avançada

Alexandre Barbosa
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