Cinco anos após o lançamento original, The Last of Us Part II Remastered chegou finalmente ao PC na sua versão remasterizada, sendo sempre a esperado como a experiência aprimorada para os jogadores que aguardavam por esta adaptação. Com melhorias gráficas, ajustes na jogabilidade e novos modos, a versão para PC tenta ser a edição definitiva do jogo. No entanto, apesar dos avanços, alguns problemas técnicos ainda deram o ar da sua graça nesta conversão.
Antes de avançar para esta análise, aconselho a ler a nossa análise da versão original e do remaster para terem mais contexto do que será falado aqui:
Análise – The Last of Us Part II
Análise – The Last of Us Part II Remastered
A narrativa de The Last of Us Part II continua a ser um dos seus pontos principais. O jogo coloca os jogadores na pele de Ellie, que embarca numa jornada de vingança após um evento trágico que muda completamente a sua vida. A história é contada de forma não linear, alternando entre flashbacks e momentos jogados no presente, permitindo uma exploração profunda das motivações e dilemas morais das personagens.
A meio da campanha, o jogo introduz Abby, uma personagem que inicialmente surge como antagonista, mas cuja perspetiva é explorada de forma mais humana, o que irritou muita gente. Esta abordagem narrativa desafia as expectativas dos jogadores, levando-os a questionar as motivações das personagens e afinal quem é que está a ir longe demais. A dualidade entre Ellie e Abby é um dos pontos mais fortes do jogo, tendo gerado muita discórdia ao longo dos anos (e que fará o mesmo certamente na série também).
O sistema de combate mantém a abordagem furtiva e estratégica do primeiro jogo, mas com melhorias significativas. A inteligência artificial dos inimigos está bastante melhor e mais agressiva, fazendo com que a acção seja mais desafiante e realista. O jogo incentiva a exploração e a utilização de recursos de forma inteligente, para criar os segmentos seguintes onde sentimos a pressão a acumular por falta de armamento. Claro que podem suavizar ou piorar este elemento de The Last of Us Part II se optarem por dificuldades mais baixas ou mais pesadas.
A versão remasterizada para PC traz melhorias significativas na qualidade visual. Os modelos das personagens levaram um toque extra de detalhe, as texturas apresentam maior resolução e os efeitos de iluminação e sombras foram trabalhados para tirarem partido das tecnologias atuais. Seattle, o principal cenário do jogo, é representado com um nível de detalhe bastante bom e com um salto considerável quando comparado com a versão original lançada na PS4.
No entanto, apesar das melhorias gráficas, a versão para PC enfrenta alguns problemas técnicos, especialmente no lançamento. Além de problemas de stuttering em áreas densamente povoadas, falhas na renderização de texturas e pequenos bugs visuais, também tive uma situação a meio de um combate mais intenso onde o jogo desligou. É um cenário que vai ser cada vez menos comum com patches, mas é uma pena que os lançamentos da Playstation mais recentes continuem a sofrer com estes problemas de optimização no lançamento.
Além da campanha principal, a versão remasterizada de The Last of Us Part II introduz o modo No Return, um roguelike onde os jogadores enfrentam desafios aleatórios, acumulam armas e habilidades e tentam sobreviver o máximo de tempo possível. Este modo adiciona uma camada extra de longevidade e é uma boa opção para quem deseja melhorar a sua jogabilidade e explorar as mecânicas de combate sem se prender à narrativa.
Apesar de todos os bugs e glitches The Last of Us Part II Remastered no PC é, sem dúvida, a melhor forma de viver esta história. A narrativa envolvente e fraturante, os gráficos aprimorados e a jogabilidade refinada, fazem com que o seu todo seja bastante forte. No entanto, os problemas técnicos podem afetar a imersão, especialmente para jogadores com hardware mais modesto.
Se gostam de The Last of Us e querem mais, especialmente com a chegada da segunda temporada, então vale sempre a pena. É verdade que a intensidade da campanha e o peso da jogabilidade fazem com que seja um jogo “cansativo”, por isso não é ideal para quem prefere jogos mais alegres ou descontraídos. Com algumas atualizações para corrigir os problemas técnicos, poderá tornar-se a edição definitiva de um dos jogos do catálogo da Playstation no PC.
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