Este foi um ano concorrido, cheio de esperas e repleto de surpresas. Este ano a lamentar só mesmo a falta de tempo para jogar, porque bons jogos estiveram sempre presentes, mesmo com algumas desilusões pelo caminho.
10 – Kingdom Come Deliverance
Ainda o ano era jovem e logo me surpreendeu com KingdomeComeDeliverance. Este RPG troca elementos de fantasia pela dura realidade mas de uma forma equilibrada o que o torna numa experiência única e divertida. Desde a forma como as nossas acções moldam o mundo que vamos percorrer à narrativa que se mostra cheia de bons momentos, este é um dos grandes jogos de 2018.
Eu adorei a experiência e agora que o ano está a terminar e decidi formular a minha lista dos melhores jogos de 2018, este é um jogo que não poderia faltar e nunca esquecerei os momentos em que fui Henry.
09 – Sushi Striker: The Way of Sushido
Este foi daqueles jogos que não tinha o direito de ser tão bom. Para algo que a início parece extremamente simples veio a tornar-se num vício. O objectivo é juntar pratos de sushi com a mesma cor e atirar as pilhas de pratos à cara do adversário até este cair para o lado. Este jogo de puzzles viciou-me pela sua jogabilidade “simples” e pela sua história tresloucada que me deixou água na boca com algumas das cinemáticas… estou com vontade de comer sushi neste momento por isso, venha o próximo jogo da lista.
08 – Vampyr
Os vampiros já estão fora de moda, e os zombies já lá vão, ainda assim continuo a adorar a temática e todos os possíveis contornos que estas criaturas proporcionam. Vampyr consegue contar uma história Victoriana bastante boa e proporcionou-me não só um bom desafio como também bons momentos. A forma como Jonathan se relaciona com os vários habitantes e as consequências das nossas acções modificam o dia a dia destas áreas é bastante envolvente e faz com que possamos ser o vampiro que bem entendermos.
E o que mais há a dizer do que o meu parágrafo final da análise a Vampyr: “Esta é sem sombra de dúvidas uma experiência que vale a pena pois conjuga o contar de uma história que pode ser drasticamente alterada por nós enquanto apresenta um sistema de combate bem conseguido e divertido. Apesar de não ter os valores de produção de alguns dos mais recentes jogos o seu foco na história, ambiente e combate acabou por compensar, fazendo desta uma das aventuras obrigatórias de 2018.”
07 – Assassin’s Creed Odyssey
Este é um daqueles jogos que apostou muito em alguns aspectos e descurou outros. Apesar de adorar AC Odyssey não consigo deixar de sentir que poderia ser um jogo muito melhor, razão pela qual não está numa posição mais alta desta lista.
Como um todo é uma aventura sólida, que para minha surpresa não demonstrou mais do que dois bugs nas mais de 80 horas de jogo que já possuo. Pode até nem ser o melhor espécimen daquilo que era esperado depois de Origins mas é certamente um jogo divertido se tivermos dispostos a “aturar” as suas falhas.
06 – Guacamelee 2
Guacamelee foi um jogo da passada geração que me deixou boas memórias e quando uma sequela foi anunciada fiquei bastante contente. No entanto na altura em que o jogo saiu não o consegui jogar de imediato e foi preciso chegar ao final do ano para voltar a usar a máscara de luchador e salvar o Mexiverse. A sequela consegue ser uma experiência tão boa ou melhor do que o original e adorei cada momento.
05 – Monster Hunter World
Este jogo foi uma agradável surpresa. As mecânicas que foram simplificadas permitem que o jogador se concentre na acção e caçar os grandes monstros nunca foi tão divertido. Este é daqueles jogos ideais para jogar com amigos e os updates que tem recebido ao longo do ano tornam-no num daqueles jogos a que podemos regressar e existe sempre algo novo. Sem dúvida um dos grandes jogos de 2018.
04 – Super Smash Bros. Ultimate
É Super Smash Bros mas com todos os lutadores, um modo história, vários desafios… é mesmo preciso dizer mais?
03 – Marvel’s Spider-Man
Marvel’s Spider-Man é aquele jogo que qualquer um pode simplesmente agarrar no comando e numa questão de minutos estará completamente absorvido numa recriação de Nova Iorque. Simplesmente andar de teia em teia é um prazer e quando a movimentação é divertida por si só, já temos um bom começo.
Algo que surpreendeu foi a história, esta desenvolve-se no seu próprio universo, longe de filmes e bandas desenhadas o que proporciona alguns momentos bastante interessantes e no final revelou-se como uma das minhas narrativas favoritas de Spider-Man. Se têm uma PS4 e ainda não jogaram Marvel’s Spider-Man, estão a perder um grande jogo.
02 – Red Dead Redemption II
Red Dead Redemption foi para mim o jogo da geração anterior, escusado será dizer que as minhas expectativas estavam extremamente elevadas e nem todas viram um final feliz. Não posso deixar de aplaudir o que a Rockstar conseguiu fazer em Red Dead Redemption II, mas ao mesmo tempo também não era isto que eu queria/esperava.
Este é talvez o jogo mais complicado de justificar nesta lista, enquanto jogador fiquei espantado com o que foi alcançado, mas enquanto fã fiquei desapontado e acho que ainda não encontrei as palavras certas para explicar o que sinto. Creio que a forma mais fácil será dizer que apesar de ser um excelente jogo, não consigo deixar de olhar para aquilo que Red Dead Redemption II poderia ter sido, pois cada oportunidade sub-aproveitada foi sentida por mim como um facada nas costas. Em simultâneo é também um dos melhores jogos que joguei em 2018, é um misto de sentimentos bastante complicado de digerir.
Quando Red Dead Redemption II está no seu melhor é capaz de fazer as pedras da calçada terem sentimentos, nunca esquecerei as aventuras que tive com este jogo e que certamente voltarei a ter, sinto que preciso de voltar a este mundo criado pela Rockstar em breve, só não sei quando. Para os que ainda não tiveram a oportunidade de entrar neste mundo, peço que tenham o jogo debaixo de olho e que façam um favor a vocês mesmo assim que conseguirem e que entrem na pele de Arthur Morgan e vivam uma narrativa inesquecível.
01 – God of War
Para quem segue o PróximoNível não é surpresa nenhuma que ao chegar ao 1º lugar da minha lista vejam God of War. Quando foi anunciado fui um dos jogadores mais cépticos da plateia, gozei com a mecânica do machado e não quis acreditar que Kratos estava de regresso. Pois bem, o jogo veio parar às minhas mãos, percorri o mundo de God of War de lés a lés, observei uma narrativa impressionante e chamar o machado é das coisas mais satisfatórias de um videojogo em 2018.
Depois de terminar God of War existem muitas coisas que nunca disse mas que decidi resumir numa frase na minha análise a God of War: “Descrever algo praticamente perfeito é bastante complicado mas é aquilo a que me proponho com esta análise…”. Por várias vezes pensei que o jogo estaria prestes a terminar, que a narrativa ficaria em suspenso ali. Afinal de contas já tinham passado mais de 20 horas desde o começo da aventura e sempre que parecia estar a chegar ao fim a narrativa surpreendia. É verdade que andamos para a frente e para trás um par de vezes em cada zona, mas o que interessa isso quando estamos a ser constantemente puxados pela narrativa e consequentemente expostos a novos desafios e maneiras de ultrapassar obstáculos.
O equilíbrio deste jogo é bastante frágil em vários pontos narrativos, com vários factores capazes de estragar grande parte da história com um simples olhar sobre o menu ou um local. Razão essa que levou a muito secretismo até ao lançamento do jogo. De tudo aquilo que espero de um videojogo, God of War foi o que atingiu um maior equilíbrio e o mais elevado “Excelente Recomendado” que alguma vez dei. Até este preciso momento em que escrevo este preciso texto, God of War é o jogo que, para mim, definiu esta geração. Como tal não poderia deixar de ser o meu jogo do ano de 2018.
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