Domingo Nostálgico #8 – Prince of Persia

Prince of Persia foi para mim um dos jogos mais marcantes da minha vida. Falo da versão PC, isto porque apesar de ter jogado noutras plataformas, creio que essa seja a versão definitiva do jogo de Jordan Mechner. É preciso também sublinhar a veia inovador deste produtor que conseguiu criar uma obra de arte de maneiras inovadoras.

Prince of Persia decorre na Persia medieval e conta a história de um vizir que tenta assumir o poder à força após a ausência do sultão. Como consequência desse seu desejo, tentou forçar o casamento com a filha do sultão e prendeu nas masmorras o protagonista do jogo. Não é propriamente a história mais inovadora, mas oferece um tema de fundo interessante.

O que mais me impressionou na altura, e o que poderá impressionar ainda hoje, é toda estética realista e bastante séria do jogo. Mechner usou a técnica de rotoscopia na perfeição para conseguir trazer vida ao protagonista e aos seus adversários. Isto resulta numa recriação de movimentos muito impressionante para a altura. Por mais incrível que pareça, o produtor captou as animações do seu irmão mais novo a correr, do filme As Aventuras de Robin dos Bosques de 1938 e outras pessoas para pontos mais específicos.

Na verdade todo o jogo assustava-me, isto porque estava habituado a experiências mais alegres, coloridas e baseadas no mundo da fantasia, e todo o minimalismo de Prince of Persia deixava-me um pouco assustado. As maneiras grotescas de morrer do protagonista não ajudavam nesse sentido.

Com o passar do tempo aprendi a apreciar e perder inúmeras horas com o jogo. Prince of Persia no que toca a jogabilidade é um jogo muito bem polido e responsivo. Apesar de ter alguns momentos estranhos no que toca a reacção da nossa personagem, é um jogo que se joga muito bem até mesmo hoje em dia e pode ser apreciado por qualquer pessoa sem grande problema.

Apesar de conhecermos várias histórias como o Aladino, ou o Ali-Baba e os 40 Ladrões, temos aqui uma oportunidade de ver uma perspectiva alternativa da Persia antiga e dos seus belos edifícios. Não tenho a certeza se as masmorras terão o mesmo aspecto, mas no que toca ao grafismo e à direcção artística, temos um jogo visualmente apelativo no cômputo geral.

Depois de ter sido lançado para o velhinho Apple-II em 1989, o jogo chegou a inúmeras plataformas com o passar dos anos, tendo até uma nova versão denominada como Classic mas que alterou e adaptou toda a jogabilidade para as plataformas mais recentes, neste caso Xbox 360, PS3, Wii, 3DS e dispositivos móveis.

Infelizmente a série caiu um pouco no esquecimento e grande parte dos jogos 3D mais recentes passaram-me um pouco ao lado. Felizmente o remake de Prince of Persia: The Sands of Time poderá ser o começo da colmatação desta minha lacuna.

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