Devil May Cry 5 Special Edition traz consigo várias melhorias para justificar a sua transição para a nova geração assim como uma nova personagem jogável. Se ainda não leram a nossa análise ao conteúdo de Devil May Cry 5, podem fazê-lo aqui.
De uma forma geral a campanha original encontra-se inalterada. Os mesmos níveis, os mesmos inimigos, mas agora as poças de água têm reflexos e o jogo corre a 60 fps estáveis, dependendo do que escolherem. Se forem pela resolução de 1080p, então podem contar com ray tracing e 60 fps. Se estiverem a jogar a 4k podem contar com ray tracing a 30 fps e se preferirem podem até jogar em 1080p a 120 fps sem ray tracing. De uma forma geral, diria que os 1080p a 60 fps, são a escolha acertada para este jogo, visto ser um produto desenhado para espetáculo visual e rapidez.
Como tem já vindo a ser tradição, com a Special Edition Vergil torna-se numa personagem jogável. Por um lado é um personagem completo, com movimentos próprios e uma abordagem diferente aos encontros com inimigos, no entanto, vamos percorrer exatamente os mesmos níveis da campanha original com Vergil, sendo a diferença a cinemático de início e de fim da campanha.
Vergil destaca-se dos outros 3 personagens não só pelas suas armas mas também pela adição da mecânica de concentração. Resumindo os efeitos desta nova barra, quanto menos correrem pelo cenário, mais poderosos serão os vossos ataques, recompensando assim os movimentos mais ponderados e certeiros.
Vergil utiliza 3 armas: a Yamato é uma espada perfeita para desferir vários golpes em milésimas de segundo, as Beowulf Gauntlets desferem golpes pesados, a Mirage Edge é uma espada “fantasma” utilizada para golpes mais tradicionais e finalmente as mirage blades que podem ser atiradas aos inimigos como se de uma pistola se tratasse. Em conjunto com este arsenal, Vergil pode também teleportar-se e o resultado final, tal como nas restantes personagens, fica ao nível das vossas habilidades.
Logo desde o início, ao contrário dos outros personagens, podem activar a devil gauge. No caso de Vergil, funciona como um clone que se junta à luta a vosso favor. Na minha experiência jogar com Vergil é o personagem com o maior fator de risco-recompensa. Consegue causar dano e fazer combos espetaculares mas também é bastante frágil. Dante, Nero e V continuam tal como no jogo original, o que é ótimo.
As habilidades têm que ser compradas com red orbs conforme jogam, no entanto, tal como no original, as várias orbs são guardadas no vosso ficheiro de gravação. Isto facilita imenso o processo de melhorar o personagem e poder jogar os níveis que mais gostarem.
É importante que façam todas as melhorias às personagens se se quiserem aventurar numa das outras novidades desta Special Edition. O modo de dificuldade Legendary Dark Knight não traz Batman para o palco de batalha, mas sim um número muito superior de inimigos, o que acaba por dificultar imenso a vida mas também proporciona uma maior facilidade em executar combos espalhafatosos que tanto gosto de ver nesta nova geração.
Temos também o regresso do Turbo mode que acelera um pouco o ritmo do jogo. Não sou o maior fã deste modo, talvez pela minha falta de jeito natural para me manter vivo durante o mesmo, mas está lá para quem apreciar passar os diferentes níveis a passo acelerado.
Estamos a chegar ao fim desta análise, mas ainda tenho que falar dos famosos botões R2 e L2 da PS5 que foram incluídos nesta versão do jogo com as mecânicas de adaptabilidade. Para quem já jogou será óbvio onde estes foram implementados, sim, estou a referir-me à espada de Nero, ao pressionar o botão L2 este cria resistência enquanto aquece o motor da arma. É um toque subtil, mas não podia deixar de o mencionar. Quanto à vibração do comando, sente-se a diferença entre o Dualshock 4 e o DualSense . Com o DualSense é percetível a direção em que o ataque se move e o mesmo pode ser dito quando sofremos dano.
Finalmente quero referir que a banda sonora continua a impressionar e já perdi a conta ao número de vezes que deixo a aplicação do jogo a correr no menu da PS5 enquanto verifico as mensagens no telemóvel, só para ouvir a música. Sim, estou a fazê-lo neste preciso momento.
Devil May Cry 5 Special Edition é uma festa. Estamos constantemente a ser bombardeados com ação e espetáculo visual com uma banda sonora de excelência. Se o original já era bom, Devil May Cry 5 Special Edition supera-se e não é tímido em mostrar-se.
Positivo
- Visualmente apelativo
- Jogador pode escolher o modo de desempenho que desejar
- Vergil destaca-se com as suas habilidades
- Novo modo de dificuldade
- Funções com DualSense
- Banda sonora continua a impressionar
Negativo
- História continua a não ser um ponto forte
- A campanha de Vergil devia entregar mais momentos novos
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