As folhas caem das árvores, os relógios recuam uma hora e os casacos começam a ser libertados da sua hibernação inversa. E com o Outono chega mais uma temporada de animação vinda do Oriente. Tal como na temporada anterior eu, Roberto “ShadowDust” Silva, juntei-me ao Mathias “Silver4000” Marques e compilámos as nossas escolhas sobre aqueles que serão os animes mais memoráveis desta temporada ou que pelo menos tenham o inicio com maior impacto. Ao contrário da última vez, e daqui para a frente, os animes que podem ser considerados remakes (se bem que o grau de exigência para a sua recomendação será bem superior à norma), já poderão ser incluídos nesta lista, sendo que os únicos excluídos são apenas os que transitam da temporada anterior. (p.e. Akame ga Kill, Sword Art Online II)
No dia do seu 16º aniversário a princesa Yona viu ser lhe tirado o tapete debaixo dos pés depois de testemunhar a pessoa pela qual estava apaixonada assassinar a sangue frio o seu pai. Agora apenas acompanha do seu fiel servo Hak, terá de reunir novos aliados na sua demanda para recuperar o trono e proteger o seu povo.
Silver – Nao se deixem enganar pelo primeiro episódio, Akatsuki no Yona é algo melhor do que a primeira impressão oferece. A verdade é que o primeiro episódio é necessário para estabelecer a base para o inicio da aventura, uma que melhora a cada episódio que passa. Lá, é-nos mostrado também o ponto alto que o anime irá alcançar, e tem lentamente ido em direcção ao mesmo,apesar do início lento, é reforçado pelas personagens com carisma (I’m looking at you Hak), que tornam o anime melhor.
Shadow – Sou um grande fã da cultura e História não só nipónica como um pouco de toda a Ásia, sendo que tudo o que se tenha nem que seja um pouco de inspiração destes períodos históricos salta-me à vista e tem de se esforçar para me agradar. Akatsuki no Yona é um anime que não tem problemas em mostrar a sua mão nem os seus pontos fortes e fracos. É um anime que não usa o suspense ou esconde nada do espectador e quem vê Akatsuki no Yona sabe para o que vai.
Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakanari Ken
Esta mini-série segue a vida de Kaoru, uma funcionária pública, e do seu marido Hajime, um otaku, e mostranos vários episódios do casamento dos dois.
Silver – Existem aqueles animes que são lançados em formato de mini-episódios que nos fazem sempre desejar que a sua duração fosse normal como os outros. Danna ga Nani é um deles, o mistério de como estas duas personagens se casaram é sempre esquecido devido à comédia que é oferecida em cada episódio, são uns poucos minutos bem dispensados para ver o melhor casal de sempre.
Shadow – Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakanari Ken é um daqueles animes de 5 minutos que mais não servem mais do que nos entreter por uma efemeridade muito pequena. Mas ao contrário de outros, estes breves momentos são mais do que apenas para passar o tempo. O humor com que as personagens nos tratam e a maneira como elas interagem entre si, possuem um toque refinado que muitos não iram perceber. Esta série é para quem gosta de animes e poucos grupos mais iram perceber onde se esconde a magia da comédia de Danna ga Nani.
No 11º ano da era Meji foi proibido o porte de espadas e chegou o fim da era dos samurais. Quem se oponha a esta lei era condenado e aprisionado em Gokumonjou, uma fortaleza construída no meio do lago Biwa. O único meio de transporte é confiado a uma família de três irmãos: Tenka, Soramaru e Chuutarou.
Shadow – Donten ni Warau (ou Laughing Under the Clouds) cai um pouco no saco de onde saiu Aktasuki no Yona. Um anime fantasioso com elementos históricos, mas por aí ficam as semelhanças. A interacção dos 3 irmãos, não só entre si mas também com a comunidade em geral, será o não só o ponto de partida como também a chave para decidir se Donten ni Warau tornará um anime que nos lembraremos com distinção ou se tornará apenas mais um que por aqui passou.
Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works
10 anos após os incidente de Fate/Zero, chega uma nova guerra pelo Santo Graal. Desta feita a adaptação recai sobre a vertente Unlimited Blade Works, uma route diferente da run original, mas que já foi adaptada em formato filme.
Shadow – A série Fate pouco precisa de introdução. Depois de Fate/stay night em 2006, passou a produção da sua prequela, Fate/Zero, para a ufotable e essa série alcançou um nível de sucesso bastante superior ao antecessor. Os fãs pediram e as suas preces foram ouvidas. Mesmo depois do filme com o mesmo nome (filme que por si só era melhor que a série original) foi com a aposta na route Unlimited Blade Works que caiu este novo remake e eu como fã acérrimo da franquia, não podia estar mais contente.
Há vários anos efectuavam-se várias perseguições ao que as pessoas habitualmente chamavam de bruxas. Mas estas eram na verdade Makai Knights e Makai Priests que estavam encarregues de salvar a humanidade. Numa destas famosas queimadas, uma Makai Priest dá à luz um bébé que é salvo por um Makai Knight. 16 anos acompanhamos as aventuras de Léon Luís e do seu pai German (Roberto) Luís.
Shadow – Numa temporada cheia de animes que fantasia, Garo foi um dos poucos que me conseguiu chamar à atenção. Voltando um pouco a uma inspiração merliniana, onde soldados e herois derrotavam bruxas e outros horrores, Garo pega em algumas lendas mais desconhecidas e transforma-as numa narrativa uniforme e coesa. Todas as personagens recorrentes têm uma personalidade única e que as distingue das demais. Além disso o vilão parece o Claude Frollo do Corcunda de Notre Dame.
Kazami Yuuji, não queria nada mais do que ter uma vida escolar numa escola normal. No entanto ele acaba por ser colocado em Mihama High, uma escola onde só frequentam raparigas e ainda para mais são raparigas que de normal (muito) pouco têm.
Silver – Grisaia ainda é uma aposta incerta, o numero de cours ainda não está bem definido (1 cour = 12/13 episódios) e só poderá tornar excelente se o numero de episódios for grande. Falando do anime, o primeiro episódio revela a intenção que os produtores têm sobre o mesmo, dando o ar de misterioso e um pouco psicológico. Mas de momento tem estado concentrado na comédia, mais precisamente, comédia sexual, imensa comédia sexual. Só nos resta esperar que façam mais que uma cour, progredindo assim para o ‘foreshadow’ dado no final do primeiro episódio.
Shadow – Grisaia no Kajitsu (ou Le Fruit de la Grisaia) é um daqueles animes que consegue ao mesmo tempo ser e sério e cómico. Apesar de haver animes que fazem essa transição de uma maneira mais consistente (como por exemplo Noragami), Grisaia apresenta um leque de personagens diversificado que nos fazem aperceber que por muito que não gostemos delas sem elas a história não faria qualquer sentido. Grisaia não é, à partida, o candidato mais forte para ficar na nossa lista de lembranças a não ser que execute na perfeição o que se propôs a fazer.
Inou-Battle wa Nichijou-kei no Naka de
Há 6 meses atrás, quatro membros de um clube de literatura ganharam poderes especiais. Agora as suas vidas continuam iguais às de sempre. Porque teriam eles recebido estes poderes? Será que conseguem fazer algo com eles?
Silver – Se viram Chuunibyou irao encontrar algumas semelhanças no inicio. No entanto, enquanto que Chuunibyou é tudo a fingir, com um toque de drama, Inou Battle anda mais pela comédia. Uma comédia sobre estudantes com super-poderes? Até agora a comédia tem sido leve, como se ainda não soubessem que lado tomar, mas os recentes episódios mostraram que talvez possa seguir para o caminho sério. De ambas as formas, na minha opinião é win-win, visto os poderes serem interessantes e a personage principal interessante.
Parasyte -the maxim- ( Kiseijuu: Sei no Kakuritsu)
Izumi Shinichi vive tranquilamente com os seus pais numa zona pacífica de Tóquio. Numa noite, aliens em forma de minhocas parasitas invadem a Terra e uma delas tenta controlar Izumi ao apoderar-se do seu cérebro, mas apenas consegue o seu braço direito
Shadow – Provavelmente o meu mais forte candidato a anime original da temporada. Poderá não corresponder às expectativas do conteúdo original (é só uma das minhas mangas favoritas) mas até agora é o que se tem destacado mais. A interacção entre o protagonista principal e o seu parasita Migi e o ponto de vista de cada um em relação não só ao comportamento da raça humana assim como se abordam as situações no dia-a-dia do ponto de vista não humano são do melhor que há. Além disso há que realçar a banda sonora do anime que, mesmo não sendo o meu estilo favorito, é provavelmente o melhor trabalho de conjugação de sonoplastia e banda sonora deste ano.
Passado um ano e meio depois dos eventos da série anterior, Akane Tsunemori tem agora a seu cargo uma nova equipa de Enforcers para combater uma nova ameaça do sistema e da ordem social.
Shadow – Psycho-Pass está de volta e isso é sempre bom. No entanto este novo vilão e a falta de presença de Shinya Kogami são coisas que poderão pesar negativamente neste novo capítulo da saga, numa espécie de downfall como aconteceu com Death Note.
Na Europa Ocidental existem 7 Vanadis, sete guerreiros que receberam armas altamente poderosas do Black Dragon com o intuito de cada um governar um território de Zhcted. Numa destas batalhas, um jovem conde chamado Tiger experiencia em primeira mão o poder de uma destas armas pela mão de Ellen. Ela poupa-lhe a vida sob a pena de agora ser seu servo.
Silver – Esta temporada tem uns quantos animes de fantasia, sendo que quase todos eles tiveram um inicio lento, com a excepção de Madan. Este mostrou de imediato o que eu esperava ver, batalhas entre exércitos. O elemento de fantasia está presente, o que dá um outro ar ao Anime, a direcção que está para tomar ainda não é certa, mas só espero que acabe com mais batalhas.
Nantsu no Taizai (Seven Deadly Sins) cbaseia-se na lenda dos Seven Deadly Sins, um grupo de guerreiros que conspiraram um golpe de estado para tomarem poder do trono de Britannia, sendo que foram derrotados pelos Holy Knights. Passados 10 anos há quem diga que estes morreram ou outros dizem que apenas andam escondidos, mas apenas o que se sabe é que os Holy Knights, outrora protectores do reino, agora destronaram o rei e apoderaram-se do governo de Britannia. Cabe à princesa Elizabeth reunir de novo os sete cavaleiros mais temidos do reino de maneira a poder reassumir o controlo do seu reino.
Shadow – Seven Deadly Sins é mais um anime com inspirações em lendas europeias e uma manga de sucesso. A relação entre as personagens principais e a maneira como Meliodas se aproveita inocentemente da ingenuidade de Elizabeth é hilariante, onde quem reina com o dom da razão é um porco chamdo Hawk. Nanatsu no Taizai não promete inovar, nem tão pouco se afirma como uma obra acima da média mas a verdade é que sem tentar consegue-o muito ao de leve.
Quando era mais novo Arima Kousei dominava todas as competições onde entrava e todos os músicos conheciam o seu nome, mas após a morte da sua mãe ele nunca mais conseguiu ouvir o som do piano. Durante anos Kousei nunca mais conseguiu tocar num piano até ao dia em que conhece Miyazono Kaori, uma violinista completamente fora de controlo que vai trazer Kousei de volta à vida musical e mostrar que nem tudo necessita de ser completamente temporizado e coordenado.
Silver – Ainda não aconteceu muito, mas com 22 episódios atribuídos só se pode esperar algo bom. Eu que me iniciei no mundo da música através da música instrumental, também aprecio a clássica, e é isso que Shigatsu oferece. Desde Beck (que é, para mim, o melhor anime de musica de sempre) que um anime sobre musica nunca me impressionou tanto com a mesma. Só resta esperar que continuem a oferecer a mesma qualidade e quantidade de música que ofereceram até agora.
Shadow – Shigatsu wa Kimi no Uso é uma das minhas mangas favoritas de sempre. A maneira como é escrita e desenhada nem nos faz querer o principal foco dela é a música especialmente para um meio sem componente audio. Desde Kids on the Slope que um anime de música não criava tanta expectativa em mim e até possui hipóteses de ultrapassar o rei do género, mas terá de conjugar bem a sua sonoplastia com o factor das cores que oferece pois sem isso será apenas mais uma adaptação de uma manga que apenas será lembrada por aquilo que poderia ter sido e não pelo que foi.
Mistacia é um mundo onde humanos, deuses e demónios vivem em conjunto. No passado Bahamut, um demónio altamente poderoso, ameaçou destruir toda a terra e só com a cooperação das três facções foi possível exilar esta ameaça. A chave da sua jaula foi divida em dois e entregue a deuses e demónios de maneira a que fosse impossível voltar a libertar Bahamut. Agora, 2000 anos depois uma das metades da chave foi roubada por uma humana.
Shadow – Shingeki no Bahamut leva desta antevisão o prémio de maior surpresa. Inspirado num jogo de cartas para os dispositivos moveis da CyGames chamado Rage of Bahamut, vem-nos contar a história de 3 anti-inimigos, um pouco ao estilo de El Dorado da Dreamworks. A componente visual é altamente bem trabalhada e até mesmo impressionante (especialmente a 60fps) e a banda sonora com inspirações castelhanas traz-nos um toque familiar do pouco que se ouve aqui no país ao lado.
Num Inverno, o desejo de um grupo de amigos tornou-se num milagre. E agora, certos anos depois, Nonoka regressa à cidade, que possui um disco a pairar no céu.
Silver – Apesar de parecer que vai haver drama, não está categorizado como tal, mas, apesar disso, tem a categoria de Slice of Life, que serve muito bem. Com o rumo que o anime está a tomar, eu diria certamente que seria um drama, e talvez um dos melhores, mas como não é certo que tal aconteça, então a minha ideia é que daqui para a frente seja um bom e leve Slice of Life, o visual e as cores utilizadas saltam logo à vista e a Noel é a personagem moe do ano, roubando o lugar a muitas outras.
Trinity Seven começa com todo o mundo de Arata Kasuga a ser dizimado e destruído. Arata foi salvo por Lilith e entrou agora numa escola de magica onde ele terá de dominar o seu grimoire e tornar-se num mágico da classe demon lord se quiser salvar a sua prima Hajiri.
Silver – O que é comum nos Harems? Um protagonista que acaba sempre ‘’sem querer’’ numa situação qualquer com uma das raparigas e que responde por dizer que foi sem querer e etc. Em Trinity Seven o protagonista é daqueles que abençoa a situação em qual está, sendo hilariante. Mas falando da historia, esta é interessante, mas o numero de episódios é algo que pode acabar por estragar o anime.
Shadow – Trinity Seven é uma comédia onde às vezes acontecem momentos sérios. Arata é um homem pervertido e sabe disso. As peripécias em que onde ele e as suas companheiras acabam sempre por colocá-lo numa daquelas situações de “estamos numa daquelas situações em que estou a tocar com alguma parte do corpo onde não devia” mas ao contrário dos restantes harems ele não se deixa intimidar por estes momentos.
Wild Cards:
Shadow – Ookami Shoujo to Kuro Ouji vem na temporada seguinte a Gekkan Shoujo Nozaki-kun, rei e senhor da comédia e de shoujo da temporada de Verão. Estivessem os dois na mesma temporada e Ookami Shoujo to Kuro Ouji seria certamente trucidado. No entanto sem concorrentes directos tem todas as condições de mostrar a sua magia e toques humorísticos sem que se tenha de preocupar com mais nada sem ser fazer algo bom.
Silver – Viram Rail Wars na temporada anterior? Então pensem em Amagi como algo parecido, mas em vez de comboios é um parque temàtico. Amagi não sai como uma recomendação obrigatória devido a nada de extraordinário ainda ter acontecido. Um parque com fadas, um pouco de magia, que é mal aproveitada e que poderia ser um dos pilares de comédia/drama mas não o é. Quando era mais novo gostei de um jogo chamado Theme Park World, onde criávamos o nosso parque de diversões, dai parte do meu interesse, a personagem principal atira-se com garras à gerência do parque, e pelo final do ultimo episódio parece que poderão começar a tornar as coisas mais interessantes.
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Se quiserem saber e comentar outros animes que eu e o Silver andamos a ver desta temporada podem encontrar a minha lista aqui e a do Silver aqui.
O que estão a achar desta temporada? Quais são os Animes que andam a ver? Deixem os vossos comentários e opiniões em baixo.
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