Pode já ter passado um mês desde o início do ano mas isso não significa que estou atrasado. Apenas andava a ponderar se deveria fazer esta lista e como.
Ao contrário da minha lista de videojogos onde não tinha muitas escolhas que fossem decentes na minha opinião, tenho uma maior escolha no que toca aos animes que vi durante o ano de 2019.
Esta lista não vai estar ordenada numa ordem específica e vai contar com dez escolhas dos animes que mais apreciei e entreteram-me durante o ano passado.
Kaguya-sama: Love is War
Comédias românticas não são o que falta, mas quantas delas é que decidem pegar na parvoíce das personagens e criar uma história à volta das mesmas? Kaguya-sama: Love is War é isso mesmo, apresentando uma história onde as personagens principais estão atraídas uma pela outra mas recusam-se a admitir, engendrando centenas de situações para obrigar o outro a confessar nem que seja acidentalmente.
O que se segue são bons momentos de comédia onde “lutas mentais” tem lugar ou simplesmente a imaginação das personagens que é elevada a 200%. Já para não falar que a abertura faz lembrar um pouco as aberturas dos filmes de 007 e que é interpretada por Masayuki Suzuki, o rei das canções de amor no Japão e a sua primeira vez a cantar uma abertura anime.
Manaria Friends
Manaria Friends é um spin-off do defunto jogo Mobile Rage of Bahamut que por sua vez partilha personagens com Granblue Fantasy e como na altura não sabia nada de nenhum (e continuo sem saber grande coisa), estava extremamente confuso sobre a ligação entre todas estas séries e onde cada uma tinha lugar na sua linha temporal. Aparentemente como ambos pertencem à mesma companhia esta decidiu re-utilizar as suas personagens apenas pela simples razão de “porque não?”, mas mesmo se não sabia isso na altura acabei por apreciar Manaria Friends por aquilo que era.
O anime ao invés de ter lugar na acção que decorre em Rage of Bahamut decide antes tomar um aspecto slice of life e focar-se no dia-a-dia de duas personagens numa academia de magia; Anne, uma princesa com uma personalidade pro activa, e Grea, uma princesa que teve origem entre a relação entre um humano e um dragão. Devido à sua origem Grea acaba por ter uma personalidade um pouco mais isolada mas a sua relação com Anne é muito bem feita, não sendo o típico “yuribait” que normalmente aparece noutros animes mas focando-se no que cada uma significa para a outra e também a forma em como as suas vidas são influenciadas pela sua relação. O anime nunca atira à cara do espectador se estas personagens são simplesmente grandes amigas ou se existe mesmo algo mais por detrás da sua afecção.
E tenho de realçar que a qualidade dos visuais é muito boa para um simples anime de TV que foi adiado por quase 5 anos.
Mob Psycho 100 II
A primeira temporada de Mob Psycho já foi boa ao explorar o protagonista de uma forma que normalmente não é feita, mas a segunda temporada investiu não só no nosso protagonista mas também noutra personagem bastante importante para a história. Os momentos de acção podem ser bons e contarem com boa animação, mas é a exploração da humanidade das suas personagens e a forma em como Mob cresce que tornam Mob Psycho numa história especial.
Sword Art Online: Alicization
Sword Art Online teve os seus altos e baixos, mas a promessa que os fãs faziam de que “Alicization” era o melhor que a série alguma vez iria oferecer esteve à altura das expectativas.
Alicization é o melhor que a série Sword Art Online ofereceu desde a sua estreia e feito de tal forma que até os iniciados na série podem começar a ver a partir desta temporada sem necessitar de um grande conhecimento prévio das temporadas anteriores. O tema é o mesmo “preso num videojogo”, mas a maneira em como é feito e a forma em como a história é explorada acaba por ser bastante diferente da primeira temporada ou das outras temporadas que tinham alguns elementos diferentes. Já para não falar que apesar de uma temporada de 24 episódios e de outra com 12 que estrearam no mesmo ano, a história de Alicization ainda não terminou, o que diz imenso sobre o tamanho e qualidade da mesma.
That Time I Got Reincarnated as a Slime
Admito que não sabia o que esperar ao ouvir que mais um isekai estava planeado para estrear, e de este decidir fazer as coisas de forma diferente ao transformar o protagonista num slime. Felizmente o resultado final foi inesperado e bastante interessante, onde este slime tem vários truques na manga e a história por vezes foca-se mais na construção de uma aldeia do que as típicas aventuras e enormes batalhas (apesar de estas estarem cá presentes).
Boogiepop and Others
Boogiepop é uma daquelas séries que dá que falar e onde é necessário prestar o mínimo de atenção para poder colocar todas as peças no local correcto. Não quero dizer que é complicado ou algo semelhante, mas Boogiepop segue narrativas fechadas e vistas pelas perspectivas de várias pessoas que é dividido em múltiplos episódios.
Para além de a sua narrativa ser interessante e forma do normal, explorando um pouco a psicologia de várias personagens, um facto interessante de Boogiepop é que até é possível trocar a ordem dos episódios de algumas histórias e obter o mesmo resultado.
The Rising of the Shield Hero
Shield Hero é mais um isekai, apenas que desta vez o protagonista utiliza um escudo como arma principal. Esta é a primeira impressão que a imagem da série dá, não fosse o trailer surpreender-me com algo inesperado, onde todas as personagens estão contra o nosso herói e este toma uma atitude arrogante para com a maioria devido a isso.
Enquanto acompanhava esta adaptação uma das coisas que tinha constantemente em mente era que vi tanto a acontecer que me parecia impossível tudo isso ter cabido em tão pouco número de episódios mesmo que o pacing da história estivesse bom. No entanto foi isso que aconteceu, não existe grandes problemas de pacing e Shield Hero parece contar uma história enorme mesmo se apenas tenha 20 e tal episódios. E sim, a história foi bastante interessante e um pouco diferente do habitual.
Machikado Mazoku
Lembram-se de Madoka Magica e o quanto foi aclamado por ser um anime de raparigas mágicas mas com um toque negro? Algo que seria nunca na vida alguém iria pensar que iria acontecer neste tipo de anime? E que tal fazer uma comédia sobre uma “vilã” que tem de derrotar uma rapariga mágica?
O problema é que Shamiko, a nossa protagonista, não é muito boa no seu trabalho e Momo, o “inimigo”, acaba por a ajudar em várias coisas. A comédia e a maneira em como o anime trata o género de “raparigas mágicas” acaba por ser o ponto forte do mesmo, atraindo mesmo quem não é grande fã do género (tal como eu).
Joshikousei no Mudazukai
Falando em comédia, e que tal a melhor comédia e muito provavelmente o meu anime favorito do ano passado? Lembram-se de Daily Lives of High School Boys? Imagem se o elenco fosse raparigas, cada uma com a sua alcunha que descreve a sua personalidade numa palavra só e o resultado é este anime.
E com isto não necessito de dizer mais nada.
Cautious Hero: The Hero Is Overpowered but Overly Cautious
Com tantos animes onde as personagens são OP desde o início e a tensão acaba por ser zero porque o espectador já sabe o vai acontecer, porque não apostar nisso mesmo e criar uma história que está ciente da sua personagem extremamente forte? E o que poderia sair daqui senão uma comédia?
É certo que o anime contou com alguns problemas de pacing e poderia ter explorado melhor algumas situações mas no fundo acabou por fazer aquilo que disse que iria fazer, momentos de comédia e um protagonista OP.
- Trails in the Sky é apenas o prólogo de uma grande aventura - Junho 24, 2024
- Sayonara - Abril 1, 2021
- Próximo jogo de David Cage irá contar com Tommy Wiseau, Hideo Kojima e mais - Abril 1, 2021