Chega então ao fim esta segunda jornada de Starcraft com o lançamento de Legacy of the Void. Esta nova parte da série começou em 2010 com Starcraft 2: Wings of Liberty, e em 2013 vimos ser lançado Starcraft 2: Heart of the Swarm. A primeira versão centrou-se nos Terrans enquanto que a segunda esteve focada nos Zerg.
Em Starcraft 2: Legacy of the Void iremos seguir os Protoss, a última das três facções que compõem todo o lore de Starcraft. Neste novo jogo vemos uma guerra enorme guerra ser desencadeada por Amon, um vilão que pretende controlar todas as raças e assim controlar o universo, sobrando para um Protoss de nome Artanis a tarefa de impedir tal situação.
Apesar de nos cruzarmos com grandes nomes da série como Jim Raynor ou Kerrigan grande parte da história é feita de momentos altos e baixos. Apesar dos Protoss serem uma raça com alguma grandeza, podemos ficar de uma certa forma tão depressa aborrecidos como surpreendidos.
Starcraft 2: Legacy of the Void continua a trazer os mesmos elementos da série, onde iremos ter uma base principal, colher recursos, aumentar as nossas forças e assim superar os objectivos que nos são impostos. Mesmo assim, o jogo deixa em aberto a maneira como abordamos os nossos desafios.
Nas nossas missões iremos começar em situações de alguma desvantagem, onde os recursos e as unidades são escassas mas consoante o tempo iremos aumentar o nosso poderio e criar o nosso exercito. A partir daqui podemos escolher a nossa abordagem seja com tentativa-erro ou então por pura experiência. Quero recolher defensivamente e aumentar os meus recursos para criar um enorme exército ou então vou atacando e abordando os meus objectivos gradualmente?
Em Legacy of the Void vemos a introdução de alguns elementos que nos trazem novas abordagens para o jogo. A nossa nave principal que iremos gerir antes de cada grande combate – Spear of Adun – irá abrir várias possibilidades consoante a nossa progressão no jogo. Podemos escolher o tipo de unidades dentro das várias classes e até power-ups para serem usados por nós em combate.
O factor novidade cumpre um grande impacto neste jogo, e isto partindo das unidades que nos serão oferecidas. A especificidade no que toca a habilidades de cada uma das personagens fará a nossa massa cinzenta trabalhar no que toca a combinações possíveis, como os Dark Templars que conseguem vaguear pelo mapa camuflados ou então as naves Phoenix que conseguem levitar os inimigos e torná-los em presas fáceis.
O jogo não revela todos os trunfos rapidamente, dando aos poucos várias oportunidades ao jogador. A maneira como torna o jogo uma novidade é bastante interessante e torna o jogo mais complexo com o passar do tempo. As possibilidades de evoluirmos o nosso Spear of Adun para ser usado em combate através das habilidades também irão ocupar uma certa parte do nosso tempo.
O multiplayer continua a ser desafiante como nunca. Nesta nova versão vemos algumas melhorias serem introduzidas ao modo e que oferecem uma maior variedade ao nosso estilo de jogo. A vertente deste modo continua a ser bastante meticulosa na maneira como abordamos o jogo. Existe uma grande preocupação em gerir os nossos recursos e criar o nosso exército o mais depressa possível sem haver gastos dos mesmos de forma menos inteligente, e normalmente a factura sai cara com esses erros.
A partir do momento em que começamos a construir mais recursos, podemos partir para a nossa estratégia que delineamos na nossa mente e ir jogando com os vários acontecimentos. Normalmente tenho uma abordagem um pouco mais defensiva no qual prefiro manter-me mais resguardado e tentar criar o meu exército para lançar um ataque em larga escala. Outros jogadores gostam de atacar sob várias vertentes e ir provocando o inimigo através de pequenos ataques de várias direcções. Apesar de tudo, o multiplayer que conhecemos em Starcraft 2: Wings of Liberty continua muito semelhante mas com algumas melhorias.
Mesmo assim, não deixa de ser um modo um tanto punitivo para quem começa este modo do zero, sendo necessário alguma paciência e no qual a pesquisa de algumas estratégias básicas ou dicas são fundamentais. Com a prática e a destruição de alguns inimigos vamos começar a apanhar o jeito e a partir daqui teremos em nossas mãos um modo que continua a ser altamente gratificante.
Starcraft 2: Legacy of the Void continua a mostrar uma certa elegância visual que a Blizzard Entertainment traz para os seus jogos. Uma direcção artística complementada com uma boa adaptação virtual para o nosso PC consegue oferecer uma apresentação bem vistosa. No caso dos Protoss, temos um conjunto de cores mais claros que representam uma certa grandiosidade, representando bem o tipo de raça e o seus misticismo. Não existe uma grande evolução no que toca à qualidade mas mesmo assim grande parte da tecnologia existente foi colocada em bom uso para este jogo.
Mesmo assim existem alguns aspectos que começam a mostrar a sua idade, e visto que o jogo foi lançado em 2010 é normal que tal aconteça. A sonoridade continua épica como sempre e ainda mais assente neste jogo onde o tema de grandeza dos Protoss consegue ser muito bem transmitido. Os actores conseguiram também captar a essência da raça com actuações bem conseguidas.
Starcraft 2: Legacy of the Void é um fecho em grande da série. Conseguiram retalhar o jogo em três partes mas souberam aproveita-los de uma boa maneira. Apesar de ficar com um dilema bom, acabo por ficar dividido sobre qual das versões do jogo escolher como a melhor.
A Blizzard conseguiu fechar a série em grande! Com um jogo bem consistente mesmo dentro de uma história um pouco enfadonha, Starcraft 2: Legacy of the Void é uma experiência fantástica. Sem dúvida uma das melhores maneiras de gastar dinheiro ainda este ano.
Positivo:
- Novas unidades com novas abordagens de jogo
- Alguma variedade no tipo de missões
- Spear of Adun
- Multiplayer continua extremamente competitivo
- Factor novidade em certas partes do jogo
Negativo:
- Apresentação começa a mostrar as rugas
- História
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