Análise – Monster Hunter Rise: Sunbreak

Quando foi lançado ainda no início do ano passado para a Nintendo Switch, Monster Hunter Rise veio bifurcar o universo de Monster Hunter com um caminho próximo, mas distinto quando comparado com Monster Hunter World. Rise acabou por ser um Monster Hunter como já o conhecemos, mas com uma série de introduções que facilitam e impulsionam tanto a mobilidade como a verticalidade da série.

Sunbreak foi anunciada como a sua derradeira expansão, culminando numa série de pequenos lançamentos e actualizações que trouxeram mais monstros e até o PC para a lista de plataformas jogáveis. Com isto temos uma expansão bastante sólida e completa, que embora não tenha nada de inovador, enche o depósito de Monster Hunter Rise para mais umas centenas de horas.

Monster Hunter Rise: Sunbreak é exactamente aquilo que os fãs de Monster Hunter querem, mais Monster Hunter. Esta expansão aumenta a quantidade de equipamentos, monstros, habilidades, personlização, ranks e todos os elementos que acabam por nos fazer repetir as caçadas vezes e vezes sem conta.

Existem três nova áreas, uma mais montanhosa, uma mais pantanal e outra com mais elementos humanos. Todas elas são bastante interessantes e a forma como estão construídas mudam muito bem o ambiente de zona para zona. Estes cenários foram construídos claramente a pensar na exploração e utilização da verticalidade, mas sem esquecer zonas ideais para os grandes confrontos.

Falando em confrontos, Monster Hunter Rise: Sunbreak adiciona uma série de novos monstros para lutar e revive uma outra série de clássicos, como é o caso de Gore Magala (um dos meus favoritos) que regressa depois de ter sido capa de Monster Hunter 4. Todas as adições são sempre bem-vindas, mas confesso que os maiores fãs de Monster Hunter queriam mais monstros inéditos, afinal um monstro que regressa mantém muitos dos seus padrões, o que pode criar muita repetição dos mesmos sistemas.

Felizmente, existem muitas missões que misturam os conteúdos de Rise com os novos monstros e sistemas que fazem com que monstros adicionados agora invadam espaços antigos. Com o avançar das missões vamos agora desbloquear aliados com os quais podemos criar uma equipa para as missões single-player. Como é óbvio, nenhum NPC está ao nível de um jogador a sério, mas fiquei supreendido pela positiva com a interactividade e iniciativas destas personagens em combate, que mostram muita competência.

A isto tudo juntamos as missões contra monstros afectados pela praga, estas missões anómalas são umas das mais divertidas pois temos uma agressividade mais frquente dos inimigos que temos de enfrentar. Estas missões e explorações dão origem a novos items com os Qurious Crafting que são exclusivos destas missões. É um estilo de missões que fazem lembrar (novamente) aquelas influênciadas por Gore Magala em Monster Hunter 4.

Com todo este conteúdo incluído e com as misturas que faz com o jogo original, os jogadores regulares de Monster Hunter vão encontrar aqui várias dezenas ou até mesmo centenas de horas de conteúdo. É uma expansão que aumenta imenso o conteúdo e que justifica ter esse mesmo nome, não sendo apenas um DLC com meia dúzia de conteúdos extra. Por outro lado, também não introduz nada própriamente novo ou modos diferentes como os combates contra Zorah Magdaros ou as Rampages, o que é uma pena. Talvez no próximo Monster Hunter a sério.

Monster Hunter Rise: Sunbreak é um bom investimento para qualquer jogador que goste de Monster Hunter e já tenha Rise na sua Nintendo Switch ou PC. A expansão vale bem o seu dinheiro e aumenta muito o jogo, afinando também outros elementos. Altamente recomendado.

 

Positivo:

  • Muito mais conteúdo
  • Novas zonas pensadas na exploração
  • Missões contra monstros anómalos

Negativo:

  • Não explora elementos de jogabilidade novos
  • Limitação de aliados a missões single-player

Daniel Silvestre
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