Especial – Game of Thrones

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Desta vez e ao contrário do que tem sido feito, decidi não analisar as primeiras 4 temporadas de Game of Thrones. Em vez disso podem contar com um artigo onde passarei por alguns pontos da série, razão pela qual este artigo não ser uma simples análise. O propósito aqui é apresentar a série a quem não a conhece e ainda está na dúvida. Vamos começar.

Game Of Thrones, é uma série baseada na saga de As Crónicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin. É transmitida pela HBO e conta até ao momento com 4 temporadas de 10 episódios cada, estando assegurada até uma sexta.

Para o bem da minha saúde e porque não quero ser alvo de pragas, prometo evitar a revelação de conteúdos históricos para além do essencial, contemplando apenas aspectos da história durante a primeira temporada.

Com as formalidades fora do caminho preparem-se, porque o Inverno está a chegar.

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Game of Thrones começa por nos apresentar várias personagens que vivem em Westeros e Essos, os dois continentes principais desta obra de ficção. Em Westeros vamos ser apresentados a um mundo medieval, onde todos os habitantes do continente respondem ao rei do trono de ferro, é também um continente mais frio e húmido do que Essos, acabando por lhe conferir uma atmosfera mais clássica à ideia que temos de uma idade medieval. Do outro lado do oceano temos Essos, um continente bastante diferente sobretudo devido ao clima mais tropical e desértico.

Acabamos então por encontrar civilizações bastante diferentes. A história que decorre em Essos, é a história de Daenerys Targaryen, uma jovem rapariga que tem direito ao trono de ferro através da sua linhagem. No entanto a sua jornada até ao trono decorre em Essos, bem ao género de uma jornada épica. A evolução de Daenerys é uma das mais bem trabalhadas e interessantes da série.

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Em Westeros vamos encontrar várias famílias que, de uma maneira ou de outra, estão ligadas ao trono de ferro. Durante a primeira temporada as mais importantes são os Stark, uma família que reina sobre a parte Norte de Westeros, mas que responde ao trono de ferro, e os Lannister uma família que está directamente ligada ao trono, assim como os Baratheon. Estas duas últimas famílias são aquelas que acabam por ter controlo sobre o trono, o que faz delas os alvos para todas as outras famílias. Acabam por ser apresentadas muito mais personagens durante esta primeira temporada que virão a ter uma maior presença em episódios vindouros, como é o caso de Jon Snow, que acabará por se tornar uma peça fundamental num jogo ainda maior que o dos tronos.

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A história trata de vários assuntos e temáticas mantendo todas as personagens ligadas de alguma forma. Ao longo da narrativa vamos ver assuntos bastante pertinentes, onde o mundo e as personagens estão em constante desenvolvimento, mostrando várias facetas. Constroem-se e destroem-se arquétipos rapidamente, mantendo sempre as dúvidas na cabeça do espectador. É bastante raro conseguir-se ter uma certeza sobre uma personagem durante muito tempo.

Durante a primeira temporada, somos presenteados com uma situação bastante rara na maioria das histórias, a decapitação da personagem que parecia ser o ponto central da história. Isto deixa muitos dos espectadores perplexos e as reações pela Internet são quase instantâneas. Se de um lado estão aqueles que já sabiam o que iria acontecer, do outro estão os surpreendidos pelo momento. E chegando a Abril já sabemos que, se não virmos o episódio no Domingo, o melhor a fazer é evitar a Internet.

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Em cada temporada existe um episódio que é escrito por George R. R. Martin mas não é por isso que GOT segue à risca tudo o que se passa nos livros. Existem muitos momentos que são alterados, desde situações que envolvem grandes guerras no livro e quase passam a ser uma luta de punhos na série, e vice-versa.

Visualmente a série é absolutamente fantástica, tendo momentos capazes de fazer inveja a produções para cinema, e claro que para isso também contribui o alto orçamento para cada episódio. Quer seja o guarda-roupa, cenários, algumas personagens e até dadas feras, o ambiente é muito bem conseguido. Inclusivamente quando são mostrados vídeos dos bastidores onde mostram a paisagem original e o resultado depois do tratamento visual. A equipa por trás dos efeitos visuais está de parabéns. No entanto, no que toca a alguns momentos menos importantes da série, a pós produção deixa um pouco a desejar, especialmente nas 3 primeiras temporadas. Estes momentos são variados e na sua maioria bem mascarados pela acção que está a decorrer, pelo que nunca se chegam a tornar um verdadeiro problema.

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Algo que não falta em Game of Thrones são personagens. Estas são apresentadas constantemente e para arranjar espaço para todas as personagens, algumas vão saindo de cena e quando o fazem, fazem-no em grande, algo como um último momento de glória televisiva.

As personagens são na sua maioria muito bem trabalhadas, e é fantástica a maneira como algumas nos fazem querer entrar em cena naquele momento para lhes darmos uns valentes murros, ou, pelo contrário, um abraço ou até um pouco mais… Neste departamento são os actores que brilham e que dão vida a este mundo. Existem personagens para todos os gostos. Algo que Game of Thrones faz ao contrário de muitas outras, é a falta de uma personagem principal. George R. R. Martin vai deixando bem patente ao longo da narrativa que não existe uma, e que ninguém está livre de uma morte macabra, pois a qualquer momento em qualquer situação pode acontecer a qualquer personagem. O que me leva a um outro ponto.

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As mortes em Game of Thrones são frequentes e ao mesmo tempo inesperadas, a meu ver é uma das obras que realmente faz com que as personagens sejam humanas. O síndroma do herói, que só sofre golpes no braço, não está aqui, felizmente. A razão pela qual estas são inesperadas apesar de frequentes é a maneira como acontecem, desde decapitação, trespasse do coração, envenenamento, estrangulamento, quedas ou ainda todas ao mesmo tempo.

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Sonoramente a série é boa, aliás, muitas vezes a falta da banda sonora durante alguns combates é compensada pela acção, som metálico e gritos ou grunhidos, dependendo da situação. E nesses momentos quase não se dá pela ausência da mesma, já que os efeitos sonoros estão muito bons. Ainda assim destaco a abertura da série que tem uma música que já se tornou sinónimo de Game of Thrones.

Game of Thrones é uma das melhores séries do seu género e talvez uma das mais esperadas todos os anos. Para quem ainda tem dúvidas sugiro que vejam a primeira temporada antes de tirarem conclusões, pois na minha opinião é uma das melhores séries do momento. É uma das poucas séries que ganhou uma fama tal, que faz com que a Internet se inunde de comentários, notícias, vídeos e memes nos momentos que se seguem ao fim de cada episódio.

Prometo voltar com a análise à 5ª temporada que será mais detalhada e focada na história do que este artigo.

Alexandre Barbosa
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