Análise – The Last of Us Left Behind

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Depois do sucesso que foi The Last of Us, era de esperar que a Naughty Dog conseguisse de certa forma criar um DLC sinpleplayer que honra-se a campanha.

Não foram poupados esforços para para fazer deste um projecto algo com força e impacto, mas com um tempo mais curto de programação, também existe menos tempo para mais conteúdo.

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The Last of Us Left Behind mistura duas partes da história de Ellie, uma que não aparece no jogo, mas é mencionada e outra que decorre sensivelmente a meio da campanha principal.

No passado vamos controlar Ellie durante o seu tempo na Academia Militar e conhecer Riley, a sua amiga e mentora. No “presente” tomamos controlo numa altura chave da campanha onde esta precisa de ajudar Joel. Melhor ficarmos por aqui para não criar spoilers.

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Ter o controlo total de Ellie tanto no passado como no presente é algo diferente. No passado maior parte das sequências não exigem que lutem ou disparem, mas as sequências do presente são bastante similares à acção normal da campanha.

Claro que o destaque vai para os momentos passados entre Ellie e Riley, os quais mostram como esta amizade é importante para Ellie e como esta influência a sua vida, dando algumas explicações necessárias para as suas atitudes.

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Em termos de acção e jogabilidade, The Last of Us Left Behind é praticamente igual ao jogo principal, salvo pela utilização múltipla da faca de Ellie que faz com que o jogo seja algo bem mais acessível, e de certa forma, até nem fica nada mal.

Apesar da experiência girar em redor da amizade de Ellie e Riley, não consegui ficar realmente comovido ou fã desta desta personagem. A sua atitude é apenas descomprometida e demasiado irresponsável na maioria dos momentos. Aliás, ao jogar este DLC só consegui dar ainda mais valor a Ellie e à sua atitude e postura mais responsável.

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O que também não ajuda a ficar mais preso a esta história é a curta duração deste DLC. Pelo preço que é pedido, duas horas de jogo é realmente curto. Eu joguei em Normal e consegui fazer este capítulo num instante e não me senti realmente recompensado pelo final do mesmo, o que é uma pena. Todos sabem que não gostei do final do The Last of Us, mas ao menos foi um final que me deixou a pensar e mexeu comigo, com este pareceu apenas mais um final como tantos outros.

Claro que os níveis de produção são excelentes mesmo para um DLC. O visual de The Last of Us pode ser da geração passada, mas ainda tem muita força. Por vezes algumas texturas parecem menos trabalhadas ou demoram a aparecer e alguns efeitos de desfocamento parecem pouco ajustados.

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A banda sonora e trabalho vocais continuam a ser soberbos tal como no jogo original e é complicado apontar o dedo a seja o que for neste departamento.

Apesar do entusiasmo gerado em seu redor, The Last of Us Left Behind acabou por me despontar bastante. O sua curta duração não dá para investir tempo suficiente nesta história e o impacto que tenta passar acaba por não ter o seu lugar da melhor forma. É sem dúvida um conteúdo de qualidade e com bons níveis de produção, mas que fica aquém do que devia ter sido. Vale essencialmente pela Ellie que continua a ser a melhor personagem da série.

Podem relembrar a nossa análise a The Last of Us aqui:
Análise – The Last of Us

Positivo:

  • Nível de produção
  • Jogar como Ellie é sempre bom
  • Momentos de exposição inspirados
  • Podem criar combates entre humanos e infectados

Negativo:

  • Curto e sem razões para repetir
  • Riley acaba por desiludir
  • Preço elevado para o conteúdo

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Daniel Silvestre
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