Análise – Gears of War 4

Gears of War é uma marca com uma grande história em toda a vida da Xbox. Apesar de ter começado a dar os primeiros passos na Xbox 360, foi um dos responsáveis pela expansão no catálogo de exclusivos da marca e até conseguiu ganhar um grande destaque ao lado de titãs como Forza ou até Halo. Agora com a Xbox One chega o primeiro jogo pelas mãos do estúdio responsável pela marca, The Coalition.

Gears of War 4 é o resultado desta contínua aposta nesta série começada pela Epic Games e o produtor Cliff Bleszisnki, que marca o início de uma nova era. Passado vinte cinco anos após os eventos da trilogia original, somos apresentados a um novo trio de personagens que é liderada pelo filho de Marcus Fenix, um jovem de nome J.D. Fenix.

Os problemas neste novo jogo são diferentes, para libertar o planeta Sera dos Locust e dos Lambent, os seres humanos usaram uma medida chamada Imulsion Countermeasure, que infelizmente também desequilibrou o planeta e destruiu grande parte dos seus recursos. Conflitos internos acabam por surgir e um grupo de rebeldes de nome Outsiders está contra a força militar que salvou o planeta, os COG.

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Absorvendo grande parte dos elementos dos jogos anteriores, Gears of War 4 continua a ser um shooter com uma perspectiva na terceira pessoa. É um jogo com bastante acção mas que se foca bastante no sistema de cobertura que torna o jogo um pouco mais táctico do que grande parte dos shooters. Mesmo assim, nada nos impede de ter uma abordagem mais agressiva e aproximarmos-nos dos inimigos enquanto os desintegramos e milhões de bocados com a nossa caçadeira e não só.

Este jogo introduz também alterações climatéricas, que não só afectam o jogo em si, como toda a nossa abordagem ao jogo. Existem então fenómenos climatéricos catastróficos – resultantes do novo desequilíbrio do planeta – que invocam tornados gigantes e que nos colocam numa posição muito frágil, onde fugir é a melhor opção para nos mantermos vivos. Choques eléctricos e ventos fortes irão matar a nossa personagem caso sejamos pouco cuidadosos.

Apesar de ser um jogo que revela os problemas internos do planeta, torna-se bastante interessante e com um tema um pouco mais série e com menos conflitos à escala mundial como estávamos habituados nos jogos anteriores. Vamos andar de cidade em cidade, conhecer caras novas e descobrir um novo tipo de problema que por razões óbvios, não vos vou revelar. Um dos poucos problemas que este jogo tem é o facto de corricar em certas situações, e por vezes tornar-se repetitivo. O que vale é que sempre que o jogo começa a tornar-se um pouco enfadonho, algo de novo acontece e desperta-nos o interesse.

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Mesmo que duma certa forma a personalidade mais viril das antigas personagens para algo mais descontraído e jovem, isso não afecta de alguma maneira como a progressão é feita. Este Gears of War continua a ser bastante violento dentro daquilo que nos apresentaram com momentos muito intensos e um bom balanço nos momentos mais sérios e divertidos. Destaque para os combates com bosses que se mostram brutais e impressionantes no que toca à apresentação.

O multiplayer deste jogo mantêm o mesmo calibre dos títulos anteriores. Continuamos a ter um multiplayer bastante frenético e bem competitivo. Com os vários modos como Deathmatch e afins e até os equivalentes a King of the Hill, esta vertente continua a mostrar as suas garras neste jogo como uma das melhores experiências da Xbox One. É diferente, é competitivo e puxa bem pelas capacidades do jogo onde iremos abusar de habilidades como até o simples sistema de cover para nos deslocarmos rapidamente pelo cenário.

O Horde 3.0 traz novos elementos ao já conhecido modo. Caso vos tenha passado ao lado, neste modo iremos combater vagas e vagas de inimigos no qual a dificuldade e quantidade de inimigos aumentará, enquanto tentamos sobreviver. Para esta nova versão podemos fortificar zonas à nossa escolha e será feito através do Fabricator, uma pequena ferramenta que quando conseguirmos matar um número suficiente de inimigos, irá desbloquear novos mecanismos de defesa, desde turrets, arame farpado e até novas armas.

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Gears of War 4 puxa bem pelas capacidades da consola. Um mundo cheio de detalhe e uma boa alteração nos temas oferecem um jogo de encher a vista. Podemos passar rapidamente para um tema mais mecânico com a introdução de alguns robôs como logo a seguir teremos alterações climatéricas em zonas florestais que não se deixam ficar atrás no que toca ao espectáculo visual. Estes elementos todo em conjunto ajudam no tema geral do momento e a enfatizar o dramatismo das cenas. O mundo de Sera continua a ser bastante familiar mesmo apesar de todas as transformações que a zona sofreu.

Se a apresentação encontra-se espectacular, então toda a sonoplastia está também muito bem trabalhada. Mais uma vez, o factor de familiaridade cumpre aqui um grande papel, mas também existe um grande trabalho feito para conseguir transportar os elementos novos do jogo pelas colunas. Explosões, tiros, gritos de guerra e não só estão bastante realistas e completam ainda mais toda esta experiência audio-visual. A banda sonora está também interessante e encaixa bem os jogos.

Gears of War 4 é um jogo muito bom que apesar de sofrer – a meu ver – de alguns soluços no que toca à intensidade do jogo, consegue compensar bem não só com a mudança de tema mas também com a introdução de combates de bosses espectaculares ou momentos de extrema acção.

Se gostaram da série antes deste jogo, então não ficarão defraudados, bem como que se experimentarem o jogo pela primeira vez ficarão também bem servidos com uma experiência bem completa.

Positivo:

  • Boa continuação da história com um enredo diferentepn-recomendado-2016
  • Jogabilidade continua sólida e intuitiva
  • Adição de novas armas
  • Horde 3.0 é uma boa melhoria
  • Apresentação fenomenal

Negativo:

  • Personagens parecem um pouco desinteressantes
  • Alguns soluços na progressão do jogo

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