Top7 – Motivos que justificam o reboot do Homem-Aranha

Neste ano foi lançado o reboot da saga cinematográfica do Homem-Aranha, imediatamente surgiram especulações e exigências adquiridas pelo mega sucesso de Batman nas mãos de Christopher Nolan. Parecia obrigatório que fosse criado uma versão mais dark e introspectiva do trepador de paredes, ainda mais com a desistência de uma linha imposta pela primeira trilogia de Sam Raimi, que não avançou para um quarto filme por conflitos com actores e incertezas com o orçamento.

Com a aquisição da Marvel pela Disney, foi natural o relançamento de um dos mais poderosos franchises dos super-heróis Marvel, e o aracnídeo criado por Stan Lee ganhou vida novamente.

O filme não construiu consenso na crítica e nos fãs, foi argumentado que a história não descola do primeiro filme, o que resulta na mesma experiência. São nomeadas imprecisões no argumento do filme e que a motivação do vilão é insípida e banal. A verdade é indiscutível, é um projecto melhor do que o antecessor realizados por Sam Raimi, e o segundo filme que está agendo para 2014, cujas filmagens começam no principio de 2013, promete superar o primeiro filme e rivalizar com os restantes filmes de super-heróis.

Por isso o Próximo Nível apresenta os 7 motivos pelos quais The Amazing Spider-Man (2012) é melhor do que a trilogia Spider-Man (2002, 2004 e 2007).

1º RealizaçãoMarc Webb, apesar de não ser um realizador conhecido é um dos mais talentosos cineastas da geração à qual pertence. Autor de um dos filmes mais arrebatadores alguma vez criados ((500) Days Of Summer), Mar Webb trabalhou na realização de videoclips e em equipas técnicas antes de assumir grandes produções, e até ao momento está  a justificar a aposta. Spider-Man de 2002 foi realizado por Sam Raimi, realizador de clássico Evil Dead, Raimi herdou um guião supervisionado por James Cameron e colocou em prática um estilo gráfico e de acção semelhante com a genética dos comics. A pergunta exigia-se, em que é que ficamos? Numa fase híbrida ou na transição para a Sétima Arte? Marc Webb escolheu a Sétima Arte.

2º Peter Parker – Com a máscara, o Homem-Aranha é transversal a qualquer actor, mas na realidade Andrew Garfield e Tobey Maguire impõem duas prestações completamente distintas como jovem aracnídeo. Peter Parker de Tobey Maguire é frágil, inseguro, impreparado, e o facto de adquirir os poderes é como sair a sorte grande, só assim consegue emancipar-se como homem, deixando no ar… e se nunca tivesse sido mordido por uma aranha geneticamente alterada? Andrew Garfield, que já tinha participado em A Rede Social e Boy A, oferece um Peter que ostraciza-se por vontade própria, é mais nerd do que dork e não admite que o apoquentem. Fazendo uma comparação, Andrew Garfield é muito melhor actor do que Maguire, e foi potenciado para trabalhar um Peter Parker mais identificável ao espectador, que desperta o respeito ao invés de pena.

3º Emma Stone – Apesar de partilharem uma beleza extraordinária e serem bastante talentosas como actrizes, Kirsten Dunst e Emma Stone receberam dois papéis completamente distintos. Na base são personagens de caractér romântico com Peter Parker, mas na verdade Gwen Stacy (Emma Stone) é uma personagem independente, corajosa e na prática não assume o papel de donzelas em perigo, que infelizmente é o carma de Kirsten Dunst. Nos três filmes de Sam Raimi, a acção de Mary Jane Watson resume-se a ser capturada pelos vilões e gritar por socorro. Cronologicamente, nas bandas desenhadas, Gwen Stacy surge primeiro do que Mary Jane Watson, por isso mais um ponto a favor da nova versão.

4º Vilão – É um bocado complicado gerir este tópico porque na prática sempre existiu o Doutor Curt Connors (Dylan Baker) na saga de Sam Raimi, mas nunca chegou a transformar-se no Lagarto. Essa oportunidade foi dada ao britânico Rhys Ifans  (Nothing Hill). Ifans não interpreta um vilão brilhante, as motivações já foram vistas no cinema um milhão de vezes e no laboratório secreto nos esgotos só falta a companhia das Tartarugas Ninja. Em comparação com os vilões de Sam Raimi, este Lagarto é… ok, por demérito da saga original. O Duende Verde de William Defoe, apesar de muito mais perigoso do que o Lagarto, está vestido com uma armadura à Power Rangers o que descredibiliza a personagem e não aproveita as qualidades do actor. Alfred Molina é um actor muito consistente, mas os momentos de esquizofrenia do Dr. Otto Octavius em que conversa com os tentáculos de metal são para esquecer (podiam assumir que a radiação deixou-o louco e ponto final, transpareciam os pensamentos e as intenções com silêncio e acção). No terceiro filme então foi o fim da picada, o Venom de Homem Aranha 3 não é o Venom das Bandas Desenhadas, o casting foi um desastre com a escolha de Topher Grace, a personagem de Eddie Brock foi um desperdício total pelo potencial que reúne. De longe o melhor vilão assinado por Sam Raimi foi o Homem de Areia (interpretado por Thomas Haden Church), com motivações legítimas, um arco de personagem real e com uma resolução recompensadora.

5º A história fiel aos Comics – Para todos os efeitos, The Amazing Spider-Man procura repeitar os BD´s e superioriza-se nessa aspecto a Spider-Man de 2002. Nas bandas desenhadas, Gwen Stacy foi a primeira namorada de Peter Parker, os pais de Peter Parker são mencionados na nova versão e há um mistério sobre o desaparecimento, até o facto de Peter construir os atiradores de teias! Não só respeita a história original, engrandece a genialidade da personagem.

6º Cenas de acção – É sempre divertido ver o Homem-Aranha disparar teias, a combater os ladrões, a subir prédios e a demonstrar agilidade… Mesmo tendo em conta que Sam Raimi faz um bom trabalho, The Amazing Spider-Man leva uma vantagem crucial, a direcção de fotografia por intermédio de John Schwartzman, o jogo de luzes e os contrastes, apesar de tecnicamente serem difíceis de concretizar, atribuem um efeito de espectacularidade em favor do filme de Marc Webb. A somar, o novo Homem Aranha está com muito mais estilo, com uma postura mais curvada e com maior intimidade com o espaço cosmopolita.

7º Química Andrew Garfield/Emma Stone – Estes dois actors não só alcançaram química com as personagens no Set, mas com eles. Graças ao trabalho realizado em O Fantástico Homem-Aranha, Garfield e Stone começaram a namorar, algo que nunca nos passaria pela cabeça com Maguire e Dunst, porque ela é claramente muita areia para o camião de Tobey. Portanto esperemos que a química entre os pombinhos não desapareça entretanto, para manter o registo e dar credibilidade no momento em que Gwen Stacy (Spoiler Alert!) morrer no segundo filme… ups.

Fico a aguardar as vossas opiniões. Qual dos estilos agrada-vos mais?

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