Quando bugs estragam uma boa experiência de jogo

Bugs não são novidades em videojogos, mas desde a era da PlayStation 3 e Xbox 360, coincidentemente a mesma era em que online, lojas digitais e updates tornaram-se ainda mais populares e quase mandatários, que jogos tem vindo a ser lançados com mais e mais bugs. Alguns são engraçados, outros “ajudam” a completar o jogo, e outros tornam a experiência num inferno total.

É certo que videojogos tem vindo a ficar maiores e complexos, e enquanto existem jogos que aparecem com grandes bugs, também existem jogos que sofrem revisão atrás de revisão para serem lançados num estado quase perfeito. Devido a isso não existe desculpa que coisas como Fallout 76, Cyberpunk 2077 e etc existam, quando jogos como Resident Evil 2 Remake, Devil May Cry 5 e Final Fantasy VII Remake estão num estado imaculado. Curiosamente estes exemplos estão bem distintos entre companhias Ocidentais e companhias Japonesas, podendo não significar muito, ou então sendo uma grande pista para este problema central da industria.

No entanto não estou aqui para discutir isso ou fazer comparações, mas sim para falar de uma experiência com bugs que acabaram por estragar uma aventura que até estava a gostar.

A primeira vez em que experimentei Metro 2033 Redux foi na PlayStation 3, e a minha experiência foi longe de genial.

Metro 2033 Redux não foi a primeira vez em que encontrei bugs, havia por exemplo encontrado uma boa quantidade durante Red Dead Redemption, personagens invisíveis, cidades inteiras que desapareciam, carroças voadoras e por aí fora. No entanto nenhum deles foi tão negativo ao ponto de parar a minha aventura. No entanto a história foi diferente com Metro 2033 Redux.

Durante a minha primeira experiência com o jogo acabei por encontrar vários problemas. A personagem. isto é, Artyom ficava preso em vários locais, alguns eventos não aconteciam, o jogo empancava, e várias vezes vi-me forçado a reiniciar o meu save mais recente para poder continuar em frente, sempre com problemas e sempre a utilizar o mesmo método para corrigir o problema.

No entanto cheguei a um ponto onde decidi largar o jogo por completo, e isto foi quando estava no processo de guardar a minha partida e o jogo empancou, sendo que a única maneira de resolver o problema era de forçar a consola a encerrar. Preocupado que algum dano grave tivesse sido feito, acabei por desinstalar o jogo por completo e nunca mais lhe tocar em consolas.

Eu estava a gostar do jogo, pois era algo um pouco diferente do habitual, no entanto após várias frustrações com os problemas que encontrava, e o facto de o jogo ter empacado a meio de um save, correndo o risco de afectar a consola, não pensei duas vezes em tomar esta decisão.

Passado alguns anos e agora com um bom PC, decidi pegar na versão PC do jogo, pensando que talvez esta fosse a versão mais adequada para o mesmo. Não tive enormes problemas, isto até chegar ao quinto ou sexto nível que é conhecido na comunidade como sendo aquele nível que é impossível de se jogar. A razão é desconhecida, e por mais que tentasse várias alternativas o resultado era sempre igual, o jogo ia abaixo ao entrar nesse nível.

Após algumas semanas tive a ideia de pegar num save de alguém que já tivesse completado o jogo, copiar o nível seguinte e continuar a partir daí. Tudo correu bem até ao ponto em que novamente tive esse problema com outro nível, onde fiz novamente uso da mesma solução. Tirando essas duas ocasiões apenas tive um ou dois pequenos problemas.

No entanto por esta altura tudo o que sentia pelo jogo já não era de importância, tendo em conta que nem sequer podia usufruir do mesmo em completo, a minha preocupação era apenas seguir em frente e concluir a história de uma vez por todas.

Por mais que gostei da minha experiência inicial, e de até pensar que Metro seria uma boa série a recomendar a outros, irei sempre pensar nestes vários problemas que enfrentei e do desapontamento que tive. Acabando por retirar um pouco o interesse e emoção que tinha com a série, e colocando-me um pouco reticente em pegar nos seguintes jogos, apesar de estar curioso.

Mathias Marques
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