Bem, parece que sempre consegui chegar à segunda edição da rubrica “Coisas sobre anime“. Houve muita conversa indecente nos comentários da edição anterior, foi revelado que existem pessoas que andam a ver coisas porcas nos comboios de Portugal (não a CP, os outros), e ainda outros que andam a ler coisas com ilustrações vergonhosas nos aviões (este sou eu, mas é mentira).
Enfim…
De qualquer das maneiras, planeava falar sobre mais do que um assunto nesta edição, mas aparentemente o assunto principal acabou por ocupar 80% da rubrica. Sendo que o restante cabe à intro e à outro, daí estar a engonhar nesta intro.
Hm? Não é anime? Mas está relacionado não está? Nunca disse que ia falar exclusivamente sobre anime. Posso também abordar outros temas da cultura Otaku. Aliás, o título estava para ser “Coisas sobre Otaku“, mas “Coisas sobre Anime” soa melhor.
-Assunto da Semana-
The iDOLM@STER: Platinum Stars (venham lá essas piadas sobre Berserk)
Na realidade o assunto é do mês passado, ou melhor, a ideia para um novo jogo surgiu há já dois anos. Mas apenas em Janeiro é que finalmente começaram a surgir informações e até um trailer.
Para começar, talvez seja melhor falar dar a minha opinião quanto a animes de idol. É um todo outro planeta que nunca explorei muito, apenas vi um ou outro que ouvi falar. E acabaram por ficar entre o razoável e o bom, mas nada obrigatório para recomendar.
Foi por curiosidade minha que decidi então ver a primeira adaptação (sim, o anime é baseado em videojogos) de The iDOLM@STER, ou melhor, a segunda, mas vamos esquecer-nos daquele horrível spin off mecha. E encontrei-me numa posição que não esperava. Fã de um anime de idol.
Fã que é fã fica sempre atento a novidades dentro da série. E é claro que novidades sobre um novo jogo na série ganhou de imediato a minha curiosidade. Agora, o principal problema, e o motivo o qual estou a falar disto esta semana, é de o jogo em princípio não sair do Japão.
Alguns dos comentários sobre o assunto acabam por ser algo do género “Seria complicado licenciar as músicas”, “A série não vende por cá”, entre outras coisas (cheguei a ler uma engraçada que dizia “Ia ser complicado traduzir tudo”). Bem… sim, tratar das licenças de isto e aquilo dá sempre um bocado de trabalho (especialmente no Japão que é bastante picuinhas no que toca a esse assunto), mas é fazível.
Ainda para mais, se o Crunchyroll conseguiu arranjar os direitos para fazer streaming da série, não deve ser complicado para a Bandai Namco fazer o mesmo para o jogo (J-Stars Victory VS, Dengeki Bunko Fighting Climax… não?). Mesmo que não consigam todas as músicas, desde que tenha uma quantidade suficiente já é bom. Talvez seja diferente entre anime e jogo, ainda assim, vale a pena tentar.
“A série não vende por cá”, como é que podem saber isso se a produtora não arrisca a vender um jogo cá? Por acaso, e um ponto que vai reforçar o que disse no parágrafo anterior, a série vendeu um jogo fora do Japão. Um port da PSP para iOS, o único problema em si era o preço ser um bocado puxado… e o de ser em mobile… Estão a ver como não é assim tão complicado pegar nas licenças das músicas se se dão ao trabalho de fazerem portes para “plataformas” da treta?
E tendo em conta que não seria preciso dobrar o jogo, traduzir o texto não é grande problema. Dizem também que no que a série sobrevive é DLCs, mas olhando para Dead or Alive 5 e o seu conjunto de DLCs a mais de 200€ (e que continua a subir), não me fio muito na coisa.
E depois existe o facto de ser a Bandai Namco quem tem a mão no jogo. Embora eles estivessem um pouco receosos a princípio (e até tenha sido preciso fazer uma petição no caso do Digimon), ultimamente tem apostado cada vez mais na Europa e na América.
Se estão preocupados com a questão da concorrência, então fiquem descansados que não existe uma concorrência directa. Sim, existe Project Diva e uns quantos menos populares, mas Project Diva consiste basicamente em ser um jogo de ritmo.
A franquia The iDOLM@STER é na sua maioria uma série de jogos de simulação-barra-gestão, onde o conceito começa com termos de gerir uma (ou mais) das personagens principais desde o zero até terem sucesso. Algo semelhante a Hyperdimension Neptunia Producing Perfection caso tenham jogado.
Claro que para além dos jogos terem a parte de simulação/gestão, acabam por ter a sua própria história, interação entre as personagens e o jogador e rivais (que acaba por ter um modo de stress que afecta a personagem), e até a parte de ritmo. Ou seja, acabam por trazer um pouco mais de conteúdo que Project Diva.
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TL;DR – Sou fã de The iDOLM@STER, quero que o novo jogo seja lançado na Europa e a maior parte do pessoal anda apenas a arranjar desculpas.
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