Análise – Final Fantasy Explorers

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As variações dentro do universo Final Fantasy são mais que muitas, tendo até variado dentro da série principal, com conversões do RPG clássico por turnos, para sistemas híbridos e até acção.

Por isso mesmo, é sem grande surpresa que surge Final Fantasy Explorers, um jogo que acaba por ser extremamente próximo a Monster Hunter, com alguns elementos de Final Fantasy.

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Tudo bem, quando eu digo próximo, estou a ser simpático, pois Final Fantasy Explores é tão Monster Hunter que qualquer pessoa que tenha jogado um deles, vai sentir-se imediatamente em casa. Seja o funcionamento das quests, criação de armas ou jogo em equipa.

Por isso mesmo, já sabem o que esperar. Criam uma personagem, escolhem uma classe, aceitam missões, vão equipando mais armas e armaduras e vão ficando cada vez mais fortes para aceitar mais missões perigosas.

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A maior diferença em termos de jogabilidade entre Final Fantasy Explorers e Monster Hunter é a forma como o combate se desenrola. Enquanto aqui o combate é mais focado em habilidades e dar dano consoante a vossa classe, no Monster Hunter, o ambiente parece muito mais perigoso e hostil, com as monstros a darem muito mais dano e a criar um maior risco cada vez que resolvem atacar.

Em certos momentos, Final Fantasy Explorers chega até mais próximo de um pseudo-MMO (um certo Final Fantasy 14, quiçá), do que um jogo do que um Hunter Game. Dei por mim muitas vezes em frente a inimigos a dar dano e receber dano, sem grande estratégia a não ser esperar pelos cooldowns e fugir ocasionalmente de ataques mais declarados.

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Depois temos uma questão de dificuldade, que começa extremamente simples e demora a ficar desafiante, ao ponto de se tornar aborrecida a início. Os monstros não costumam oferecer grande desafio e o facto de terem a vida em disposição, faz com que seja ainda mais linear e menos empolgante.

Por outro lado, é interessante ver como os Jobs foram aplicados e como estes funcionam em sintonia. A jogar com amigos ou online, a diferença entre os Jobs é mais sentida e tem muito mais impacto. Este é o único momento em que Final Fantasy Explorers consegue mesmo trilhar um caminho diferente em relação a Monster Hunter e adiciona algo de diferente com impacto.

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A vida de um explorador em Final Fantasy Explorers é dividida entre a aldeia onde aceitam missões, compram equipamentos e se juntam a outros jogadores, depois, existem as áreas do mundo, divididas entre zonas, cada zona representando tipos de ambiente diferente, como floresta, desfiladeiro, vulcão, neve, etc. Cada zona tem inimigos diferentes e objectos para recolher, mas não em quantidades tão grandes como Monster Hunter.

Podem recrutar monstros para vos ajudar como membros de equipa, o que é bastante útil e até invocar heróis de outros Final Fantasy. Estes não ficam muito tempo em jogo, mas assumem o papel da vossa personagem. É um momento visual especialmente feito a pensar nos fãs, que vão adorar ver um Cloud a lutar contra uma Shiva.

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Tal como o género onde se inspira, Final Fantasy Explorers pode durar dias ou até meses, pois existe muito para fazer e missões secundárias para finalizar. De qualquer forma, vão ter de ter bastante paciência para avançar a início.

Visualmente, Final Fantasy Explorers é um jogo bonito, mas que está longe de aproveitar as capacidades da consola. Uma vez mais, comparando até com Monster Hunter, fica uns furos abaixo em termos de detalhe, monstros e até personagens.
A música é bastante agradável, mas não se faz notar muito, o que é uma pena tendo em conta que estamos a falar de um Final Fantasy.

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Embora tenha boas ideias e não seja um mau Hunter Game, Final Fantasy Explorers só me deixou com vontade de jogar mais Monster Hunter. Tendo em conta que Monster Hunter X ainda deve chegar este ano à Europa, só os grandes fãs de Final Fantasy é que vão optar por esta opção.

Positivo:

  • Sistema de Jobs
  • Áreas de exploração mais abertas
  • Habiliades especiais
  • Referências de Final Fantasy
  • Usar monstros como membros de equipa

Negativo:

  • Não esconde ser um clone de Monster Hunter
  • Demora demasiado a arrancar
  • Bosses pouco dinâmicos ou arriscados
  • Visual pouco detalhado

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Daniel Silvestre
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