A The Creative Assembly tem nos fornecido mais de uma década de guerra total com a série Total War, sendo esta uma das mais fortes no panorama dos jogos de estratégia e que deixa os fãs aos pulos sempre que um novo é lançado. Apesar de ser fã do género, tive a triste infelicidade de nunca ter pegado nesta série como deve ser, e faço desta análise uma excelente oportunidade.
Sendo assim chega-nos Total War: Atilla, um jogo que promete muito sangue e suor no campo de batalha, mas que também requer uma boa quantidade de paciência e astúcia no que toca a estratégias de combate. Sendo assim este jogo decorre uns quantos séculos antes de cristo e a civilizações como os Visigodos, Ostrogodos ou Saxões. As intrigas e as campanhas são imensas e variadas, por isso cabe-nos a nós decidir que papel desempenhar.
Nem só de combate se centra este jogo, visto haver uma conjugação muito forte entre esse aspecto, expansão territorial, gestão de cidades e tecnologias bem como lidar com situações políticas. Existe um grande equilíbrio que consegue manter o jogador constantemente interessado e concentrado sobre as suas decisões.
É espectacular ver o início de um combate com uma vista aérea e vislumbrar todo o terreno de combate e o nosso exército. Com o nosso rato iremos dar as várias ordens para que este avance no território ou se arrume de uma maneira que mais nos agrade. O sistema de tutorial irá ajudar os jogadores novos e explicar conceitos simples do combate. Sendo assim rapidamente percebemos como tirar melhor partido de arqueiros, piques sendo estes demasiado fortes – e até espadachins.
Os combates podem alternar entre vários factores, desde moral, até condições climatéricas portanto cabe ao jogador saber o que fazer antes de atacar desenfreadamente. Podemos arrumar as nossas unidades de uma forma equilibrada para conseguirmos atacar e evitar um número pesado de casualidades, usar a natureza para esconder algumas delas e até tirar partido de alguma superioridade numérica para assustar e fazer os inimigos fugirem.
Apesar de ser divertido e impressionante ver as nossas unidades lutar, é preciso mover com muita cautela antes de cada combate. Exércitos desmoralizados ou afectados pelo clima da região – como é o caso das zonas mais gélidas – poderão não ter o mesmo rendimento do que outros que já estejam acostumados a esses.
A gestão das nossas cidades é também um factor fundamental para o nosso sucesso e que irão contribuir com novos exércitos, descanso e segurança para os mesmos, bem como mais fins monetários para expandir o nosso império. Mesmo assim é necessário manter o povo contente e uma situação política estável. Guerras civis e até assassínios poderão ocorrer caso o povo esteja descontente.
As tecnologias presentes no jogo abrem portas para a criação de novas infraestruturas e até desbloquear pequenos detalhes que poderão fazer a diferença. Estas são apresentadas num modelo de árvore onde o desbloqueio de uma tecnologia abre a chance para outras duas ou três novas. Existem duas ramificações principais que se centram nas unidades de combate e nas nossas cidades, pelo que cada uma delas beneficia e melhoram directamente esses aspectos.
No entanto precisamos também de espalhar algum charme pelas outras facções, e isso será fácil com uma simples conversa. Podemos apresentar termos de paz com algumas deles e receber algo em troca que poderá ser-nos valioso, desde travessia pelos seus territórios até recursos. Casamentos funcionam bem nesse aspecto, pelo que a criação de laços familiares poderão facilitar para uma melhor diplomacia. Inimigos também poderão aparecer rapidamente com invasões e ataques aleatórios constantes a outras cidades inofensivas. O jogo obriga-nos a medir os passos e fazer-nos pensar bem se queremos ser vistos como um tirano.
Como já afirmei anteriormente, o jogo possui um grande esplendor visual. Apesar de não ser o melhor no aspecto técnico ou na qualidade, consegue oferecer uma experiência simples no panorama visual. O jogo consegue fazer uma boa transição entra os ângulos de câmera mais próxima e mais longínquos, pelo que a aproximação do jogador no combate dará uma perspectiva mais intensa do combate.
A maneira como a The Creative Assembly conseguiu oferecer uma experiência bastante profunda e complexa sem parecer assustadora é um feito bastante forte neste jogo. A nossa atenção está apontada em várias direcções mas mesmo assim conseguimos tirar o máximo de cada um desses factores sem sentirmo-nos perdidos ou demasiado confusos.
Posso dizer que fiquei conquistado com esta série. Atilla consegue captar o jogar e ensina-nos a mexer com as várias ferramentas que estão disponíveis. Rapidamente senti-me num conquistador à escala mundial bem como num grande general de guerra.
Positivo:
- Mistura vários elementos e consegue um bom equilíbrio entre ambos
- Requer uma boa dose de atenção mas os resultados são recompensadores
- Sistema de combate bastante intuitivo
- Várias campanhas com facções interessantes
- Batalhas espectaculares
- Políticas internas
Negativo:
- Alguns jogadores poderão encontrar uma curva de aprendizagem maior
- Algumas unidades desiquilibradas
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