The Elder Scrolls é um nome incontornável para os fãs de RPG graças aos mais recentes títulos que conseguiram cimentar uma posição forte em toda a indústria e considerar a série como um colosso dos últimos dez anos. Apesar das experiências criadas pela Bethesda se terem centrado apenas em jogos single-player, foi uma questão de tempo até passarem para um mundo como o dos MMO’s.
Sendo assim nasce então The Elder Scrolls Online, um jogo que pega no mundo de Tamriel e junta jogadores de todo o mundo. O primeiro lançamento chegou exclusivamente para o PC e teve uma recepção mista por parte da crítica, tendo deixado bastantes fãs desapontados com o lançamento. Mesmo assim a Bethesda não desistiu do jogo e injectou nova vida para o lançamento nas consolas, nascendo então The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited.
Comecemos então com um dos maiores problemas que se prendia neste jogo, a subscrição pagante. Nesta nova versão adquirimos apenas pelo jogo e não temos que pagar qualquer tipo de mensalidade ou anuidade para usufruirmos do jogo, o que se tornou num primeiro passo bastante positivo. Foi também adicionada uma loja específica para o jogo para podermos comprar mounts e todo o tipo de items de nome Crown Store que de uma forma geral, funciona bastante bem.
Outro ponto bastante importante é o facto de parecer um jogo muito mais estável no que toca à ligação e possíveis problemas com o servidor. Não foram encontrados quaisquer tipo de problemas durante a análise e a interacção com os restantes jogadores no jogo aconteceram sem quaisquer tipo de problemas.
O jogo foi também optimizado para funcionar com os comandos da PS4 e Xbox One, algo que funciona muito bem. Ficamos com as nossas opções de ataque e defesa nos gatilhos, enquanto podemos efectuar ataques especiais com os restantes botões. Na verdade foi uma optimização que tornou o jogo bastante natural e funcional sem qualquer tipo de tempo extra de adaptação ou demasiadas configurações do comando.
Passando para o jogo em si, vamos poder então criar a nossa personagem e determinar a nossa aliança dentro do jogo. Neste caso não difere muito da série principal, sendo possível escolher o nosso tipo de raça ou tipo de personagem de acordo com o nosso estilo de jogo, sendo ele mais furtivo, mais virado para a acção brutal ou então simplesmente usar magias e auxiliar os restantes jogadores. Caso tenham uma personagem criada na versão PC, podem sempre transferi-la facilmente para a vossa consola.
Começamos então numa masmorra e um pouco alheado do que está a acontecer no momento. Este início servirá como rampa de lançamento para o que irá acontecer no resto do jogo, pelo que iremos combater a ascensão de Molag Bal e a sua tentativa em tentar fundir dois reinos num só para poder reinar livremente bem como recuperar a nossa própria alma que nos foi removida por esse vilão.
Apesar da história principal ser bastante interessante, temos de dividir a nossa atenção pelo imenso mundo de Tamriel e das várias regiões que serão desbloqueadas faseadamente. A essência do jogo passa por ajudar as pessoas das regiões nos vários problemas que encontramos e explorar o máximo que conseguirmos. A quantidade e intensidade das missões desfalcam quase a missão principal do jogo, mas a verdade é que somos relembrados do nosso objectivo final em situações oportunas.
Mesmo assim, nem todas as missões são grandes aventuras ou intensas, havendo regiões que se tornam um pouco entediantes. Mais para a frente acabamos por efectuar missões muito mais espectaculares, com destaque para a região de Hammerfell.
Podem juntar-se a uma guild e ter uma maior objectividade no que toca ao caminho a tomar para o vosso jogo, ou então podem seguir sozinhos nesta demanda. Sempre senti que este MMO tinha mais de single-player do que de multiplayer e acho que essa opinião ainda se mantém. Na verdade sinto uma maior ligação com os restantes jogadores dado ao facto de não se usar um teclado para comunicar e o headset ser um meio mais directo.
Obrigatoriamente teremos que jogar com outras pessoas em certas masmorras que estão facilmente identificadas e até se fazem bem se houver algum sentido de união. Não precisa de haver qualquer tipo de comunicação, sendo necessário estar apenas junto às restantes pessoas para conseguirmos prevalecer.
No que toca à apresentação, The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited é um jogo decente, com algumas localizações muito belas e bem construídas, mas cuja qualidade das texturas e não só a deixarem um pouco a desejar. Mesmo assim, para um MMO é um jogo que agradável de se olhar e com um bom jogo de cores principalmente sempre que mudamos de região. Expressões faciais podiam estar um pouco mais trabalhadas e continuam a parecer demasiado robóticas a meu ver.
A banda sonora é simplesmente fantástica, como já é apanágio na série The Elder Scrolls. Todo o espírito de aventura e de combates gigantescos estão muito bem acompanhados pela sinfonia da orquestra e com temas que encaixam muito bem nos melhores momentos. Mais uma banda sonora memorável aprovada pela Bethesda.
Na verdade o jogo parece um pouco mais natural e acessível do que a versão anterior, mas mesmo assim ainda existe qualquer coisa que parece faltar neste jogo. A versão consola do jogo funciona muito bem e torna-se mais um bom MMO para as consolas. Ao contrário da versão anterior, fiquei com vontade de continuar a explorar os confins de Tamriel.
Vamos esperar para ver o conteúdo que chegará mais tarde para o jogo, visto que será suportado por mais algum tempo, e se se confirmar que a Dark Brotherhood estará incluída neste MMO, então espera-nos um bom momento.
The Elder Scrolls Online: Tamriel Unlimited não é uma enorme revolução quando comparado com a versão anterior, mas é certamente um passo em frente que torna o jogo um pouco mais interessante.
Positivo
- Melhorias tornam o jogo mais interessante e estável
- Banda sonora fantástica
- Remoção da subscrição pagante
- Missões e regiões memoráveis…
Negativo
- …mas nem todas, havendo outras bastante entendiantes
- História principal continua a ficar um pouco em segundo plano
- Expressões faciais
- Falta de momento “wow”
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