Análise – Rise of the Tomb Raider

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Em 2013 a Crystal Dynamics deu uma nova vida à muito conhecida aventureira britânica de nome Lara Croft com o lançamento de Tomb Raider. Esta nova aposta marcou o regresso das grandes aventuras que a Eidos nos habitou mas trouxe uma roupagem um pouco diferente. Ao contrário do aspecto mais sério e da livre exploração, somos apresentados a uma Lara mais humana e um sistema de progressão um pouco mais linear, que no final acabou por cair bem.

Como esta fórmula não chegou ao seu fim, eis que é anunciado Rise of the Tomb Raider que foi produzido novamente pela Crystal Dynamics e lançado primeiro em consolas Xbox para mais tarde chegar ao PC e PS4. O jogo oferece então a continuação de Tomb Raider numa aventura mais pessoal para a nossa protagonista.


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Neste novo jogo vemos uma Lara Croft atormentada pelos media e pelas supostas alegações que apontam para uma sanidade mental comprometida da aventureira por seguir pistas do pai que supostamente nunca levaram a nenhuma descoberta. O que Lara está para descobrir é mais do que um simples artefacto ou cidade perdida, mas sim a chave para a imortalidade. Como seria de esperar, ela não é a única à procura do mesmo, visto que um roubo na sua mansão traz dados importantes para mãos perigosas, uma organização de nome Trinity.

Vemos então Lara Croft começar a sua aventura pela Sibéria na tentativa de descobrir uma cidade perdida que a levará ao segredo dos Yamatai para a imortalidade. A Trinity está também na procura do mesmo no qual irá cruzar-se com Lara várias vezes durante o jogo. O antagonista oferece um bom complemento para a nossa heroína mas podia estar um pouco mais polido no que toca a uma personalidade mais interessante.

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Esta chegada à Siberia irá colocar a protagonista em situações extremas. A temperatura baixa fará com que tenhamos um simples abrigo para recuperar as nossas forças e que funcionará como base. Neste abrigo iremos tratar dos nossos equipamentos como fazer upgrades, fazer level-up a Lara com o aprimorar de habilidades de sobrevivência e até transportarmo-nos rapidamente entre zonas anteriormente exploradas.

Apesar de ter esta vertente mundo aberto, a história nunca nos deixa perdidos sendo possível usar os instintos de Lara com o premir de um botão para sabermos rapidamente o que podemos fazer, habilidade esta que nos ajudará também com puzzles mas já lá vamos.

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Esta região que fica aberta ao nosso dispor estará munido de vários animais, inimigos, segredos e não só. A caça de animais e plantas será fundamental para a criação ou melhoria de equipamentos, bem como abrir novas hipóteses para atacar os nossos amigos como por exemplo as flechas venenosas. Esta zona gélida possui também partes onde nos podemos esconder ou tirar partido para podermos atacar sem haver detecção por parte dos inimigos.

O jogo consegue arranjar um bom equilíbrio entre as partes de história e puzzles, com a vertente de acção, balançando bem entre os dois. Grande parte dos puzzles estão bem feitos e oferecem um bom desafio, pelo que não irão prender demasiado o jogador neste aspecto. Se tiverem alguma dúvida, podem sempre verificar o instinto da Lara novamente para oferecer uma ajuda com o problema em questão.

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De outro lado, Rise of the Tomb Raider oferece cenas de acção semelhantes a de um filme de Hollywood, com enormes explosões, situações de cortar a respiração e vários inimigos no nosso caminho. Se optarem por uma vertente mais furtiva durante as missões então também estarão bem servidos nesse aspecto, sendo possível agarrar silenciosamente um inimigo com a guarda em baixo e eliminá-lo sem deixar traços. Em grande parte do jogo, funcionou praticamente tudo bem pelo que irá deixar o jogador num ritmo agradável.

Se quiserem experimentar algo mais alternativo então sempre têm o Expedition Mode que altera um pouco as regras do jogo e substitui o multiplayer do anterior Tomb Raider. Com o decorrer do modo história iremos desbloquear cartas específicas que oferecerão factores de modificação deste modo. Podemos fazer alterações em Lara, nos inimigos ou então nos objectivos do jogo em si. É um modo que irá oferecer uma nova oportunidade para experimentarmos o jogo de outra maneira.

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Rise of the Tomb Raider é um jogo excelente no departamento audiovisual. As animações são extremamente fluídas e com movimentos bastante humanos, bem com as actuações que dão uma credibilidade ainda maior a este drama vivido por Lara Croft. As expressões faciais das personagens bem como o dano acumulado pela aventureira estão também muito bem trabalhados. Os cenários são espectaculares e com uma atenção ao detalhe muito boa, havendo zonas – como a secção inicial – que colocam alguma pressão pelo medo que colocam.

Rise of the Tomb Raider é um trabalho espectacular feito pela Crystal Dynamics que irá sem dúvida conquistar ainda mais fãs para esta nova era de Lara. Numa nota pessoal, e apesar de ser um pouco mais fã do estilo clássico de Tomb Raider, fiquei muito impressionado com o resultado final e tenho a certeza que os fãs irão adorar.

Se gostam de Tomb Raider, então nem pensem duas vezes, Rise of the Tomb Raider é um título de peso e uma aventura muito consistente. Apesar de ter umas pequenas falhas, existem sempre pontos positivos que irão surpreender sem dúvida.

Positivo:

  • Apresentação muito bem trabalhadapn-recomendado-ana
  • Conjugação entre puzzles e acção
  • Sistema de exploração e upgrade de armas
  • História interessante
  • Bons puzzles

Negativo:

  • Vilão deixa um pouco a desejar

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