Apesar da série principal ter sofrido uma pequena sacudidela no que toca ao mais recente jogo da série, a Capcom não está nem perto de baixar os braços. Ainda antes do lançamento de Resident Evil 6 a companhia descobriu uma fórmula um pouco mais diferente deste survival-horror com Resident Evil: Revelations, que teve uma recepção bastante positiva.
Graças a isto, o aparecimento de um segundo jogo desta série tornou-se num dado adquirido tendo sido lançado recentemente. Para Resident Evil: Revelations 2 a Capcom tentou uma abordagem diferente do que é habitual, lançando os episódios do jogo gradualmente e quando o último fosse lançado chegava às lojas a versão final do jogo.
Eis que nos chega então Resident Evil: Revelations 2, um jogo que traz a muito conhecida Claire Redfield e marca o regresso de Barry Burton ao leque de personagens jogáveis – desde Resident Evil 3: Nemesis no modo Mercenaries. Para auxiliar este elenco temos Moira Burton, filha de Barry que faz a sua aparição e a pequena Natalia Korda é também outra novidade.
O jogo possui um grande enfoque nas duas duplas de personagens que iremos seguir, Claire com Moira e Barry com Natalia. O jogo conta as duas versões no qual estas duplas estão inseridas, sendo que neste caso Claire e Moira são capturadas e levadas para uma ilha misteriosa, e Barry faz de tudo para encontra-las acabando por se cruzar com a pequena Moira.
Basicamente vemos Barry a tentar seguir as pisadas de Claire e Moira durante a história, havendo uma vantagem temporal na dupla feminina. Os episódios dão uma perspectiva mais fragmentada do jogo, havendo uma sensação de este ser um programa televisivo com os respectivos resumos, cortes e “não percam o próximo episódio!”. Na verdade este formato focado nos episódios não desfavorece o jogo no computo geral.
Tal como afirmei em cima, o jogo estará centra nas duas duplas de personagens pelo que estas funcionam em equipa, com os seus pontos fortes e fracos. Claire destrói os inimigos que apanha no ecrã enquanto que Moira usa mais a sua forte lanterna para cegar temporariamente os inimigos ou então descobrir items escondidos pelo cenário, já Barry causa um dano considerável enquanto que Natalia atira tijolos, revela pontos fracos e consegue identificar inimigos através de paredes.
Nem só de combate frente a frente é feita acção neste jogo, havendo sempre a chance de conseguir acabar com inimigos furtivamente. Com o virar das costas dos inimigos é nos possível deferir um golpe mortal aos mesmos e isso é possível de uma maneira mais fácil jogando com Barry graças a Natalia. Sempre que quisermos, podemos também alternar entre uma das duas personagens e tomar um papel diferente no jogo, o que torna a experiência moldável para o nosso estilo de jogo. Apesar do jogo incentivar ao co-op local, uma vertente online faria maravilhas no jogo.
Para tornar o jogo mais interessante, podemos modificar e desbloquear certas habilidades às personagens bem ao género RPG. De acordo com o nosso desempenho nos episódios iremos receber uma moeda especial para desbloquear mais habilidades como aumentar o poder nas nossas armas, capacidade de carregar mais ervas que curam e isso ficará ao nosso critério sobre a maneira como usá-los.
Se quiserem um modo diferente então podem regressar ao modo Raid, que nos pões em missões para acabar com inimigos em cenários personalizados e em situações variadas. Neste modo iremos escolher uma personagem – havendo várias para desbloquear – e melhorar a nossa personagem nas várias habilidades. Normalmente as missões duram pouco tempo mas a dificuldade e o número de inimigos vai aumentando gradualmente. É engraçado ver a barra de energia dos inimigos e o dano em números para nos dar uma maior noção das zonas mais fracas dos inimigos. Infelizmente este modo só peca por não ter online no lançamento, algo que chegará mais tarde.
A apresentação é uma experiência mista no desempenho gráfico que no geral acaba por oferecer uma jogo bastante simples de se vislumbrar. O jogo possui um bom desempenho ao correr a 60fps e onde os bugs poucos, mas peca pela qualidade de algumas das texturas. Não deixa de ser visualmente bem parecido, mas podia levar um maior polimento. Apesar de haver alguma repetição nos inimigos, estes mostram-se como uma qualidade excelente e uma estética aterrorizante. A sonoplastia foi bem trabalhada para este jogo, com uma banda sonora bem conseguida e actuações de voz muito boas.
Resident Evil: Revelations 2 é um passo em frente nesta nova série dentro de Resident Evil que ainda está para ficar melhor se a Capcom aprender com os erros. Ainda não está totalmente polida mas poderá provar-se como um jogo extremamente divertido para alguns.
Positivo:
- Mecânica de jogo deu um passo em frente comparativamente com o primeiro Revelations
- Atmosfera pesada bem conseguida
- História simples mas mantêm o jogador interessado
- Raid Mode viciante
Negativo:
- Apresentação podia ter recebido mais atenção
- Falta de Online no lançamento
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