Análise – Pokémon Scarlet e Violet: Teal Mask DLC

Parece que foi há menos tempo que isso, mas na verdade, Pokémon Scarlet e Pokémon Violet já foram lançados há pouco menos de um ano. Desde essa altura, muita tinta correu sobre o estado do jogo, até àquilo que poderia representar para o futuro da série e o que estaria a seguir.

Tal como aconteceu com Sword and Shield, Pokémon Scarlet e Pokémon Violet também vão ter dois DLC que fecham as aventuras de Paldea e zonas circundantes. O primeiro deles é The Teal Mask e leva-nos até Kitakami, uma aldeia tradicional japonesa com uma história própria, novas personagens e uma equipa de Pokémon lendários que fazem parte deste enredo.

Pokémon Scarlet e Violet: The Teal Mask tem algo de bastante positivo, pois pode ser visitado a qualquer momento durante a história principal, mas tem um grande problema, a forma como escala os níveis dos Pokémon é algo desiquilibrada, pois começar o DLC com Pokémon a nível 70 para cima, fez com que a vasta maioria do DLC fosse carne para canhão. Existem alguns treinadores especiais escondidos com equipas mais fortes, mas no global, os níveis estão um pouco em todas as direcções.

A história em si não é nada de outro mundo, o DLC utiliza a história já clássica de uma personagem que não tem confiança nas suas capacidades e quer crescer como treinador. O mais interessante passa pela história do Pokémon principal, um Ogre de nome Ogrepon que aterrizou a aldeia em tempos e foi parado pelos três Pokémon leais. A história sofre umas reviravoltas fáceis de prever, mas que acabam por ser um mote engraçado para o que fazemos nesta ilha.

Falando na ilha, Kitakami não é um espaço assim tão vasto. Esta ilha faz lembrar algo bastante próximo do que seria uma das maiores áreas de Pokémon Legends Arceus. Aqui existe uma montanha bastante grande ao centro e várias áreas com habitats diferentes que a rodeiam. É importante que os jogadores tenham já a maioria das habilidades do seu Miraidon ou Koraidon desbloqueadas, pois facilitará muita a vida na travessia. Claro que também ajuda a que o DLC pareça mais curto, pois a viagem entre as zonas é fácil de realizar, em especial ao escalar algo e voar desse sítio para onde queremos. A ilha acaba por ser tão compacta que até existe apenas um centro Pokémon na aldeia principal.

A divisão entre zonas faz com que exista uma boa variedade de Pokémon espalhados um pouco por todo o lado e até existem várias cavernas espalhadas pela zona onde habitam mais Pokémon em grupo, existem treinadores ou items para apanhar. É muito fácil iniciar o processo de procura e apanhar todos os Pokémon da zona, em especial porque existe um Pokédex próprio de Kitakami que ajuda a incentivar pela procura dos bichos da região.

Apesar de ter passado quase um ano e mesmo tendo tido algumas actualizações, Pokémon Scarlet e Violet: The Teal Mask não consegue esconder os problemas da estrutura original onde tudo foi criado. O mundo de jogo continua a parecer pouco detalhado, continuam a existir problemas de Pop-up, as imagens em distância estão totalmente esborratadas, NPC e Pokémon que estejam longe da câmara movimentam-se frame a frame. As quebras de fluídez são quase constantes e os bugs continuam a existir um boas doses. Se isto é o que vai acontecer nesta expansão, então não existem boas esperanças para que a Game Freak vá algum dia resolver estes problemas e os mesmos deverão ser sentidos na próxima expansão. No que toca a banda sonora, esta expansão soa bastante bem, com qualidade bastante positiva no geral. É uma pena que continue a existir ausência de vozes, o que torna os diálogos durante as cinemáticas em oportunidades perdidas.

Pokémon Scarlet e Violet: The Teal Mask é um DLC que acaba bastante depressa, não indo além das 5 ou 6 horas de história. Grande parte do volume de duração está no explorar a ilha e apanhar todos os Pokémon do Pokédex. Existe também um mini-jogo para rebentar balões, mas não é algo que seja assim tão divertido ao ponto de se jogar várias vezes.

No global, Pokémon Scarlet e Violet: The Teal Mask é um DLC bastante bom para quem jogou o jogo principal e conseguiu resistir a todos os problemas basilares. Por outro lado, a sua história básica, mundo mais contido e os problemas já mencionados fazem sentir que Pokémon Scarlet e Violet: The Teal Mask podia ter sido muito melhor.

Positivo:

  • Nova zona interessante
  • Lendários engraçados
  • Podem aceder ao DLC a qualquer altura

Negativo:

  • Problemas originais passaram para o DLC
  • Grandes quebras de fluídez
  • Volta a sentir-se falta de vozes

Daniel Silvestre
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