Mais uma vez, o universo de coisas tipicamente japonesas chega ao ocidente para ser açoitado em plena praça pública por pessoas que se sentem chocadas ou incomodadas por certas “liberdades” dessa cultura.
Mugen Souls é um dos jogos da Compile Heart que explora os mundos de Anime pseudo erótico, com personagem que normalmente associariam a jogos ou anime para crianças. O resultado, tal como o primeiro jogo é um misto entre uma coisa para fãs e exagero para todos os outros.
Mugen Souls Z continua a história de ChouChou na sua demanda para conquistar a galáxia, até esta ser absorvida por um caixão, o que coloca Syrma como a personagem principal deste jogo.
Sendo uma personagem mais “portentosa”, Syrma é usada constantemente como o foco sexual da história, isto porque a maioria dos diálogos e acontecimentos são sempre virados para inuendos sexuais, a espaços, bastante explícitos.
Quando comparado com algo como Conception 2, este puxa bem mais por aquilo que consideramos a “linha” limitadora. Isto faz com que a maioria dos diálogos sejam mais conteúdo que pouco serve para a história ou desenvolvimento de personagens, entrando na área do fan-service.
Os temas picantes passam da história para quase tudo o que podem encontrar na jogabilidade. A exploração dos mundos é constantemente interrompida para que as personagens possam falar sobre qualquer coisa longa, que pouco ajuda na demanda principal. Felizmente, quando comparado com o primeiro jogo, a viagem feita pelos mapas em 3D inclui muito menos lag, o que é bom, tendo em conta que os inimigos estão presentes no cenário e assim é mais fácil conseguir apanhá-los desprevenidos.
As lutas de Mugen Souls Z misturam elementos por turnos e acção. Cada personagem ataca no seu turno e podem fazer um certo número de movimentos dentro da arena de combate. O posicionamento é chave, pois ataques de área conseguem apanhar várias personagens, sejam vossas ou inimigos.
O combate é propositadamente exagerado e pessoas que gostam de coisas como os ataques com milhões de pontos de dano de Disgaea, vão achar piada a ver os números exagerados de dano que é possível dar em Mugen Souls Z. Isto porque não só podem fazer Mega ataques, como existe um sistema próprio para negociar com os inimigos.
Quando em combate, podem assumir poses sexuais diferentes, mais precisamente coisas como Sadist e Masochist. Os inimigos podem reagir bem ou mal a estas poses, podendo desencadear ainda mais vontade de combater, ou oferecer items à personagem. Apesar de estranho, este sistema é claramente mais acessível que o de charme do primeiro, que por vezes parecia muito mais aleatório.
Também de regresso estão as batalhas espaciais entre mechas. Estas continuam a ser combates simples de papel, pedra e tesoura, onde é mais o aparato visual do que a curva de exigência.
Visualmente, Mugen Souls Z está ao nível que a Compile Heart já nos habituou. Desenhos e arte bem feitos, direcção artística bem conseguida, mas cenários e modelos em 3D pouco entusiasmantes. A banda sonora é divertida e alegre, mas destinada apenas a quem gosta deste género.
Mugen Souls Z é um jogo extremamente bipolar, mas claro no que toca ao seu público alvo. Se gostam de RPG japoneses mais picantes, então este jogo é para vocês, de qualquer forma, existem aqui vários problemas que persistem desde o primeiro, o que o impede de apelar aos fãs de RPG no global.
Positivo:
- História e personagens com piada
- Boa arte e direcção artística
- Combate não depende tanto da sorte
Negativo:
- Várias vozes de furar os tímpanos
- A quantidade de conteúdo sexual chega a ser desconfortável
- Gráficos tridimensionais fracos
- Chou Chou é irritante
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