Quando é lançada uma sequela, é normal serem apresentadas novas personagens, o que não é nada normal é acontecer algo como a substituição da completa da personagem principal por outra.
Se parte do sucesso da série Hyperdimension se deve a Neptune, com à sua personalidade hiperativa, hábitos de fazer várias referências e quebras da quarta parede, a mudança de protagonista para a sua irmã na segunda edição da série certamente deixou a sua impressão.
Apôs as recepções mistas de Hyperdimension Neptunia no ocidente, a NIS América decidiu arriscar e trazer Hyperdimension Neptunia mk2, a segunda entrada na série, para os nossos lados.
Esta ‘sequela’ de certa forma, veio apresentar alguns melhoramentos no que toca à jogabilidade do primeiro jogo, sendo que acabou por receber melhores notas que o seu predecessor.
Tendo em conta que Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1 veio adaptar elementos de Hyperdimension Neptunia mk2 e Hyperdimension Neptunia Victory, largando certa parte do original, Hyperdimension Neptunia Re;Birth 2 Sisters Generation não sofreu uma mudança tão drástica neste remake.
Mas então o que sobrou para melhorar?
Começando pela história, esta decorre num universo alternativo (ou realidade alternativa, o que vos souber melhor) onde Arfoire, a antagonista do primeiro jogo, está morta, existindo assim a ASIC (Arfoire Sindicate of International Crime), um grupo dedicado à mesma, que está sobre o governo de CFW Magic.
Com a ASIC a tornar-se numa maior ameaça, as quatro CPUs, em conjunto com Nepgear (Purple Sister, representando a Game Gear), a irmã mais nova de Neptune e candidata a CPU, decidem enfrentá-la. No entanto as cinco são derrotadas, ficando então presas durante três anos, acabando Nepgear por ser ibertada graças à ajuda de IF e Compa.
Com o objectivo de resgatar a sua irmã e as outras CPU para parar ASIC, Nepgear parte então à procura da ajuda das mascotes de cada região, bem como das outras candidatas a CPU. Uni (Black Sister, sendo uma referência à PlayStation Portable) irmã de Noire, Rom e Ram (White Sisters, que, tal como o nome indica, fazem uma alegação às unidades de armazenamento rom e ram, e o facto de serem gêmeas poderá ser uma referência à Nintendo DS) irmãs de Blanc.
Tal como o primeiro jogo, a informação e história continua a ser contada ao estilo visual novel, com a imagem de fundo e as personagens que estão a falar, com uma caixa de texto. Tal como é normal na série, as mesmas movem-se durante as falas, ajudando assim a criar um melhor ambiente.
A mecânica de combate continua igual a Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1, mas desta vez existe uma novidade que foi anteriormente apresentada em Hyperdimension Neptunia mk2, sendo agora possível utilizar até quatro personagens em combate, em vez do máximo de três apresentado no remake anterior.
Embora a distribuição de experiência seja feito por todas as personagens, quer estas estejam dentro ou fora de combate, esta novidade é bem vinda devido ao grande leque de personagens apresentadas, pois é o maior da série até agora.
Uma outra novidade, desta vez inédita a este novo remake, é a Stella’s Dungeon, um minijogo que é possível adquirir usando o Remake System, mecânica introduzida no primeiro remake da série, onde podem mandar Stella e o seu companheiro Felis (fazendo assim Felistella, a produtora dos remakes) explorar dungeons em tempo real, ao estilo das assassins missions apresentadas em Assassin’s Creed Brotherhood.
Este minijogo não interfere com a história principal, no entanto, por cada exploração bem sucedida, Stella pode encontrar vários items e planos que irão permitir a criação de novos conteúdos. É também possível equipar Stella com armas e objectos encontrados nas dungeons para lhe garantir uma melhor hipótese de sobrevivência.
Falando em outras adições, para acrescentar aos vários endings que Hyperdimension Neptunia mk2 tinha, foi adicionado um novo a Hyperdimension Neptunia Re;Birth 2 Sisters Generation, de nome Holy Sword, com o intuito de contra-atacar o infame Conquest ending.
Tal como aconteceu em Hyperdimension Re;Birth 1, algumas personagens que estiveram originalmente presente em Hyperdimension Neptunia mk2 não aparecem neste remake, nomeadamente Nisa e Gust, tendo sido adicionadas novas personagens, com o destaque para os quatro oráculos de cada nação, que à excepção de Histoire, é a primeira vez que estão presentes como personagens jogáveis.
Como referi mais acima, Hyperdimension Neptunia Re;Birth 2 Sisters Generation tem o maior leque de personagens da série, em termos de balanceamento de combate, o que uma personagem tem de pouco em algo, outra tem a mais, mas para além das diferenças entre força e vida o restante não chega a ser muito notório.
Outro ponto que pode ser negativo para alguns, é a trabalheira e confusão (e a despesa) que existe ao tentar gerir o equipamento e habilidades de todas as personagens, ao contrário de Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1, onde a maior parte das mesmas só se juntava à equipa perto do final, em Hyperdimension Neptunia Re;Birth 2 Sisters Generation estas começam a surgir a partir do segundo capítulo, o que se torna um pouco num problema se não quisermos deixar ninguém de lado por “ser inútil”.
Indo para a parte técnica, tal como no primeiro remake, Hyperdimension Neptunia Re;Birth 2 Sisters Generation sofreu um melhoramento na framerate, e mudanças gráficas, como por exemplo os menus, no entanto, continua a ser notável algumas quebras em certos momentos dos combates com um maior número de inimigos.
Quanto ao departamento sonoro, ao contrário de Hyperdimension Neptunia Re;Birth 1, que sofreu um grande remake a nível sonoro, o mesmo não aconteceu neste segundo remake. Algumas das músicas originais estão presentes, havendo apenas algumas mudanças. Também foram acrescentadas vozes nos menus (que pode ser desbloqueado com o remake system), no entanto, por vezes existe alguns erros sonoros, bem como pequenos eventos que estão sem voz, algo estranho visto que é normal a série ter tudo dobrado.
Como são as personagens que fazem metade desta série, a mudança de um óptimo cast para um novo sempre teve os seus pontos baixos, a início não houve tantas referências e quebras da quarta parede, bem como “momentos lésbicos” (que poderá ser ou não um ponto baixo para alguns, para mim são sempre momentos cómicos).
Embora as irmãs (com a excepção de Nepear) sejam semelhantes às CPUs originais em termos de personalidade, a interação e amizade entre todas consegue trazer bons momentos devido a Nepgear, tornando assim estas novas personagens principais em algo agradável.
É certo que esta segunda entrada não teve tantas mudanças tendo em conta o jogo original, nem novidades quanto ao primeiro remake. A série continua fácil e o número enorme de personagens jogáveis tanto é impressionante como uma confusão.
No entanto, o novo minijogo, o coliseu e os vários finais, bem como o remake system, são mecânicas que só convidam a jogar novamente, oferecendo assim uma boa longevidade e valor de repetição.
[Todas as imagens presentes nesta análise foram captadas durante as nossas sessões de jogo]
Positivo:
- Novas personagens levam o seu tempo a crescer dentro de nós
- Novo minijogo chamado Stella’s Dungeon
- Vários finais bem como um novo
- Boa longevidade
- Várias personagens para escolher…
Negativo:
- …que poderão ser consideradas inúteis
- Jogo continua a ser fácil
- Falta inicial da aura da série
- Alguns erros sonoros e falta de dobragem em pequenas secções
- Trails in the Sky é apenas o prólogo de uma grande aventura - Junho 24, 2024
- Sayonara - Abril 1, 2021
- Próximo jogo de David Cage irá contar com Tommy Wiseau, Hideo Kojima e mais - Abril 1, 2021