Para começar, o nome Don’t Starve é uma “óptima” introdução para aquilo que nos espera, e se são daquele tipo de jogadores masoquistas que não se importa de “levar na boca”, então são bem capazes de gostar deste. O jogo já foi lançado noutras plataformas anteriormente mas agora chega à Wii U e capaz de puxar as capacidades da consola.
Neste jogo vamos conhecer um cientista de nome Maxwell que após criar uma máquina gigante, acaba por se ver sugado para um mundo misterioso onde é forçado a sobreviver em condições desumanas. Este mundo em questão é criado aleatoriamente sempre que começamos um novo jogo, dando um factor novidade.
Pondo mãos à obra, o ponto fundamental centra-se na nossa sobrevivência. Apesar do nome do jogo nos avisar para não morrermos à fome, a morte virá de muitas outras formas. Este factor irá acontecer várias vezes quase ao ponto de atirarmos o nosso comando ao ecrã. Maxwell durante grande parte do jogo é uma personagem bastante frágil e poderá sucumbir de várias maneiras.
Existe uma boa dinâmica no jogo onde assim que começarmos a apanhar o jeito começamos a ganhar uma certa coragem para explorá-lo sem medo. Um pouco ao jeito de Minecraft precisamos de apanhar vários recursos que o jogo nos dá para criar armas, armaduras e até maquinarias que nos desbloquearam novas possibilidades. Isto fará com que o jogo nos obrigue a explorar o jogo e aí é que entra um factor bastante importante.
Quase tudo nos mata neste jogo, e o sentimento de medo irá pairar sempre na cabeça no jogador. Para além dos monstros, armadilhas e a fome, existem outros aspectos que poderão ditar o fim do nosso jogo como a barra de sanidade e a noite. A nossa saúde mental é abordada no jogo e assim que a barra baixar Maxwell começará a ter visões de monstros que nos atacam.
Apesar de haver um elemento punitivo, Don’t Starve dá-nos algum espaço para explorar o mundo em questão, mas nada que um passo em falso não nos faça cair na realidade. Podemos criar a nossa base e estabelecer uma zona de segurança para haver sempre um sítio onde podemos regressar e descansar em segurança.
Para comermos teremos que capturar os vários animais que estão disponíveis no jogo, desde coelhos, perus e até frutas. Alimentos mais fracos estarão disponíveis facilmente enquanto outros como um peru já requerem o uso de outro tipo de ferramentas para a sua captura, portanto seremos sempre obrigado a evoluir para conseguirmos sobreviver de uma maneira melhor.
Nesta Giant Edition o jogo foi adaptado ao GamePad da Wii U, algo que está bem trabalhado mas com pequenos problemas. Jogar no periférico da consola é sempre uma mais valia excelente sem falar que termos também o mapa disponível se assim o quisermos é sem dúvida um ponto positivo, mas quando jogamos unicamente neste ecrã, as barras pequenas do jogo são menos perceptíveis dessa maneira requerendo um esforço de vista maior. A inclusão do DLC Reign of Giants é sempre uma adição que é bem vinda.
Fiquei impressionado com a abordagem na direcção artística, onde a apresentação mostra-se um pouco a género da arte criada por Tim Burton e um humor que assenta bem. Apesar de ser em 2D e no geral em desenhos, o jogo é bastante negro e com figuras horríveis de vislumbrar. Para balançar este aspecto, temos um humor engraçado e uma aposta sonora também divertida por vezes, como por exemplo as falas de Maxwell serem substituídas por um trompete.
Don’t Starve é um jogo impressionante e um bom desafio para quem gosta deles. Não é um jogo propriamente sufocante mas que nos aperta o pescoço o suficiente para nos dar a entender que estamos em perigo. Se tiverem uma Wii U não vão de modo algum ficar mal servidos com esta versão muito boa!
Positivo
- Sobrevivência pura e dura
- Um sentimento de perigo genuíno
- Exploração e inimigos difíceis são elementos que funcionam bem em conjunto
- Abordagem da presentação e humor interessantes
- Sentimo-nos bem por superar dificuldades no jogo
- GamePad é sempre uma mais valia…
Negativo
- …mas quando jogado apenas nele teremos que esforçar demasiado a nossa vista
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