Análise – Battlefield: Hardline

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Depois de gozarem de um enorme sucesso como uma das maiores concorrências à série Call of Duty, Battlefield prepara-se para enveredar em novos caminhos com o novo jogo. O jogo em questão passou pelas mãos da Visceral Games, um estúdio que consegue criar uma boa conjugação entre enredo e acção.

Battlefield: Hardline foi então revelado um pouco antes da E3 do ano passado e fugiu um pouco ao tema clássico da série. Sendo assim apostou mais num tema bem ao género polícias contra ladrões e com algumas alterações no sistema de jogabilidade que apostam mais um numa mecânica furtiva e mais cinemática.

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Sendo assim o jogo continua a apostar numa vertente FPS, mas com algumas alterações que rapidamente saltam à vista. O jogo deixou de nos colocar num campo de batalha com inúmeros soldados sendo que agora passamos a resolver crimes e a prender barões da droga numa mecânica de jogo bastante diferente.

Desta maneira o jogo centra-se num formato episódico com os grandes actos a serem separados por episódios e a terem um formato de série de televisão. Ao contrário de andarmos a disparar contra o máximo de inimigos que conseguimos e a cumprir objectivos simples o jogo abre o leque de possibilidades e adicionar um pouco de acção furtiva e novos elementos. A história inserida consegue oferecer umas boas horas de acção e que nos irá deixar agarrados para descobrir o que irá acontecer a seguir.battlefield-hardline-rev-11-pn

Podemos abordar a missão de várias maneiras, no qual será possível mostrar o nosso crachá da polícia e conseguir prender os vários inimigos que estão no ecrã. Isso não será tão fácil, visto que é necessário aproximarmo-nos do inimigo sem sermos vistos e existe também a possibilidade de alguns deles se exaltarem com a situação e dispararem para cima de nós apesar de mostrarmos o crachá. Precisamos então de pensar depressa e agir friamente em certas situações.

A acção furtiva cumpre um papel importante no jogo, no qual podemos atravessar suavemente por vários inimigos enquanto tentamos chegar a um chefe de bandidos sem que sejamos vistos e isso poderá ser conseguido com o uso de diversões que os distraem da nossa atenção. Apesar destas situações serem diferentes e interessantes, revelam também algumas falhas na inteligência artificial dos inimigos.

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No geral acaba por ser uma aposta demasiado formulaica e que se torna bastante óbvia durante algum tempo. O jogador perde um pouco o factor de novidade e de suspense após aprender as mecânicas, algo que não invalida de todo a boa implementação do mesmo. Esperamos assim que a Visceral Games consiga aprender e melhor ainda mais este factor em futuros jogos.

Dentro das missões podemos também usar alguns aparelhos como um scanner que detecta várias pistas e consegue identificar inúmeros aspectos do jogo que nos serão úteis ou oferecem mais experiência para desbloquear mais armas e equipamento. Armas apanhadas por inimigos desbloqueiam a sua compra no futuro por forma a podermos criar o nosso set de combate bem ao estilo multiplayer.

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Por falar em multiplayer, a Visceral Games criou um sistema multiplayer bastante simples mas que adopta vários modos de jogo um pouco diferentes dos convencionais. Visto estarmos no tema de “polícias contra ladrões”, grande parte dos modos enveredam também esse caminho e são os seguintes.

Heist, Rescue, Hotwire, Blood Money e Crosshair são os modos em questão onde alguns se destacam pela sua mecânica viciante e outros nem tanto. Destaque vai para o modo Hotwire, onde é necessário controlar veículos e manter o controlo dos mesmos para conseguir mais pontos que a equipa adversária. Blood Money coloca as duas equipas a conseguirem angariar o maior número de dinheiro que está colocado no centro do mapa, sendo também possível roubá-lo da equipa contrária.battlefield-hardline-rev-5-pn

Os veículos sempre estiveram presentes na série Battlefield e neste jogo tornam-se bastante importantes, sendo fácil deslocar-nos para uma zona de acção e até é possível estar mais de um jogador no mesmo veículo para causar dano adicional com armas especiais ou simplesmente por tirar partido de estes serem veículos em andamento.

Graficamente o jogo mostra-se com uma qualidade bastante boa, mas apesar disso nem tudo são boas notícias. O jogo mostra-se com uma framerate fixa de 60fps durante boa parte do jogo, mas a resolução reduzida da versão Xbox One (720p) mostra-se as suas falhas quando nos aproximamos um pouco mais do ecrã. Mesmo assim alguns detalhes como expressões faciais e não só estão bem conseguidos.

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Battlefield: Hardline é um passo noutra direcção mas que ainda assim se mostra um pouco tímido. A Visceral Games tentou adicionar novos elementos como a campanha em formato episódico e a acção furtiva, mas podia ter mexido um pouco mais com a fórmula. Pontos como a inteligência artificial do jogo e a apresentação podiam ter recebido um pouco mais de atenção.

A série continua forte e relevante nos dias que decorrem e este jogo mostra que a mesma consegue enveredar por caminhos novos. Espera-se que as apostas sejam um pouco mais fortes nas próximas edições, mas mesmo assim esta é uma experiência positiva que servirá como plataforma de lançamento para outras.

Positivo:

  • Uma abordagem diferente da série
  • Tema policial dá alguma frescura
  • Formato episódico
  • Multiplayer bastante divertido…

Negativo:

  • …mas alguns modos podem não estar correctamente polidos
  • Apresentação e framerate inconstantes em certas situações
  • Inteligência (ou falta de dela) artificial dos inimigos

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