PróximoNível ao Domingo T4 – Artigo 25 por Alexandre Barbosa

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Bem-vindos a um novo PND, como já é habitual este é um espaço para recomendações, no entanto hoje como sou eu a tomar conta da rúbrica decidi escrever sobre apenas um tema.

 

Para Lembrar – Parte I

O primeiro RPG que alguma vez joguei foi talvez o primeiro que muitos de vocês jogaram, falo de Pokémon Blue/Red. No meu caso foi a versão Azul, já que praticamente todos os meus amigos tinham a versão vermelha, aliás sempre fui do contra. Quando todos falavam da versão Gold eu escolhi a Silver, quando todos queriam a Saphire eu quis a Ruby.

Comecei então a minha grande aventura quando tinha 6 anos. Ainda me lembro de ter ido ao mítico FeiraNova e de ver o Pokémon Blue e o Pokémon Red dentro de uma vitrina em exposição. De imediato apontei para o Blastoise, e lá fui para casa com a caixa de cartão envolta num irritante slofane.

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Tal não foi a minha impaciência que ainda nem tínhamos saído do parque de estacionamento já eu andava com a disquete nas mãos á espreita do candeeiro de rua mais próximo para voltar a vislumbrar a tartaruga azul. Quando finalmente cheguei a casa após uma viagem de 5 minutos, que me pareceu longa o suficiente para me tornar o sócio nº100 do clube de reformados do Pinheiro de Loures, lá agarrei no GameBoy Pocket inseri a disquete e liguei o bicho de bolso. Claro que não me podia deixar jogar, afinal desde quando é que uma disquete funciona sem o mítico sopro?

Depois de umas assopradelas lá comecei a ouvir a música… e depois apercebi-me de algo… EU NÃO SEI LER INGLÊS! O eu de 6 anos era mesmo burro, mas felizmente também era teimoso. Tanto que me orgulho de dizer que rivalizei com o Twitch Plays Pokémon, afinal de contas após algum tempo sem saber como gravar, lá gravei uma vez por acidente no entanto nunca fora além de Veridian City, porque um velho que me parecia uma Chansey não saía do caminho. Eu e o meu Wartortle de nível 25 andamos felizes durante quase 20 horas até acidentalmente passar o tal velho. Bem entre New Games e Continue lá fui aprendendo o que tinha de fazer.

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Já agora será que fui o único a apelidar as cidades como, “cidade do primeiro ginásio”, “cidade do segundo ginásio” etc? Bem para dizer a verdade ainda o faço hoje em dia, é muito mais fácil do que me lembrar de mais 9 nomes, já na altura me bastava saber os 151 Pokémon, e posso dizer que hoje em dia sei os 721.

Empanquei em vários sítios, desde o Mt. Moon, “Caverna Escura”, e o S.S.A.. Iria demorar quase 6 meses para chegar á liga pela primeira vez. Apesar de não entender o que o jogo dizia, fui inventando pelo caminho, e como eu muitos outros. Entre o meu grupo de amigos circulavam rumores desde o Mew que alguém vira, até ao “Missingno” e todo o tipo de histórias mirabolantes. Por incrível que pareça esta é talvez a razão pela qual me apaixonei tanto por este universo.

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Após muito sofrimento lá acabei por vencer o “Gary” e fiquei tão contente com o meu triunfo que deixei cair o GameBoy no sofá e através da antiga ciência das pancadas o meu jogo fez reset, o que não impediu o meu festejo. Foram pulos de genuína alegria que antecederam o Pokémon Amarelo e os meus primeiros palavrões para um jogo onde o Brock foi o meu Nemesis. Damn you Pikachu!

 

Espero que tenham gostado e até uma próxima, quem sabe com uma segunda parte.

Smell you Later.

Alexandre Barbosa
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