007 Artigo Especial 1 – Do Pior…para o Melhor! #9 – James Bond (Atores)

Nota Geral: Esta rubrica pretende ordenar em termos de qualidade, inúmeros videojogos, filmes ou outras obras de entretenimento, dentro da sua franquia. Isto não quer dizer que, por uma coisa estar em último lugar, seja necessariamente má, simplesmente em comparação com as restantes é mais fraca. Reforço que esta rubrica é baseada numa opinião meramente pessoal.

Nota da Edição: A versão de Bond, de David Niven, foi excluída da edição por razões óbvias, uma vez que o único filme onde apareceu Casino Royale (1967) não é da tutela da Eon Productions. Salienta-se também que, trata-se do primeiro de três artigos, dedicados à franquia de James Bond ou 007, uma vez que este mês marca a estreia do 25º filme do espião mais conhecido do mundo e a última prestação de Daniel Craig no papel.

 

6 – George Lazenby (1969)

Com apenas um único filme na pele de James Bond, em On Her Majesty’s Secret Service (1969) é até um pouco injusto compará-lo com os restantes. Não apenas isso, mas por ser o sucessor de Sean Connery. Era um manto demasiado pesado para se carregar às costas, até por ninguém à época, conseguia imaginar outro ator diferente, do original, nas mãos de Bond. Dando uma vista de olhos na carreira de Lazenby fica claro que o mesmo tinha pouca experiência na área de atuação.

Mesmo que no filme até tenha sido um papel modesto para o que era pretendido, esteve longe de chegar perto às melhores versões de 007. Foi lhe reservado um dos finais mais emocionais e agridoces da franquia, com a trágica morte de Tracy, com quem tinha acabado de casar. Foi aqui onde Lazenby conseguiu elevar um pouco a fasquia da sua atuação. No geral, é um Bond esquecível, embora On Her Majesty’s Secret Service (1969) tenha sido um marco na cronologia da série.

 

5 – Roger Moore (1973-1985)

Roger Moore marcou duas gerações de fãs, e marcou igualmente uma era voltada para um tom mais leviano, associado em grande parte, ao humor e situações cómicas. Com um total de sete filmes, foi quem interpretou James Bond o maior número de vezes, isto se ignorarmos Never Say Never Again (1983) de Sean Connery. Uma breve observação pelos livros de Ian Fleming, o criador da personagem, torna-se claro que Moore é quem mais foge da caracterização original da personagem literária, sendo o Bond mais peculiar de todos os que já passaram pelo papel.

É lhe associado as cenas de ação mais espalhafatosas e exageradas da série, escusado será mencionar Moonraker (1979). Por sinal, foi dos 007 que mais evitou fazer este tipo de cenas, deixando-as para o seu dublê, mas nunca recusando os inúmeros encontros com as bond girls. Mesmo que os filmes onde foi inserido, até tenham a sua vertente de entretenimento e diversão bem presentes, é um James Bond que nunca me conseguiu convenceu, talvez por não levar o papel tão a sério, como os restantes.

 

4 – Timothy Dalton (1987-1989)

Estava indeciso em quem colocar nesta posição e na seguinte, foi praticamente um empate, mas acabei por escolher aqui Timothy Dalton, que interpretou o famoso espião em apenas dois filmes. A sua entrada na série gerou polémica na altura, visto que já se falava em Pierce Brosnan como uma escolha certa, mas devido a um conflito com o contrato deste último, com uma estação de TV, Brosnan ficou indisponível. Tendo sido dada a oportunidade a Dalton para o papel, até porque Moore já estava a ficar um pouco velho para o papel, levando em consideração que Fleming desenhou-o para alguém nos seus trinta e poucos anos.

Seja como for, Dalton foi quem levou à letra a sua função, tendo feito o trabalho de casa, no que toca a preparar-se para o papel, tendo lido todos os livros de onde a personagem foi tirada. Renovou James Bond ao dar-lhe uma vertente mais realista e fria no que toca ao seu modus operandi, simultaneamente que reforçou uma faceta mais humana da personagem, na sua relação com as bond girls. Este equilíbrio trouxe ao de cima, uma das interpretações mais versáteis e fidedignas da personagem nas telas de cinema.

 

3 – Daniel Craig (2006-2021)

Foi em pleno 2005, que Daniel Craig foi anunciado como o sucessor seguinte do manto de James Bond, foi uma escolha muito polémica, embora hoje em dia se tenha perdido um pouco desta noção, a verdade é que na época teve um impacto negativo. Quando Casino Royale (2006) estreou, quem estava reticente mudou rapidamente de ideias. Craig conseguiu fazer uma renovação da personagem para os tempos modernos do novo século, inspirando-se noutro sucesso da altura, The Bourne Identity (2002).

Olhando em retrospetiva, Daniel Craig foi quem mais fugiu à caracterização dos outros Bond que lhe antecederam, tentado trazer algo único e nunca antes visto. Através de um tom mais duro, e uma abordagem mais pesada e brutal, em especial nas cenas corpo a corpo e combate, perdendo um pouco do charme que por exemplo, Connery e Brosnan deram a 007. Para todos os efeitos, foi uma mudança mais do que necessária. Sendo até um reboot para a série, uma vez que esta era de Daniel Craig é das que mais deu importância à continuidade da história ao longo dos filmes, e sobretudo, na evolução das personagens.

 

2 – Pierce Brosnan (1995-2002)

O ponto central daquilo que pautou a personagem de James Bond, está relacionado com o facto de se tratar de um espião em plena Guerra Fria. Com o fim da mesma, já em plena década de 90, Pierce Brosnan foi o primeiro a separar-se desta temática, que estava na essência tão marcada da personagem. Brosnan trouxe ao de cima uma personalidade que misturou um pouco  de todos os Bond que vieram antes, em especial Connery e Moore. Embora ainda não tivesse vivo no auge da era de Brosnan, foi o primeiro Bond a que fui exposto, cuja filmografia tem o meu filme favorito da franquia, GoldenEye (1995).

A interpretação de Brosnan representou também um regresso em forma ao glamour e charme que Connery atribuiu à personagem nos anos 60, aquele sentimento de querer ser como James Bond, como uma espécie de role model para uma geração inteira. Ainda que os filmes onde atuou não tenham sido os melhores da série, refiro-me em especial a Die Another Day (2002), foi Pierce Brosnan que sustentou a personagem e a tornou em algo cool para os mais novos. Criando uma experiência muito melhor e facilmente digerível, do que acontecia, contrariamente, nas longas-metragens de Moore.

 

1 – Sean Connery (1962-1971)

É inegável, Sean Connery é o James Bond. É a versão definitiva da personagem. 007 só é o fenómeno que é hoje graças à pujante presença e personalidade que Connery contribuiu ao viver na pele de James Bond por seis filmes. Inclusive é a era mais consistente ao nível de qualidade, sendo toda a sequência de Dr. No (1962), From Russia With Love (1963) a Goldfinger (1964), um marco da sétima arte.

Não é ao acaso que 007 é a franquia mais antiga do mundo do cinema ocidental, que perdura até aos dias de hoje. Foi graças a este ator que tudo começou e que sem ele muito provavelmente o cenário não seria o mesmo. Não tenho muito mais do que acrescentar além disto. Connery foi e facilmente irá continuar a ser o melhor ator, a carregar em memória, para as gerações futuras, aquilo que é James Bond, até como influência para os atores que se seguirem.

 

Podem conferir as últimas oito edições desta rubrica clicando aqui.

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