Final Fantasy VII Rebirth foi um dos grandes lançamentos da PS5 do ano passado e obteve uma boa aprovação geral (inclusíve na nossa análise), por isso a chegada ao PC foi para muitos a primeira forma de o conseguir experimentar livremente. Claro que a chegada ao PC de um jogo deste calibre, também é uma boa forma de porem os vossos PC à prova e jogar o jogo na sua forma “suprema”.
A parte boa, pelo menos em relação ao conteúdo, é que Final Fantasy VII Rebirth chega ao PC como o mesmo jogo e sem alterações, por isso, a experiência é a mesma que os jogadores de PS5 já tiveram em termos de história e conteúdo. Confusos em relação ao nome? Pois bem, Final Fantasy VII Rebirth conta a segunda parte da história do remake de Final Fantasy VII que não é exatamente um Rebirth, mas sim uma versão alternativa da história original. As novas situações, narrativa e elementos de combate e exploração são muito bons dentro do seu contexto (claro que não há combates por turnos), mas sabemos que os puristas não são assim grandes fãs de algumas das liberdades.
Esquecendo este ponto, a verdade é que Final Fantasy VII Rebirth é um grande jogo e um projeto de grande dimensão que tem áreas mais abertas e muito mais para explorar do que Final Fantasy VII Remake, sendo ao mesmo tempo muito familiar e bastante diferente. Também foram adicionados vários mini-jogos (ao ponto de parecem até demais) e diversas atividades alternativas espalhadas pelo mapa que variam entre diversão e effeito “lista de compras”, mas que se tornam quase compulsivas de resolver cada vez que se chega a uma nova região do continente.
Claro que podem saber muito mais sobre os restantes elementos do jogo através da nossa análise orginal que podem ver ao carregar neste link! Caso já o tenham feito ou já conheçam o que podem esperar, o mais importante de perceber nesta versão PC é a qualidade da sua conversão e como este se comporta nos PC‘s atuais. Era fácil ver que Final Fantasy VII Rebirth sofria muito com problemas de desenho em profundidade, pop-ins (quando os objetos começam a aparecer do nada) e até baixas texturas em elementos mais distantes. Pois bem, muitas destas coisas foram vastamente aliviadas aqui, mas algumas coisas ainda acontecem e nem tudo são rosas.
Para começar, Final Fantasy VII Rebirth não está espetacularmente optimizado. Tudo começa no menu que tem algumas selecções de resolução bastante estranhas. Por exemplo, não existe fullscreen, apenas Window ou Fullscreen/Window (Borderless), o que não é o ideal para quem pode ter programas a correr no background. Depois temos o problema do upscaller, que esquece o FSR sem necessidade de mods (ou seja, AMD fica a perder) e o DLSS não têm um menu simples para definir entre qualidade e performance, além de uns sliders com máximos e mínimos que até eu tive de ir à procura para perceber como funcionavam. De resto, existem as definições tradicionais de qualidade que numa boa máquina fazem deste um jogo bonito.
Os problemas surgem porém em outro lado quando falamos da resolução, pois o jogo não faz uma boa adaptação a todos os estilos de ecrãs. A jogar no monitor em 144Hz com 1440p, o jogo manteve entre 70 a 80 fps dependendo das áreas. A jogar na televisão OLED com os mesmos 1440p e 120hz, os FPS cairam quase sempre para a casa dos 45fps a 55fps, o que não faz muito sentido, especialmente depois de dar voltas às definições e obter os mesmos resultados. Mais estranho ainda, meter a OLED a 4k, fez com que os FPS ficassem dentro dos mesmos valores, o que faz menos sentido ainda. Estes problemas de optimização não deviam surgir numa era onde uma boa parte dos jogadores de PC não são exactamente entusiastas de andar a brincar com menus e mods.
Visualmente, Final Fantasy VII Rebirth é bonito e com cenários fantásticos. Os modelos das personagens também são altamente detalhados e especialmente em cinemáticas, é um deslumbre. É pena que várias texturas mais fracas dos cenários não tenham sido corrigidas para esta versão e acima de tudo, que ainda se note o efeito serrilhado em alguns elementos, como cabelos das personagens que precisam de bastante anti-aliasing para ficarem mais apresentáveis (em especial em Cloud).
Resumindo, Final Fantasy VII Rebirth no PC é uma boa opção para quem não jogou na PS5 e espera o essêncial. Por outro lado, não se trata de um lançamento global que tivesse de ter sido apressado e o facto de vir sem FSR ou XeSS, com opções estranhas de definições e falhas de optimização, não fazem de todo sentido. É certo que muitos destes elementos serão corrigidos com patches no futuro, mas quem lançava agora, também lançava em Março ou Abril com tudo afinado. Se forem jogar a 60fps com 1080p ou 144op, com uma máquina decente, já vão ter bastante diversão. Quem quiser puxar mais pelo jogo, vai ficar algo dececcionado.
Positivo:
- Direcção Artística ajuda a compor o visual
- A melhor experiência em termos gráficos comparado com a PS5
- Poder correr o jogo com maior resolução
- Menos problemas de pop-in
Negativo:
- Mal optimizado
- Faltam ferramentas de gráficos convencionais
- FSR e XeSS descartados
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