PS VR2 – Primeira experiência caseira

Embora o PróximoNível costume receber material de análise antes ou na altura de lançamento, infelizmente ainda não tínhamos tido acesso a um Playstation VR2, tirando uma visita curta ao espaço da Playstation.

Para mim era um periférico que estava desejoso de experimentar, em especial por ter usado o PS VR 1 ainda umas quantas vezes e feito uma quantas análises. Acontece que esse momento chegou, pois no passatempo recente da Playstation dedicado à comunidade e meios, o meu vídeo de meio ganhou o primeiro lugar e assim, tive direito a um PSVR2.

Claro que embora tenha sido um prémio ganho com uma participação, faz mais do que sentido recuar no tempo e realizar o trabalho que ainda ficou por fazer quando o aparelho foi lançado. Afinal, ainda há muita gente que não o tem e outros que gostariam de saber qual a experiência de outros. Por isso mesmo, este é um resumo dos primeiros dias de PSVR2, o qual vai levar a análises de alguns jogos.

Para começar há algo que dei mais importância do que estava à espera, a caixa. Já a tinha visto várias vezes à venda, mas foi quando a expus na prateleira que deu para apreciar o quão simples e “teckie” ela é, com o desenho do headset e dos comandos. Parece bastante chamativa no bom sentido.

A experiência de abertura da mesma é menos entusiasmante. Abrimos a caixa para abrir uma segunda caixa e debaixo de uma folha de espuma temos o VR acompanhado dos dois comandos. Um manual de instruções, cabo de carregamento e uns fones de ouvido que fiz prontamente questão de nem sequer tirar da caixa. Para que uma coisa destas quando hoje em dia temos muito melhor por casa. Além disso, já tinha os Pulse preparados.

Ligar o PSVR2 é muito simples e rápido, não há cá caixas de transformação e vários cabos. É apenas o USB-C directo à entrada da frente da consola e está feito. Claro que isso seria o mundo ideal…mas não é, porque os comandos são dois e ambos estavam descarregados (o que é estranho nestes equipamentos novos). Por isso tive de fazer uma “giga-joga” de carregar um comando na consola, outro no PC e felizmente, já tinha carregado o Pulse. Isto é uma gestão de energia e tanto!

A programação foi fácil, o PSVR2 faz uma leitura do espaço onde se encontra e tem modos de jogo para sentado, em pé e com movimento. Com isto cria uma play-area que nos indica quando já estamos a fugir demasiado da área de jogo. Mas a melhor novidade é o facto do PSVR2 ter a capacidade de injectar o mundo real para o seu interior, criando um ambiente cinzento, mas que nos permite ver onde andam as coisas, pessoas, animais, etc, tudo com o pressionar de um botão. Obrigado!

A adaptação à cara também tem várias funcionalidades que vão desde o apertar da cabeça, ao apróximar do visor e ainda uma presilha que ajusta a altura do nariz, o que dá muito jeito. O headset não é nada pesado, embora ainda continue a ser algo incómodo ao fim de algum tempo, em especial por começar a ficar quente, o que leva a transpirar muito (especialmente agora que estamos no Verão).

A qualidade das lentes e a forma como capta o movimento dos olhos faz dele um dos VR que experimentei com melhor qualidade visual até hoje, só é pena que desfoque um pouco nas pontas ou na zona periférica do olhar. Isto é especialmente mais notório em modo teatro, onde podemos usar o Headset apenas como uma TV glorificada onde aumentamos ou diminuímos a imagem.

Como o PSVR2 não vinha com jogos, tive de ir desenterrar coisas da biblioteca e experimentei Gran Turismo 7 (jogo da praxe) e claro que não podia não experimentar No Man’s Sky. Porém aqui temos outro problema do PSVR2. Gran Turismo 7 permite jogar com Dualsense e funciona muito bem. Já No Man’s Sky obriga a usar os comandos de movimento por algum motivo estranho. Como os comandos de movimentos são demasiado “inventivos” e tentam ser extremamente dedicados a movimentar o corpo para realizar as acções, fiquei com muita pena de ter esta barreira de entrada quando funciona lindamente num comando normal.

Os comandos são muito bons no geral e bastante precisos, mas foi a jogar Beat Saber que deu para perceber que não só vão ficando escorregadios, como ainda têm tendência a virar sobre eles próprios. A isto posso juntar uma queixa também de que não são os ideiais para todo o tipo de mãos.

A minha experiência inicial com o PSVR2 não foi a mais fantástica, mas não estou desiludido. Acredito que vão ser os jogos mesmo feitos de origem para ele que me vão arrebatar. O Horizon Call of the Mountain foi bastante impressionante de experimentar e quero muito jogar o próximo Firewall Ultra.

Como Headset VR, o PSVR2 é o melhor que já experimentei, como máquina de jogos, ainda tem de dar mais provas do quão imersivo e diferenciador consegue ser. Como gimmick, é fácil de usar, mas requer muita preparação.
As expectativas são boas. Vamos ver se a Playstation vai continuar a apostar no seu crescimento.

Podem contar com artigos sobre jogos PSVR2 em breve.

Daniel Silvestre
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