Viva gente, e obrigado desde já ao Daniel e a todo o PróximoNível pelas boas vindas e pela oportunidade de não vos maçar (muito) neste domingo, mas deixar-vos uma leitura agradável e sugestões ainda melhores. Estas vão partir da minha parte emocional como jogador, pois não consigo ter outra sobre o assunto em questão. Aqui vai…
Para recordar:
A sensação de surpresa
Lembram-se daqueles momentos em que esperavam por aquele programa de TV, ou aquela revista mensal para saberem todas as recentes notícias ou datas de lançamento? Aquela sensação era algo que nos mantinha ansiosos, com um nervoso miudinho sobre o que será que tinha acontecido nesse mês, uma coisa que nos fazia pensar que era também por isso que gostávamos tanto do mundo dos jogos, não só pelas emoções ao jogar, mas também pelas emoções da indústria como um todo.
Nos tempos que correm, os meios de comunicação zelam cada vez mais e mais (e arrisco-me a dizer um terceiro mais) pela instantaneidade, não só por culpa das “novas” tecnologias, mas também pela necessidade insaciável da humanidade para ter tudo o que quer/precisa o mais rápido possível, mas este “rápido” passou a instantâneo.
Um exemplo onde se pode verificar esta situação é no Twitter, onde me lembro de seguir alguém que esteve presente numa E3 onde estava a receber notificações de 5 em 5 segundos que iam desde as coisas mais básicas (“a parede de fundo é verde!”) até às mais arrebatadoras que muito sinceramente não me lembro quais foram, talvez por causa deste mesmo tema em questão, sobre o “tsunami” de informação que nos é agora dado.
Há quanto tempo é que uma convenção de jogos foi completamente nova em relação aos assuntos tratados? Poucas são as pessoas que realmente ficam maravilhadas com as coisas que são apresentadas dia a dia sobre estes assuntos, pois mesmo essas são arrebatads por alguém num aleatório comentário, (que pode até evocar a escolha da profissão nocturna da progenitora dessa mesma pessoa) que lhe diz que já sabia disso há pelo menos 3 meses, 1 semana, 5 dias, 7 horas e 53 minutos … e isto simplesmente porque não tinha visto os segundos também.
Isto passa-se também com os próprios lançamentos onde datas são conhecidas com certeza em 2 anos de antecedência, em que o público não pode esperar e então são apresentados com um pré-alpha-centauri-non-pragramavus, onde é realisticamente uma demo com bastantes defeitos a preço de retalho e figurativemnte, um cubo e uma esfera modelado a 3D com um fundo cinzento onde o jogador pode levar a sua imaginação à loucura mesmo com estes dois sólidos geométricos.
“Está quase Gold pessoal!!!” diz o chefe na apresentação deste jogo.
Peço então neste pequeno recordar, que se separem um bocado desta era de “stress” e pensem num tempo mais simples onde a sensação de esperar por algo que realmente queriamos saber ou jogar era bom, e a felicidade com que nos deixava saber que a data em que isso iria acontecer estava cada vez mais próxima, e o tal nervoso miudínho que falei incialmente que nos fazia sentir VIIIIIVOS!! … ou pelo menos a saber como iriamos ter o dinheiro para comprar a revista ou jogo que tanto desejavamos comprar.
Para ler:
Uma revista…
Não das que tinha meninas em uniformes diminutos de trabalhos diurnos, mas daquelas que vos falei no ponto anterior. Tanto para verem a diferença entre o jornalismo de jogos e a maneira de cativar dos anos 90′ ou até inícios de 00′, comparativamente com agora … faz-vos bem…
Para jogar:
Resident Evil HD Remaster
Para continuar no espírito de algo que existia antes, o jogo Resident Evil, o qual joguei porque um colega meu tinha, e sempre que ele trazia a mítica One para minha casa, (não esta one, a outra one … sim essa one) não se esquecia de trazer este brilhante jogo do catálogo da PS, o na altura pináculo dos jogos de terror, e com toda a razão (que infelizmente sofrera com a evolução dos tempos) desenvolvido pela Capcom, e lançado pela primeira vez em 1996, teve muito recentemente o seu merecido “facelift” HD, pois era um jogo que pessoalmente em termos de jogabilidade envelheceu extremamente bem, no entanto em termos de grafismo, começou a mostrar as suas rugas. Mas folgo em saber que a Capcom tratou uma das suas pérolas exactamente como devia.
Tratando apenas dos pontos que eu toquei aqui, deixando a câmara fixa no sítio (see what I did there?) e a jogabilidade tal como ela estava em 1996, simplesmente mais fluída devido ao melhoramento gráfico. Pelo que tenho visto, é possível que este seja um dos melhores e necessários remakes a um jogo da nossa infância, que se quisermos ser politicamente correctos não o deveria ter sido, pois segundo vozes mais sábias, podiamos fazer xixi na cama, ou ter medo do nosso zombie de estimação que simplesmente estava lá por casa sem fazer mal a ninguém … ou isso era só eu? …
A única coisa que realmente dá pena, é deixar de existir estes hilariantes momentos, mas pelo menos que seja tudo em prol de um honroso “remaster”.
Para ver:
Video Game HighSchool (VGHS)
Não me recordo se isto já foi indicado aqui por alguém, mas visto que estou a pensar em rever as temporadas que existem, e também saber de futuras, se é que vão haver, esta série criada por Freddie Wong (freddiew nas “internets”, um exímio jogador de Guitar Hero e um excelente cineasta e especialista em efeitos especiais) inteiramente dedicada aos videojogos e com base na nossa era de “MLG”, deixa a pensar e a desejar que também gostávamos de frequentar a escola, tal como Hogwarts, onde os diferentes gangues não são os nerds, os atletas, as miúdas giras, e etc … mas onde todos são nerds, no seu próprio tipo de jogo é claro, o que torna as rivalidades igualmente ferverosas ou até mais, do que num liceu normal.
Ao pôr o primeiro episódio espero meter o bichinho a quem já viu para rever, e a quem ainda não viu, para ver até ao fim.
Para ouvir:
Postmodern Jukebox
As camadas jovens do PróximoNível, talvez não tenham conhecimento da minha paixão por Bioshock, mas esse é um jogo que eu simplesmente não consigo sequer traduzir por palavras aquilo que representa para mim, foi algo bastante emotivo que mudou em muito a minha maneira de ver um jogo agora. Em termos de música, sempre apreciei estilos clássicos, há um certo ritmo ali, um certo espírito que simplesmente não consigo ver em 70% das músicas da actualidade. Quando estes dois aspectos se juntam, fico simplesmente boquiaberto com o resultado. O que apresento aqui é uma banda formada por Scott Bradlee e amigos, que ao utilizar músicas de agora, consegue torná-las verdadeiras composições com consistência e alma onde muitos não conseguem.
Eles utilizaram esta música, pois para quem jogou Bioshock Infinite, sabe que esta se encontra lá como cover na praia onde estão pessoas a dançar (se não estou em erro, e qualquer coisa corrijam-me nos comentários) e também, ao explorarem Colombia, consegue-se ouvir num “tear” que está dentro de uma casa algo destruída, o tema original de Cindy Lauper “Girls just wanna have fun”, em que se nos aproximar-mos muito o “tear” desaparece, no entanto foi um bom pequeno easter egg que ainda me pôs mais “mindfuck” do que já estava.
Deixo-vos então com uma cover feita pelos Postmodern Jukebox, desta mesma música, com um toque vintage ao estilo da época de Bioshock, e aconselho vivamente a ouvirem todos os outros temas cobertos por eles. Enjoy.
Espero que tenham gostado deste meu “espirro” mental para o papel, e até a uma próxima. Não se esqueçam de se candidatar para os próximos PND!
\m/ Kronos \m/
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