PróximoNível ao Domingo T4 – Artigo 08 por Leonsuper

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Olá! Tudo bem? Bem-vindos ao PróximoNível ao Domingo. É a primeira vez que escrevo para esta rubrica, espero que gostem!

Para Recordar:
Twin Peaks

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Iniciada em 1990 e cancelada em 1991, após apenas duas temporadas, Twin Peaks é uma série de culto criada por Mark Frost e (pelo grande, genial e espectacular) David Lynch. A sua estória gira em torno do assassinato da jovem Laura Palmer, ocorrido na pequena cidade que dá nome à série, e da sua investigação, liderada pelo agente do FBI Dale Cooper.

Com personagens originais e memoráveis, uma estória espectacular, uma muito boa banda sonora, e uma mistura excelente de terror, mistério, comédia e surrealismo, a série recebeu críticas muito positivas, várias nomeações para os Emmys e para os Globos de Ouro, e é actualmente considerada por muitos críticos uma das melhores de sempre. Após o seu cancelamento, David Lynch planeou a realização de três filmes, que iriam concluir os acontecimentos deixados em aberto no último episódio, mas ficou-se apenas pelo primeiro. A prequela Fire Walk With Me recebeu bastantes críticas negativas e não rendeu o suficiente para poderem ser feitos os outros dois filmes. Apesar de estar longe do nível da série, não deixa de ter alguns bons momentos, e conta com a presença de, entre outros, Kiefer Sutherland (9 anos antes de assumir o papel de Jack Bauer) e David Bowie.

Mesmo tendo alguns episódios mais fracos na segunda metade da segunda temporada, Twin Peaks é uma série de grande qualidade, e recomendo-a a qualquer pessoa que tenha o mínimo de interesse em séries originais e diferentes do habitual.
E porque é que eu decidi falar sobre ela? Porque a última segunda-feira foi, para os seus fãs, um dia de grande felicidade. Foi confirmado o regresso da série, que irá voltar com 9 episódios novos em 2016 (que supostamente serão todos realizados pelo David Lynch!), 25 anos após o seu fim original.

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Para Jogar:
Deadly Premonition e Device 6

Acham que Twin Peaks é interessante, mas preferiam que fosse um jogo? Então deviam jogar Deadly Premonition. Claramente inspirado pela série, o jogo também é protagonizado por um agente do FBI que investiga um misterioso assassínio numa pequena cidade, e várias das suas personagens têm semelhanças com personagens de Twin Peaks.

Mas não fiquem a pensar que é uma cópia inferior. Deadly Premonition é uma boa homenagem, mas também tem várias características diferentes. Pelo que joguei até agora, o este contém mais elementos sobrenaturais do que a série, e parece focar-se mais na estória principal do que nos habitantes da cidade. História esta que é muito boa e está recheada de diálogos de qualidade, acompanhados de uma boa banda sonora e de um voice acting competente.

Infelizmente, alguns efeitos sonoros são maus, os gráficos são datados, o mapa está muito mal implementado e a jogabilidade podia ser melhor, especialmente nas secções de combate, mas tudo isso é compensado pelos pontos positivos do jogo, que fazem com que este valha a pena ser jogado. Não há muitos jogos como este.

Outro jogo diferente do habitual, mas este em termos de jogabilidade em vez de estória e personagens, é o Device 6, um exclusivo para iOS. Produzido pela produtora sueca Simogo, os criadores de Year Walk, Device 6 é um jogo de aventura e puzzles, onde a estória é contada quase só através de texto. Apesar de ter também imagens e sons, o foco do jogo é o texto e a maneira como este é apresentado, fazendo com que Device 6 seja, de certa forma, uma espécie de livro interactivo.

É difícil explicar como é que o Device 6 funciona, até porque não joguei nenhum jogo com que o possa comparar, mas é fácil indicar os pontos positivos do jogo. A estória é interessante, bem escrita e contada de uma maneira única, os puzzles são inteligentes, a jogabilidade é original e os visuais e som criam, em conjunto com o texto, uma atmosfera excelente.

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Para ver:
Diggin’ in the Carts

Diggin’ in the Carts é uma série de vídeos feita pela Red Bull Music Academy sobre música de videojogos japonesa. A série é composta por 6 episódios (o 6º deve sair nos próximos dias), cada um com um tema diferente. Nestes vídeos são entrevistados vários compositores japoneses, como Yoko Shimomura (Street Fighter 2, Kingdom Hearts), Nobuou Uematsu (Final Fantasy), Hirokazu Tanaka (EarthBound, Metroid) e Yuzo Koshiro (Streets of Rage), e também músicos de outras nacionalidades e estilos que foram influenciados por este tipo de música, como Flying Lotus, um dos mais conceituados produtores da actualidade, e Anamanaguchi, uma das bandas de chiptune com mais sucesso, e compositores da banda sonora de Scott Pilgrim vs. the World: The Game.

Os vídeos estão muito bem feitos e interessantes, e são uma boa maneira de descobrir músicas e ficar a saber mais sobre algumas das bandas sonoras de videojogos mais marcantes e importantes. Todos os episódios, algumas informações e pequenos vídeos extra, estão disponíveis aqui (clicando no “aqui” abre-se a seguinte página.

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Para ouvir:
The Smiths

Segunda-feira foi um bom dia não só para fãs de Twin Peaks, mas também para os fãs de Smiths. O vocalista Morrissey deu um concerto em Lisboa (ao qual, para minha infelicidade, não pude ir). Não, desta vez não cancelou!

Para quem não conhece, os The Smiths foram uma das bandas dos anos 80 com mais sucesso, e provavelmente a banda de jangle pop mais famosa e influente de sempre. Devido ao estilo único único da voz de Morrissey e da guitarra de Johnny Marr, a banda alcançou um enorme sucesso, tanto crítico como comercial.

A banda lançou vários álbuns muito conceituados, como The Queen is Dead e Hatful of Hollow, que são constituídos por grandes músicas, como “This Charming Man”, “How Soon is Now?”, “Asleep”, e o maior sucesso da banda, “There is a Light That Never Goes Out”. Se já os conhecem, continuem a ouvi-los, se não, comecem a fazê-lo, e depois deem também uma oportunidade aos trabalhos a solo de Johnny Marr e Morrissey. Malhas como “Suedehead”, “Hairdresser on Fire” e “First of the Gang to Die” estão ao nível de alguns dos melhores trabalhos dos Smiths.

Cliquem aqui, não se vão arrepender:

Espero que tenham gostado deste PND, não se esqueçam de deixar as vossas opiniões na secção de comentários. Para a semana há mais!

Daniel Silvestre
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