Durante anos a fio, tentativas de criar novas mascotes foi uma das prioridades de cada companhia da indústria dos videojogos. Embora a Sega já tivesse Sonic como a sua mascote, isso não impedia que fossem feitas novas tentativas para criar novas mascotes interessantes.
Se por esta altura a Sega Saturn nos deu personagens como Nights e Bug (que merece ter o seu próprio artigo), também a equipa interna da Sega estava interessada em outra série de plataformas com um soldado de chumbo no papel principal.
O meu primeiro impacto com Clockwork Knight 2 foi do mais estranho que podia haver, pois foi-me forçosamente emprestado por uma família que era mais amiga dos meus pais do que minha, sendo que o filho deles tinha demasiados jogos que já não jogava e eu podia querer jogar. Por isso mesmo, três jogos de Sega Saturn apareceram de para quedas na minha vida.
Curiosamente já nem me lembro de quais eram os outros dois jogos, mas Clockwork Knight 2 foi o que mais me chamou a atenção e embora nunca tivesse jogado o primeiro, a ideia de bonecos de um mundo de crianças puxou logo pelas minhas boas memórias de Toy Story.
De facto, Clockwork Knight 2 era um jogo de plataformas como não estava à espera. O visual é bastante surpreendente e com muito bom aspecto, já tendo vários elementos de 3D à mistura e alguns cenários bastante interessantes. O nosso personagem, Pepperochau é bastante versátil e já sabia usar uma chave como arma ainda antes sequer de Sora ser sequer uma vaga ideia.
Além do visual e estilo muito próprios, este é o estilo de jogo que prende por ser diferente logo a início. Logo na apresentação somos brindados com uma cinemática longa, cheia de vida e acompanhada de uma salsa verdadeiramente viciante. O mesmo acontece durante o resto do jogo, pois todos os cenários são acompanhados de jazz, instrumental county, entre outros estilos que despertam a atenção.
Apesar de ser algo curto, Clockwork Knight 2 foi daqueles jogos que me senti tentado a jogar vezes e vezes sem conta, motivo pelo qual acho que foi o único dos três que nunca foi devolvido e acabou por ficar esquecido nas minhas mãos, fazendo parte da minha colecção.
É uma pena que a SEGA nunca tenha voltado a dar uma chance a Clockwork Knight. É claramente daqueles jogos que podiam ter pernas para andar e ser uma série de culto, mas que tal como tantos outros jogos de plataformas, foi afogado pelo tempo e pelas novas tendências.
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