O Google Stadia está oficialmente morto. A Google decidiu matar mais um projecto e afinal, depois de muitas promessas de um serviço de excelência e com um futuro brilhante, o Stadia é mais uma baixa na lista de desaparecidos em combate da Google.
Vou começar por dizer que nunca é bom quando um projecto revolucionário acaba por fechar ou morrer pelo caminho. Isto não só implica o descredito daquilo a que se compromete e também a possibilidade de muitas pessoas ficarem sem os seus empregos. No caso do Stadia, já foi dito a que a maioria ia ser transferida para outras áreas e que o resultado de toda a experiência ia ser colocada à disposição de outras companhias.
Por outro lado, com a morte do Stadia, um produto que queria provar que o futuro é mesmo o jogo por Cloud, a que é certo é que a morte do Stadia dá espaço para que os jogos físicos ainda consigam respirar de alívio (e de certa forma até mesmo os digitais).
Stadia players, find an important update on Stadia here: https://t.co/IIFRYiIYUu
— Stadia ☁️🎮 (@GoogleStadia) September 29, 2022
Rebobinando uns anos e voltando à altura em que o Stadia foi revelado, confesso que fiquei mais “nervoso” do que em qualquer outra altura. Eu vi o Onlive nascer e morrer, assim como outros serviços que experimentaram o mesmo. Eu já vi que o Streaming do Game Pass funciona, assim como o próprio Stadia funcionava. Não quer dizer que o jogo por Cloud num funcione, mas continua a estar longe de ser ideal, pois não depende apenas de si.
De qualquer forma, no nascimento do Stadia, algo dentro de mim sentiu que este podia ser efectivamente o verdadeiro grande primeiro grande passo para o início do fim. Com o Stadia, um gigante com bolsos infinitos como a Google podia muito bem ajudar a cimentar o jogo pela Cloud e da forma como foi revelado, tudo indicava que era inevitável.
Depois do seu lançamento, a coisa arrefeceu, muitas das promessas não estavam a ser cumpridas, os jogos não eram assim tantos, havia confusão em relação aos periféricos e muitas funcionalidades estavam a demorar a chegar. O início foi muito atribulado, o que fez muita gente torcer o nariz.
Quase cinco anos no mercado e com tempo para reconquistar a confiança dos jogadores, eis que a Google (mesmo depois de prometer o contrário), anuncia que o Stadia está oficialmente morte e que todos os jogadores vão receber o seu dinheiro de volta. Última estação. Fim da linha.
Os serviços de Cloud e Streaming não morrem com o Stadia e existem ainda muitos outros vivos a dar cartas. Quando tudo corre bem e está perfeito, estes serviços são fantásticos, mas ainda não são perfeitos.
Com a morte do Stadia, um dos mais promissores serviços do género, não quer dizer que o formato físico esteja “salvo”. Pensar que o digital é o futuro e que o Cloud pode vir a ser também, é inevitável. O futuro vai evoluir constantemente a infraestrutura e o que temos agora vai ser de rápido vai parecer lento dentro de poucos anos.
Mesmo assim, quanto mais tempo estes serviços demorarem a dominar o mercado, mais tempo existe para que a indústria consiga perceber qual o mercado de cada um dos formatos de jogos. Com este deslize do Stadia, talvez ainda exista mais tempo para que o físico encontre o seu espaço entre o digital e o Cloud e aconteça um renascimento tal como o Vinil está a fazer na indústria da música.
O futuro vai passar pelo Cloud, mas com tudo isto, o físico pode ter ganho um pouco mais de tempo para respirar, sobreviver mais uns anos e quem sabe, atingir o tal estatuto que o faça ficar para o futuro. Como grande fã de formato físico e coleccionador, espero que seja isso que acontece.
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