Análise – The Lego Movie 2 Videogame

  • Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Switch, PC
  • Versão de Análise: PlayStation 4
  • Informação Adicional: Imagens retiradas do site oficial do jogo.

Estamos mais uma vez reunidos para presenciar o lançamento de um jogo LEGO. Nestes últimos anos a série LEGO tem aterrado nas prateleiras à mesma velocidade que novos coelhos chegam ao nosso mundo, levando-me a questionar se ainda existe algum IP que a LEGO tenha no seu cofre para poder explorar ou se já esgotou tudo o que tinha.

Ainda não foi há muito tempo que analisei o mais recente jogo da LEGO, e nesse destaquei que este tipo de jogos não mudou muito ao longo destes anos e que necessitava imenso de modificar a sua fórmula para adicionar algo novo e fresco. Curiosamente, como se a Warner Bros estivesse a ouvir-me ou se de alguma forma as análises a videojogos valessem algo, a maioria dos pontos negativos que tinha foram abordados.

Antes de mais, tal como o nome indica, este jogo é baseado no novo filme “The Lego Movie 2“, com os jogadores a visitar locais inspirados no filme e a viver um pouco da história presente no mesmo. Digo “um pouco” porque esta mal está presente, e de o jogo ser bastante curto no que toca à sua história principal mesmo contando com algum conteúdo secundário.

Ao contrário do que havia adaptado com os mais recentes jogos, The LEGO Movie 2 Videogame não faz jus a um mundo sandbox enorme, mas sim a vários mundos isolados com o mesmo tamanho para poderem explorar à vontade. É certamente uma óptima mudança pois anteriormente os níveis eram demasiado grandes e um pouco vazios, sem realmente oferecer algo para além de studs a coleccionar e depois apenas pequenos locais com um outro tipo de coleccionáveis.

Apesar de agora estes mundos serem mais contidos, continuam a ser um pouco vazios e sem grande exploração para fazer. Existem as missões principais e umas poucas missões secundárias, bem como coleccionáveis para obter, desta vez em quantidades moderadas e espalhadas por cada mundo, mas continua a haver a mesma sensação de vazio que existia antigamente quando os jogos LEGO apresentavam um simples mundo sandbox enorme. No entanto é finalmente um passo numa boa direcção, e que com um pouco de desenvolvimento poderá tornar-se num ponto bastante positivo no futuro.

O jogo também está dividido em várias secções; existe a parte da história principal, onde visitam diversos planetas, e depois outras secções extra que contam com os seus próprios planetas para explorar e mais itens a coleccionar. Estes podem ser ignorados até terminarem o jogo ou então podem atacar os mesmos quando bem vos apetece. Ao contrário dos jogos LEGO anteriores não é necessário ter personagem X ou personagem Y para poder desbloquear certas secções que estariam bloqueadas, sendo uma mudança muito bem vinda pois anteriormente nem valia a pena explorar cada nível já que a maioria tecnicamente apenas podia ser acedida após concluir o jogo.

Em termos de jogabilidade também não existe distinção entre personagens já que todas usam os mesmos itens que o jogador desbloqueia ao longo do jogo. Podem construir objectos para progredir no nível que variam desde uma plataforma para poderem saltar, um pequeno robô que vai limpar o caminho que está bloqueado ou até um gerador que vai dar energia a qualquer tipo de equipamento que necessite. Tudo isto está acessível para todas as personagens e basicamente apenas irão necessitar destes itens para progredir no jogo. No entanto a maneira em como estes estão organizados não é eficiente. Com tantos botões extra que na realidade não servem para nada, o jogo podia ter feito uma melhor coordenação ou então dar a possibilidade ao jogador de mudar o lugar das coisas.

Tal como disse anteriormente estes múltiplos mundos são pequenos em termos de conteúdo, tendo um ar mais vazio mesmo com a inclusão de missões secundárias que por si também são escassas. E a história principal também é bastante curta, e esta não é grande coisa, recebendo apenas a narração de uma das personagens de vez me quando e sendo apenas isso, sem nada adicional presente e que explore mais o facto de isto ser um videojogo. O primeiro jogo que era baseado no primeiro filme fazia um melhor trabalho neste aspecto, e tendo em conta que os filmes de vez em quando são um pouco cientes daquilo que são e de até brincarem um pouco com os IPs que possuem, é uma pena que o jogo não tenha feito nada semelhante ao aproveitar esta oportunidade.

A jogabilidade, isto é, o combate, parece ter regredido quando comparado a entradas anteriores que eram baseadas em super heróis e oferecia poderes e mais para os jogadores poderem usar. Aqui não existe muito para além de uma simples pistola ou de atacar os inimigos com os vossos punhos. Quanto a outros elementos, por vezes tive alguns problemas com a posição da câmara. Já os gráficos não tem muito que se digam, e a banda sonora foi praticamente inexistente ou facilmente ficava fora da memória.

Apesar de fazer algumas mudanças para o melhor ainda existe muito a corrigir. Tendo em conta o que nos é apresentado e a enorme sensação de vazio e repetição presente, mais vale a quem tiver interesse ficar-se pelo filme, pois até este é mal representado aqui.

Positivo:

  • Jogo dividido em vários mundos sandbox pequenos

Negativo:

  • Jogo é vazio
  • Não existe muito a fazer
  • Não é uma grande adaptação do filme

Mathias Marques
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