Análise – Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles

Escondido entre as maiores séries de JRPG, Rhapsody é uma daquelas séries da Nippon Ichi que apenas uma franja dos jogadores acabaram por experimentar. Muitos anos depois, a NIS America volta à série com dois remasters bastante trabalhados. São dois jogos num só pack com um nome.

Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles é um remake do jogo de RPG de 2000, Rhapsody: A Musical Adventure. O jogo foi lançado originalmente para PlayStation e Dreamcast. Pelo caminho, houve ainda espaço para uma versão Nintendo DS para o primeiro jogo original. Agora nesta versão (Nintendo Switch jogado por nós), o visual retro teve um grande upgrade para ficar bastante actual, mesmo mantendo o seu registo original.

Raphsody II é a história principal e a sequela do primeiro jogo, é também a mais sólida e com a melhor história, já Raphsody III é uma prequela que conta várias histórias de origem das personagens principais e infelizmente, nem todas as histórias são assim tão divertidas. Isto é ainda mais sentido porque no geral, Rhapsody é uma série assente no humor, música e direcção artística mais leve e descontraída.

A jogabilidade de Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles é um mix de RPG e ação. O jogo é dividido em duas partes: uma parte de exploração e uma parte de combate. Na parte de exploração, o jogador pode viajar livremente pelo mundo de Marl. Existem muitos sítios para explorar, que vão de aldeias, cidades, masmorras entre outros.

Na parte de combate, temos um sistema por turnos clássico onde podem usar ataques, habilidades e música para derrotar inimigos com canções para atacar, curar e defender. É um sistema que pode parecer estranho, mas com algum tempo de jogo, começa a ficar cada vez mais claro e encaixar.

Os gráficos de Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles foram atualizados neste remake, mas ainda mantém o estilo visual original do jogo, tendo uma boa utilização e detalhe dos sprites dos personagens. A direcção artística é bastante forte e faz com que o todo pareça ser muito mais alegre e descontraído.

Esta nova versão também tem um retratamento das músicas originais e algumas músicas novas. A nova banda sonora é composta por novos arranjos das músicas originais do jogo e existe a possibilidade de jogar com vozes tanto em inglês como em japonês.

Sendo dois jogos ainda compridos, estamos a falar de umas boas dezenas de horas para concluir os dois. Existem algumas actividades alternativas para fazer, mas nada que aumente exponencialmente a longevidade da história em si. No entanto, ambos os jogos sofrem um pouco caso não conheçam a história do primeiro jogo, dado que um é uma sequela e o terceiro descreve vários acontecimentos que levam ao original.

No geral, Rhapsody: Marl Kingdom Chronicles é uma boa dose de nostalgia para quem gosta de JRPG cheios de sprites ao estilo da era das 16 bits. Embora os dois jogos não sejam fantásticos, são de um humor, alegria e diversão que vale bem a pena jogar.

Positivo:

  • História envolvente
  • Personagens carismáticos
  • Humor
  • Gráficos atualizados
  • Banda sonora recriada

Negativo:

  • História não tão complexa ou profunda quanto alguns jogos modernos
  • Combate consegue ser bastante repetitivo
  • Terceiro jogo é bastante menos interessante

Daniel Silvestre
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