Desde que foi lançado para a PS Vita no ínicio de 2014, OlliOlli já usufruiu de algum mérito, tendo tido uma recepção maioritariamente positiva por parte da crítica, uma sequela que saiu este mês, e até foi premiado este ano nos BAFTA como melhor jogo de desporto. O jogo da Roll7 já está disponível para diversas plataformas e chegou mais recentemente à 3DS e Wii U.
À primeira vista, OlliOlli recordou-me de Canabalt; ambos podem ser vistos como endless runners e partilham um estilo visual semelhante – até a primeira zona do jogo faz lembrar a cidade de Canabalt. No entanto, as semelhanças ficam por aí, pois OlliOlli distingue-se até mesmo de outros jogos de skate, como Tony Hawk, devido às suas mecânicas de jogabilidade.
Em cada nível, a vossa personagem segue automaticamente para a direita e só vai parar quando chegar ao fim do nível ou quando cair de queixo no chão (algo que vai acontecer várias vezes). Podem executar mais de uma centena de manobras através do analógico esquerdo, desde simples Ollies até diversas formas de grind. Mas se forem como eu, vão mover o analógico aleatoriamente para fazer um truque qualquer na maioria dos casos.
No momento em que executem uma manobra, a vossa personagem salta e inicia um combo, podendo prolongar o combo ao fazer grind em corrimões e em diversos sítios, e termina quando voltar a colocar o skate no chão. E é aqui que reside o ponto fulcral para dominar OlliOlli: a aterragem.
Não importa se fizeram o truque mais espetacular de sempre ou se conseguiram passar o nível inteiro em apenas um combo; se falharem o timing da aterragem, vai tudo por água abaixo. Também é importante executar os grinds no momento certo, não só para manter o combo ativo mas também para não perder velocidade.
São estes pequenos aspetos que tornam OlliOlli mais fiel ao desporto em que se baseia, do que muitos outros jogos do género. É claro que isto pode afastar alguns jogadores que procuram uma experiência mais casual, mas não deixa de ser um jogo recompensador, oferencendo diversos desafios em cada nível e mais 100 níveis para dominar.
Como seria de esperar, OlliOlli dá uso aos ecrãs extras da Wii U e 3DS, onde dispõem a opção para reiniciar o nível, verificar os desafios e aceder ao Tricktionary, a lista de manobras disponíveis no jogo. Enquanto o ecrã do GamePad pode servir como um complemento, o ecrã tátil da 3DS podia ter sido melhor implementado, uma vez que a navegação nos menus está algo confusa.
Ambas as versões também apresentaram alguns problemas técnicos, sendo mais evidente na versão 3DS onde houve uma ocasião em que o jogo reiniciava automaticamente diversas vezes, devido a um erro que ocorria durante os níveis iniciais.
De qualquer forma, o jogo é ideal para ser jogado numa portátil e tem uma apresentação mais detalhada na Wii U. Seja qual for a versão que adquirirem, têm direito à outra de forma gratuita.
Infelizmente, não foram adicionados conteúdos novos para estas versões, portanto se estavam a contar com algum nível baseado no Super Mario, podem esquecer.
Apesar de alguns problemas, OlliOlli fez uma boa transição para as plataformas da Nintendo. O jogo continua fluido e desafiante como sempre, e mantém o espírito do ‘tentar mais uma vez’ que vos fará repetir os níveis dezenas de vezes. É uma boa opção para quem quer demonstrar a sua aptidão no skate (ou falta dela).
Positivo
- Cross-buy entre a versão Wii U e 3DS
- “Bazófia” ao completar todos os desafios de um nível
- Ver a nossa personagem espalhar-se ao comprido no chão
Negativo
- É preciso algum tempo para nos habituarmos aos controlos
- Não traz conteúdo novo em relação às versões anteriores
- Bugs e problemas técnicos tanto na 3DS como na Wii U
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