Como é bom continuar a ser supreendido nesta indústria, onde os nomes estabelecidos são aqueles que recebem mais atenção, embora não sejam sempre os melhores exemplos do que deve ser um jogo.
Embora seja um grande fã de JRPG, o meu estilo favorito está bastante próximo dos combates por turnos, por isso mesmo, quando Odin Sphere foi lançado para a PS2, não foi um jogo que me tenha sentido totalmente convencido a comprar.
Vários anos passados, Odin Sphere: Leifthrasir chegou à PS4 e PS Vita, transformando o original num jogo bem mais polido e mais bonito que antes, o qual agradou bastante ao Daniel que ficou fã de Dragon’s Crown.
Odin Sphere: Leifthrasir mistura os jogos de combate livre em 2D com grandes elementos de plataformas, exploração e evolução de personagens. Estamos a falar de uma aventura que vai além das 50 horas de jogo, com várias personagens que podem usar, vários poderes para desbloquear e missões extra para realizar.
Embora pareça estranho a início, logo se percebe que os cenários são círculos perfeitos que se percorrem em loop. Cada cenário é como se fosse uma sala numa grelha cheia de cenários que podem acededer. Uns albergam inimigos, outros são áreas para descansar e outros contam um pouco mais da história. A movimentação das personagens é rápida e eficaz, com uma boa precisão nos movimentos.
Precisão é uma das palavras necessárias para descrever a jogabilidade de Odin Sphere: Leifthrasir, pois ela é chave no combate. Não exagero quando digo que fiquei espantado quando vi a facilidade e graciosidade com que se constrõem combos neste jogo, ao ponto de começar a desferir golpes no solo, continuar no ar, atirar um inimigo para longe e ainda voar na sua direção para continuar a atacar. É bonito de ver, é empolgante de fazer e nunca se torna cansativo ver até onde conseguimos ir.
Existem cenários com inimigos mais pequenos e outros com bosses, onde a coisa acaba por ficar mais complicada. Na maioria dos casos, não precisava de usar poções ou recuperar vida, mas existem momentos em que somos postos à prova. Alguns bosses são enormes e outros mais pequenos, mas mais móveis. Felizmente podem sempre observar as movimentações dos inimigos através do mini-mapa, que dá um jeitaço.
As raízes do estilo RPG surgem com a experiência que se pode ganhar, assim como todos os poderes que podem ser desbloqueados. Estes existem em grandes quantidades e podem ser desbloqueados na ordem que preferem. A lista é grande e como existe mais que uma personagem, ainda vão ter bastante trabalho a desbloquear tudo.
A juntar aos pontos positivos já referidos, Odin Sphere: Leifthrasir ainda soma um design e visual do mais apelativo e deslumbrante que se pode encontrar na PS4 e PS Vita. As cores, o desenho e arte são soberbas, ao ponto de parecer arte que podia ser encontrada nos melhores museus. As personagens são estilizadas e os cenários são bastante variados, o que lhe dá ainda mais beleza. Destaque também para a versão PS Vita que fica fantástica no ecrã OLED.
A banda sonora também está num patamar de qualidade bastante elevado, com muitas músicas épicas e ambientais que místicos. Existem vozes tanto em japonês como inglês. Como é costume, a versão japonesa leva vantagem, mas a inglesa também está bastante boa, por isso resolvi jogar com ela e não fiquei desiludido. Aliás, adorei o facto de quase todos os diálogos terem falas por voz, mesmo para os NPC mais simples.
Assim sendo, Odin Sphere: Leifthrasir provou que a Vanillaware também sabe fazer remakes dos seus jogos, tendo criado uma versão cheia de conteúdo e com um padrão de grande qualidade. Se gostam do género, vão ficar bastante satisfeitos com este jogo.
Positivo:
- Visual impressionante
- Combate dinâmico e rápido
- Banda sonora e vozes
- Evolução das personagens
- História bem feita
Negativo:
- Algumas vozes demasiado cliché
- Picos de dificuldade
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