Quem diria há 10 anos atrás os jogos Indie viriam a ser uma das maiores fontes de jogo de uma consola da Sony. Para além de inFamous: Second Son e um ou outro jogo de alto gabarito, são os Indie que todas as semanas dão vida à consola.
Um dos indies mais recentes é Octodad: Deadliest Catch, um jogo dificil de caracterizar, pois é uma espécie de jogo de aventura, misturado com puzzle e um pouco de QWOP. Esta mistura consegue ser ao mesmo tempo frustrante e divertida em boas doses.
Octodad: Deadliest Catch conta a história de um chefe de família que é na realidade um polvo. Como se isso não fosse estranho, para o resto das pessoas, isto é algo absolutamente normal e nada bizarro. Quem não tem a vida facilitada por isto é o próprio Octodad que vive em receio de ser apanhado e transformado em Sushi.
O jogo segue uma história, mas esta serve mais para nos colocar em cenários que vamos poder explorar e desarrumar à nossa vontade em procura de chaves ou objectos que nos permitam avançar.
Sendo um polvo, a parte mais engraçada é que controlam os braços e pernas de forma independente e para o fazer vão caminhar quase sempre de forma desengonçada, derrubar quase tudo o que aparece pelo caminho e tropeçar em tudo o que surge pelo caminho.
É nestas alturas que Octodad: Deadliest Catch faz lembrar o clássico de PC, QWOP, é verdade que não é tão complicado, mas é quase como controlar um bocado de gelatina em cima de uma colher, dificilmente vai acabar por cair, mas não é fácil equilibrar. Por vezes, este desafio parece quase intencionalmente criado e demora a acertar com os tentáculos em algo, mas isso também se revela frustrante ao fim de algumas tentativas falhadas.
Outro problema que encontrei em Octodad: Deadliest Catch é a falta de indicações para algumas tarefas mais obscuras. O objectivo é claro, mas tendo em conta a estranheza dos movimetos da personagem, nem sempre temos certeza para onde ir e o que fazer para atingir o objectivo proposto.
É impossível jogar Octodad e não ceder ao humor pateta e surreal de cada situação. Caminhar por si só já transforma os cenários num caos, por isso imaginem o que é levar um pacote de leite de um lado para o outro para servir à filha (felizmente o leite parece infinito).
Octodad: Deadliest Catch usa um visual bastante básico, com cores ao estilo de uma série de televisão animada para gente mais crescida. Os modelos das personagens são engraçados, especialmente o do Octodad. A banda sonora passa bastante ao lado, mas as vozes são boas e os sons da personagem são hilariantes.
Já vi a minha dose de jogos Indie estranhos (até já tivemos direito a um Goat Simulator no mês passado), mas ainda não tinha visto algo como Octodad: Deadliest Catch. É um misto de géneros com imensa piada, que sofre apenas por ser frustrante e confuso ocasionalmente. Se gostam de jogos estranhos com bastante humor e um polvo humano como personagem principal, então Octodad é para vocês.
Postivo:
- Humor
- Movimentação caricata da personagem
- Situações caricatas
- Jogo cooperativo a controlar a mesma personagem
- A voz do Octodad
Negativo:
- Alguns objectivos confusos
- Momentos de jogabilidade irritantes
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