Análise – New Nintendo 3DS

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Parecendo que não, já lá vão vários anos desde que a primeira Nintendo 3DS foi lançada para o mercado. Hoje a consola pode gabar-se de gozar um grande sucesso, mas o início não foi nada pacífico, e durante os primeiros meses, a consola esteve no limbo da incerteza.

Quatro anos depois, o lançamento da New Nintendo 3DS é um sinal de preserverança, e de que vale a pena insistir para continuar a lutar e correr riscos.

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Na altura, ainda no MyGames, fui eu que analisei a consola e pude comprovar que havia futuro para a mesma, mas olhando para trás agora, a primeira Nintendo 3DS quase que parece um protótipo.

Embora tenha sido lançado em dois formatos, como New Nintendo 3DS e New Nintendo 3DS XL, tivemos acesso à versão maior para análise, a qual inclui ecrãs maiores e uma estrutura visual sólida, que dispensa os faceplates que podem mudar na mais pequena.

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Em termos físicos, a consola é bastante agradável de usar e embora seja ligeiramente mais pesada que até a própria Nintendo 3DS XL anterior, tudo passa por uma questão de habituação. Foi assim que aconteceu quando passei da Nintendo 3DS normal para a XL.

Em termos de utilitários, quase tudo mudou de sítio na carapaça da consola. As novas posições do botão de Power e até do Som não são incomodativos, mas preferia a posição lateral do Stylus da Nintendo 3DS XL. O slot de cartucho passou para baixo, o que pode assustar um pouco ao início, mas os cartuchos não deslizam, por isso ficam bem seguros.

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No interior, além da mudança de alguns botões de sítio, permanece quase tudo igual. As grandes novidades são claramente o sensor de 3D e o novo C-Stick. Vamos então por partes.

O 3D da New Nintendo 3DS está muito melhor e mais estável do que qualquer outra versão da consola. Eu próprio não sou fã da funcionalidade e aqui até me deu vontade de jogar vários jogos com ele ligado. O sensor ajuda imenso a manter a captação certa do 3D, detectando os olhos do jogador para manter a sensação de profundidade.

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Embora esteja vastamente melhor, o 3D ainda consegue criar um ligeiro desconforto, o que não é ideal para longas sessões de jogo ou jogos com demasiado movimento de câmara ou muito texto. Além do mais, o 3D consegue dar um grande rombo na bateria, o que não é o ideal em viagem.

No que toca ao C-Stick, este tem como objectivo servir de segundo analógico, mas causa alguma confusão a início, afinal, não é deslizante, mas sim uma borracha dura. O C-Stick funciona quase como que um botão de rato de alguns portáteis, embora seja possível manter o mesmo pressionando, em vez de deslizar o dedo constantemente.

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Com algumas horas de habituação o C-Stick começa a revelar ser uma ajuda preciosa e um elemento bem-vindo à consola. Curiosamente, este pode descalibrar por vezes. No meu caso, tive de reiniciar a consola depois de alguns dias de jogo sem a desligar, para que tudo voltasse à normalidade.

Antes de passar ao poder da consola, há que falar ainda dos dois gatilhos extra que surgem no topo da consola. Embora ainda não tirem partido de quase jogo nenhum (experimentei mais com Monster Hunter 4 Ultimate), estes gatilhos não são muito intuitivos, pois estão é possível carregar no L/R a tentar alcançar um dos dois. Aqui temos de dar o beneficio da dúvida, e só com jogos que os usem é que vamos perceber se são assim tão intuitivos.

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Em termos de poder, é notório que a New Nintendo 3DS é bem mais poderosa, não só pelo caso de jogos exclusivos que já estão anunciados (Xenoblade Chronicles 3D), mas também pela forma como responde rapidamente. Entrar num jogo ou sair para o menu é bem mais rápido e a fluidez nos jogos aumenta, com Monster Hunter 4 a ser um claro exemplo disso. Infelizmente, os jogos mais antigos não sofrem grandes melhorias além do 3D em si.

Outra funcionalidade que a New Nintendo 3DS introduz é o leitor NFC, ou seja, a capacidade de ler os códigos de amiibos. Este leitor funciona tão bem como seria de esperar, bastando pôr o amiibo no ecrã táctil inferior.

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Já que falamos em ecrãs, tenho a dizer que o contacto com o ecrã inferior é bastante melhor e este até parece mais resistente, o que é bastante bom. O toque com o Stylus é bem mais sólido e responde de forma perfeita.

No que respeita a bateria, a New Nintendo 3DS XL tem variantes que dependem imenso das funcionalidades que usam. Por exemplo, jogar online, com 3D, e luz no máximo, faz com que a consola fique sem bateria em pouco mais de 3 horas. Sem 3D, podem somar mais uma hora, desligando o 3D e o Wireless, podem contar com 7 horas praticamente. Por isso, podem gerir as funcionalidades que usam, consoante estão a jogar em casa ou em viagem.

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Em relação ao armazenamento, a nova consola mudou para um microSD, o que é indiferente para os novos compradores, mas injusto para quem já tinha uma consola. No meu caso, usava um cartão de 16GB e tive de investir num pelo menos com o mesmo tamanho em formato micro. É verdade que podem usar o cartão SD antigo em outros locais, mas é uma despesa extra, que compensa quase o preço que se paga pelo carregador para quem ainda não o tem, pois nenhuma destas versões inclui um transformador, o qual precisam de comprar à parte.

No geral, a New Nintendo 3DS não é uma evolução, é na realidade a consola que a primeira Nintendo 3DS devia ter sido. É mais poderosa, tem o C-Stick que funciona como segundo analógico, leitor de amiibos e outras funcionalidades extra.

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Por isso mesmo, se ainda não compraram uma Nintendo 3DS, estes modelos são os ideais para começar. Se estão indecisos entre qual escolher, optem pela normal caso não liguem a ecrãs grandes, querem maior portabilidade e querem usufruir da troca de faceplates. Optem pela XL caso prefiram uma experiência com ecrãs bem maiores e um toque mais requintado na consola.

Todos os outros precisam de pensar se vale a pena o investimento, ou está realmente na altura ideal para actualizar a vossa consola para uma destas novas versões, afinal, a New Nintendo 3DS é quase como que uma nova geração, e terá jogos exclusivos para ela.

Vejam também a nossa análise em vídeo da New Nintendo 3DS!

A início estranha-se mas depois entranha-se. Tive de lutar para me forçar a usar o C-Stick e a início até me tinha esquecido que ela podia ler amiibos, mas agora que joguei vários dias numa New Nintendo 3DS XL, nunca irei voltar atrás. Pode não ser a consola portátil definitiva, mas é uma pequena grande consola.

Saibam ainda mais sobre a New Nintendo 3DS aqui:
New Nintendo 3DS – Lançamento, análises, Unboxing e dicas para a nova consola

Positivo:

  • Melhor processamento e velocidadepn-recomendado-ana
  • O 3D funciona como deve ser
  • Ecrã táctil mais sólido
  • Faceplates são uma opção engraçada
  • C-Stick era uma introdução essencial
  • Novos jogos beneficiam de melhor fluídez

Negativo:

  • Os dois botões superiores “fundem-se” com o L e o R
  • Bateria podia ter mais tempo de vida
  • Passagem para cartão microSD “mata” o vosso antigo SD
  • Nenhuma das consolas inclui carregador na caixa

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Daniel Silvestre
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