Análise – MeiQ: Labyrinth of Death

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Em Abril quando analisei Trillion: God of Destruction falei dos vários aspectos do jogo, a maneira em como tive de sacrificar a minha personagem favorita logo a início e em como o jogo necessitava de melhorar a ideia base para não ser tão monótono após algumas horas a jogar.

Algo que não referi nessa altura foi que Trillion: God of Destruction era o primeiro jogo da série Makai Ichiban Kan (Number 1 House in Hell numa tradução literária), que se trata de um projecto com jogos não relacionados que estão a ser desenvolvidos por uma nova equipa formada pela Compile Hearts.

É claro que este não é o primeiro projecto feito por esta produtora, existe a “série” Genkai Tokki que apresenta jogos como Monster Monpiece, Moe Chronicle e outros. A série Galapagos RPG, com os jogos Fairy Fencer F, Omega Quintent e etc. Ou até a série Neptunia, que ao contrário das outras séries, possui jogos que se ligam, temas, personagens e tudo o resto. Mas a razão pela qual falo disto é porque MeiQ: Labyrinth of Death é a segunda entrada da série Makai Ichiban Kan, não possuindo nenhuma ligação a Trillion: God of Destruction excepto a equipa por detrás de ambos os jogos.

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A história de MeiQ: Labyrinth of Death é bastante simples, o planeta está em perigo, e para o salvar é preciso obter uma chave. Sendo que esse objectivo recai sobre cinco Machina Mages, pessoas com a habilidade de controlar Machina e de entrarem nas 4 torres necessárias para cumprir a missão. A jogabilidade, tal como Trillion: God of Destruction, é a de um rpg dungeon crawler, mas ao invés de ser parecido à série Disgaea (tal como Trillion: God of Destruction é), este possui uma vista em primeira pessoa e combates por turnos.

Nos combates é possível escolher entre usar a Machina ou a personagem em si, com a Machina a receber a maioria dos ataques, as personagens podem atacar, usar magia e usar itens durante as batalhas, enquanto que as Machina concentram-se apenas em atacar ou defender. Mas é na personalização que o jogo brilha e altera as batalhas.

Cada Machina possui quatro partes que é possível alterar, a seed, que pode dar habilidades como scan, ou aumentar algum stat. O corpo, o braço esquerdo e o direito, sendo que estes três últimos são o que afectam mais o combate, uma vez que cada peça do corpo tem habilidades (ataques) diferentes, e é a combinação dos mesmos que pode dar vantagem ou desvantagem em combate.

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Falando em vantagens, MeiQ: Labyrinth of Death também possui um sistema de elementos que oferecem vantagens e desvantagens em combate, tal como é típico em jrpgs. Água, fogo, metal, madeira e terra são os elementos a ter em conta, já que um ataque de um elemento oposto ao do nosso Machina poderá fazer imenso dano, enquanto que o contrário apenas faz com que o inimigo receba quase dano nenhum.

E falando em inimigos, tenho a referir a encounter rate do jogo, ou seja, a frequência com a qual aparecem. Por vezes tive dificuldade em encontrar batalhas, esse problema é facilmente resolvido ao usar um “monster charm”, que literalmente faz com que cada passo seja uma batalha. Mas o problema é que a experiência recebida não é digna do dano sofrido, que acaba por ser bem maior, o jogo em si não é difícil, até acaba por ser bastante fácil, apenas é o facto de o grinding e a encounter rate que tornam as coisas um pouco chatas.

Um outro problema relacionado com a frequência das batalhas acaba por ser as side quests, que ao bom estilo da Compile Hearts são o velho género de obter X item de um inimigo. No entanto, a maioria dessas side quests requerem o confronto com um inimigo que aparece raramente, e depois é necessário ter em conta o drop do mesmo, o que acaba por ser algo um pouco chato.

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Para além da guild, que é onde recebem as side quests, existe também uma loja, para comprar itens, um hotel onde podem recuperar vida e guardar o jogo, e também o mecânico, onde podem construir novas peças para as vossas Machina, ou até evoluir os mesmos. Sendo que para fazer isso necessitam de energia, que podem obter ao derrotar monstros, tal como dinheiro e xp. Sendo tudo acessível através de uma imagem estática com os vários locais para selecionar, incluíndo as torres a visitar.

Em termos de visuais, não existe muita variedade em comparação a Trillion: God of Destruction, o design das personagens e inimigos não é demasiado interessante, e por vezes a cara de algumas personagens demonstra um pouco de desleixe, em termos de cores as personagens são coloridas e tudo o resto acaba por ter um tom monótono. Já em termos de música é o contrário, uma vez que MeiQ: Labyrinth of Death possui uma variedade de músicas que acabam por dar um bom ambiente dentro das dungeons.

Tendo em conta que este é o segundo jogo dentro de uma nova equipa, e o facto de Trillion: God of Destruction apresentar uma originalidade interessante, seria de esperar que MeiQ: Labyrinth of Death tivesse algo parecido. Mas infelizmente a única “gimmick” do jogo acaba por ser a costumização dos Machina, sendo que o resto acaba por ser uma história sem força e combate enfadonho. Havendo uma progressão em termos sonoros, mas um passo atrás no que toca a visuais.

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POSITIVO:

  • Costumização de Machina que afecta o combate
  • Banda sonora

NEGATIVO:

  • História não é demasiado interessante
  • Encounter rate não é bem balançado
  • Designs são razoáveis
  • Side quests sem variedade

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Mathias Marques
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