Análise – Hohokum

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Já viram a nossa lista de jogos estranhos? Hohokum podia muito bem fazer parte dela.

Um terço jogo de puzzle, outro terço exploração e outro terço não fazer a mínima do que se tem de fazer, este é daqueles jogos que é uma viagem em que o destino nem sempre é aparente.

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Em Hohokum são uma espécie de minhoca gigante com um olho na ponta. Esta minhoca viaja constantemente e vai visitando todo o estilo de cenários que não podem imaginar, isto porque a maioria parecem saídos de um qualquer sonho psicadélico ou financiado por qualquer estilo de substâncias psicotrópicas.

Os mundos são estranhos, os animais e pessoas que lá vivem são estranhos e tão depressa estão a encher um recipiente com uma espécie de sumo feito de bolhas trazidas por olhos voadores, como depois estão apenas a passar por um cenário onde afinal precisam de acender umas luzes de rua.

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A viagem em si é interessante, mas Hohokum peca imenso por vários cenários não serem claros quanto ao seu objectivo. Imaginem que num é bem claro e precisam de fazer N coisas, o seginte só precisam entrar num buraco que está camuflado por bichos que voam em frente ao ecrã. Esta inconsistência nos desafios e aleatoriedade fez com que tenha ficado perdido durante algum tempo a mexer em tudo o que havia no cenário até algo acontecer.

Tal como a arte Hohokum vai parecer mais espetacular ou menos aos olhos de quem o vê ou joga. Sinceramente, já vi jogos mais bonitos e apelativos dentro do mesmo sistema (Pixel Junk Eden é um bom exemplo). Certos cenários criam mais desconforto do que espanto, mas não quero com isto dizer que Hohokum não tenha os seus momentos. Quando a coisa está a fluir bem, é fácil de apreciar, especialmente pela música que ajuda a tornar a viagem em algo mais divertido e agradável.

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Em termos de valor, Hohokum ainda demora algumas horas a terminar, mas uma parte deste tempo é gasto a tentar perceber o que fazer depois. Pelo lado positivo, ao comprar uma das cópias, vão ter direito à versão PS3, PS4 e PS Vita.

Hohokum é um jogo e experiência diferente, mas a estranheza e discrepância de alguns elementos, acabam por prejudicar e interromper a experiência da forma constante, trazendo mais frustração que diversão em momentos chave. Tem os seus momentos, mas está longe de ser um clássico.

Positivo:

  • Tema de partir à descoberta
  • Simplicidade
  • Alguns cenários carregados de originalidade
  • Boa banda sonora

Negativo:

  • Confuso ao ponto de ser frustrante
  • Progresso entre cenários nem sempre é o melhor
  • Pode demorar muito tempo para perceber o objectivo

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Daniel Silvestre
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