Análise – Grimgar of Fantasy and Ash (Vol. 1 – 2)

  • Volume: 1 – 2
  • Géneros: Acção, Aventura, Drama, Fantasia, Romance, Seinen
  • Publicadora JPN: Overlap
  • Publicadora ING: J-Novel Club (digital) ; Seven Seas (físico)
  • Formato: Novel

Por esta altura séries de fantasia ou “isekai” já são bastante comuns, e algo que todas estas possuem é o avanço contínuo das personagens e maneira em como todas ficam fortes a cada novo encontro, chegando rapidamente até ao topo. Grimgar of Fantasy and Ash por outro lado decide explorar um bando de novatos que tem dificuldade em escalar o caminho até ao sucesso. Seguindo uma história “lenta” onde os protagonistas ainda estão a habituar-se ao seu novo estilo de vida, quer queiram quer não.

Os dois primeiros volumes da novel, que são os sujeitos desta análise, foram anteriormente adaptados numa temporada anime de 12 episódios que estreou durante o ano de 2016.

 

SINOPSE (Vol. 1)

Why are we doing this…?

When Haruhiro came to, he was in the darkness. Not knowing why he was here, or where “here” even was. With him were others who also remembered little more than their own names. What they found when they came out of the underground was a world that was “just like a game”.

In order to survive, Haruhiro forms a party with others in the same situation as him, learns Skills, and takes his first steps forward into the world of Grimgar as a Trainee Volunteer Soldier. Not knowing what awaits him…

This is a tale of adventure born from the ashes.

 

A série não se define de imediato como sendo um “isekai” apesar de haver algumas indicações para o mesmo. Se isto é algo que será central para a história a longo prazo ou não é desconhecido, mas entretanto o autor decide colocar de lado qualquer coisa relacionada com outro mundo e focar-se antes no aspecto de fantasia e a vida que estas personagens estão a começar neste novo ambiente.

Os dois primeiros volumes apesar de não explorarem muito o mundo na qual os nossos protagonistas estão a viver, acaba por focar-se en dois sítios diferentes, oferecendo um olhar a fundo sobre cada um desses dois lugares, investigando a vida dos monstros que vivem na zona e também as constantes aventuras das personagens nesses locais. Algo que Ao Jyumonji faz fora do habitual é o de dar vida aos monstros para além de estes serem objectivos a exterminar. Cada espécie possui as suas comunidades, maneiras de viver, regras, e tal como as nossas personagens, lutam para sobreviver.

Durante o primeiro volume o tema central é a adaptação que as personagens estão a fazer a um mundo estranho para eles, sem saberem realmente de onde vieram nem quem são as pessoas que estão a seu lado. Para além de terem de começar a erguer armas e lutar, também necessitam de conhecer os membros da sua equipa se querem funcionar bem e sem problemas, incluindo a possibilidade de alguém morrer e o que isso significa para este grupo de estranhos que mal consegue estar junto.

Já o segundo volume apresenta o grupo recém formado mais próximo um do outro, mas ao mesmo tempo ainda mal habituados uns aos outros, e se conseguem realmente estarem juntos. Obviamente que novos problemas apresentam-se e o grupo entra novamente numa situação complicada onde necessitam de cooperar e assim aumentar o elo entre os mesmos.

Tendo em conta que a história anda a um passo lento, as personagens demoram a desenvolver, avançando apenas um pouco e continuando ainda a um nível de estranho entre si. Devido a isso será complicado aos leitores gostarem das personagens, visto que estas apresentam mais qualidades negativas que positivas a início. Embora algo interessante seja a mente do protagonista, Haruhiro, que para além de ser observador é também uma pessoa um pouco reticente e negativa não só sobre si mesmo mas também sobre os outros.

Grimgar of Fantasy and Ash provavelmente não é para todos, isto devido à lentidão no que toca ao progresso das personagens tanto a nível de desenvolvimento quanto pessoa como aventureiro. Com dois volumes as personagens ainda não tiveram oportunidade de se destacarem para além da sua função no grupo enquanto estão em confrontos durante as suas aventuras, já o mundo apesar de ainda não ter sido explorado a fundo acaba por oferecer algo interessante ao dar vida aos monstros e apresentando um pouco a forma em como estes vivem em sociedade. A série é diferente do habtiual género “isekai” e apenas por isso já vale a pena dar uma olhadela.

Mathias Marques
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