Análise – Disgaea 4 A Promise Revisited

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Pouco tempo depois da PS Vita ter sido lançada para o mercado, a Nippon Ichi resolveu que estava na altura de oferecer um bom RPG à consola. Este surgiu no formato de Disgaea 3: Absense of Detention, a conversão do original lançado na PS3.

Com o sucesso alcançado por este lançamento, era quase certo que Disgaea 4 iria seguir o mesmo caminho, e alguns anos depois, temos Disgaea 4 A Promise Revisited.

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Ao contrário do jogo anterior, Disgaea 4 A Promise Revisited não é apenas uma conversão directa, pois o jogo teve direito a um tratamento especial, não só com os conteúdos extra lançados à parte para a versão PS3, como uma série de novos elementos criados de propósito para esta versão.

Tal como todos os jogos de Disgaea, Disgaea 4 A Promise Revisited segue uma história completamente tresloucada no mundo dos demónios. Neste seguimos a história de Valvatorez, um vampiro tirano que sucumbiu aos prazeres humildes de ser um professor de Prinnies, após ter prometido nunca mais voltar a beber sangue humano e trocar esta necessidade pelo consumo compulsivo de sardinhas. Sim, sardinhas.

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Apesar de ser um grande fã de Disgaea, tendo de confessar que nunca fui grande fã dos seus protagonistas. Personagens como Laharl e Mao eram simplesmente detestáveis, isso faz com Valvatorez seja o melhor de todos até à data. Valvatorez é inteligente, dedicado e uma personagem honrável que se distancia do quão irritantes são os protagonistas anteriores.

A história em si está recheada de personagens caricatas e momentos hilariantes, sendo o mote para este jogo, uma guerra aberta contra o extermínio dos Prinnies. Este tema dá azo a várias piadas e indirectas relacionadas com o mundo real e algumas das frases mais filosóficas que já vi.

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Disgaea 4 A Promise Revisited segue o sistema clássico de um RPG de estratégia por turnos pelo qual a série é reconhecida e apreciada pelos seus fãs. É verdade que este é provavelmente o jogo do género que consegue ser mais exigente e vasto, mas também é o mais recompensador.

A acção é dividida entre a vossa base, onde compram items, armas e armaduras, participam em audições políticas para ganhar mais funcionalidades para a base, criam personagens e acedem aos mundos onde vão combater.

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Além do portal onde jogam a campanha, existem outros locais, como o Item World, onde a aventura continua e podem evoluir items e as vossas personagens. O grinding não é vital para terminar o jogo, mas dá bastante jeito, pois alguns bosses são bastante complicados de derrotar caso não estejam ao nível ideal.

Em termos de combate, Disgaea 4 A Promise Revisited funciona num sistema de grelha onde movem a personagem para até um máximo de casas e assim atacam os inimigos que estejam mais próximos. Podem fazer combinações de ataques, juntar os amigos para dar ainda mais dano, fazer sequências, criar torres, entre muitas outras acções.

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Os combates foram concebidos para vos obrigar a pensar, não só no caminho para a vitória, como  na melhor forma de usar o posicionamento das personagens para criar as melhores situações de batalha. Disgaea 4 A Promise Revisited é daqueles jogos que quanto mais avança, mais exagerado fica e os pontos de dano podem subir até aos vastos milhares, com ataques cheios de luzes, cor ou até animações hilariantes.

Para aumentar a estratégia, podem fundir personagens para ter acesso a novas armas e mais poder e libertar feitiços ainda mais poderosos. Não esquecer que esta versão inclui o nível de magia Peta que é ainda mais poderoso e oferece um bom espetáculo visual.

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Tal como a série já nos habituou, Disgaea 4 A Promise Revisited é um jogo para superar as 50 horas de campanha, mas isto é apenas o início, pois não só o jogo tem muito mais para fazer, como a PS Vita ainda oferece cenários adicionais e personagens extra para recrutar. Se forem mesmo dedicados, podem contar com bem mais de 100 horas de jogo no mínimo.

Apesar de Disgaea não ser reconhecido pelo seu poder visual, a arte e sprites do jogo são bastante bons, criando o ambiente pretendido  de um anime divertido. Só é pena que os combates com muitas personagens se torne tão confuso e não exista forma de mover a câmara para uma posição mais vantajosa do que as piucas formas incluídas.

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Quanto à música, esta é o típico da série e tem muita qualidade, mas está um furo abaixo de Absense of Detention em termos de inspiração. Já no que toca às vozes, estas estão muito boas tanto em inglês como japonês e posso dizer que gostei tanto das inglesas que resolvi jogar com elas como base.

Disgaea 3 Absense of Detention é um dos melhores RPG da PS Vita, mas com a chegada de Disgaea 4 A Promise Revisited, este passa a ser a grande referência do género. Com uma história hilariante, boas personagens, um sistema de combate extremamente viciante e progresso cativante, este é um RPG altamente recomendado para quem gosta deste género e de jogos bem humorados.

[Todas as imagens presentes nesta análise foram captadas durante as nossas sessões de jogo]

Mesmo com um ou outro problema, Disgaea 4 A Promise Revisited é dos melhores jogos que podem comprar para a PS Vita. Como sei? Ficar a jogar madrugada a dentro até os olhos começarem a arder com o sono é o melhor exemplo.
Sardines!!

Positivo:

  • História e mundo cheio de humorpn-recomendado-ana
  • Boa personagem principal
  • Viciante ao ponto da obsessão
  • Sistema de combate desafiante
  • Toneladas de conteúdo inédito
  • Longevidade supera as centenas de horas

Negativo:

  • Massivo para quem estiver a começar
  • Câmara em combate nem sempre consegue dar o melhor ângulo

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Daniel Silvestre
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